![\"transito\"](\"https:\/\/quercus.pt\/images\/Fotos\/destaquescomunicados\/transito.jpg\")
<\/p>\n<\/p>\n
A Comiss\u00e3o Europeia (CE) tem um novo Plano de A\u00e7\u00e3o \u00abCARS 2020\u00bb1<\/sup>\u00a0que visa refor\u00e7ar a competitividade e a sustentabilidade da ind\u00fastria autom\u00f3vel no \u00e2mbito do programa \u00abHorizonte 2020\u00bb. A Quercus e outras Organiza\u00e7\u00f5es N\u00e3o Governamentais (ONG) europeias, destacam que este Plano de A\u00e7\u00e3o omite os principais desafios ambientais estrat\u00e9gicos de pol\u00edtica da Uni\u00e3o Europeia (como as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas e a efici\u00eancia energ\u00e9tica) e representa uma oportunidade falhada na estrat\u00e9gia de redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es poluentes do transporte rodovi\u00e1rio, sobretudo ve\u00edculos ligeiros e pesados.<\/strong><\/p>\n <\/p>\n A implementa\u00e7\u00e3o de medidas fundamentais para reduzir o impacto energ\u00e9tico e clim\u00e1tico do transporte rodovi\u00e1rio tem sido esquecida pela CE, fruto de grandes press\u00f5es da ind\u00fastria autom\u00f3vel. Esta conclus\u00e3o parte de informa\u00e7\u00f5es obtidas pelas ONG de ambiente junto da CE e tem motivado atrasos na prepara\u00e7\u00e3o e aprova\u00e7\u00e3o de nova regulamenta\u00e7\u00e3o sobre:<\/p>\n – novos ve\u00edculos comerciais ligeiros mais eficientes (por exemplo, atrav\u00e9s da instala\u00e7\u00e3o de indicadores de mudan\u00e7a de velocidade para obter poupan\u00e7as de combust\u00edvel), devido \u00e0s fracas vendas deste tipo de ve\u00edculos em v\u00e1rios Estados-Membros da Uni\u00e3o Europeia (UE);<\/p>\n – a redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es de poluentes atmosf\u00e9ricos dos novos ve\u00edculos ligeiros comerciais e de passageiros;<\/p>\n – metas mais ambiciosas de redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono (CO2) para os novos ve\u00edculos ligeiros comerciais e de passageiros a atingir no p\u00f3s-2020, para tornar estes ve\u00edculos mais eficientes.<\/p>\n <\/p>\n Segundo Greg Archer, da Federa\u00e7\u00e3o Europeia dos Transportes e Ambiente, “a competitividade futura da ind\u00fastria autom\u00f3vel europeia depende da sua capacidade em responder aos desafios globais, como as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas e a efici\u00eancia energ\u00e9tica. Este Plano de A\u00e7\u00e3o da Comiss\u00e3o Europeia n\u00e3o se mostra adequado para responder a estes desafios. Os novos regulamentos europeus para tornar os ve\u00edculos mais limpos e eficientes t\u00eam impulsionado a inova\u00e7\u00e3o na ind\u00fastria autom\u00f3vel e contribu\u00eddo para a lideran\u00e7a da Uni\u00e3o Europeia na pol\u00edtica clim\u00e1tica global. Atrasar ou enfraquecer a ambi\u00e7\u00e3o dos regulamentos europeus para incentivar a economia de combust\u00edvel dos novos ve\u00edculos a serem vendidos no mercado europeu coloca a vantagem competitiva da Uni\u00e3o Europeia em risco. A ind\u00fastria autom\u00f3vel europeia precisa de continuar a inovar e desenvolver novos ve\u00edculos, mais limpos e mais eficientes. \u00c9 o que os consumidores merecem e o planeta precisa.<\/em>”<\/p>\n <\/p>\n Apesar dos fabricantes da ind\u00fastria autom\u00f3vel apontarem alguns sinais de crise, a frota de novos ve\u00edculos na Europa cresceu 5% para um total de 16 milh\u00f5es de ve\u00edculos em 2011, \u00e0 custa de exporta\u00e7\u00f5es para fora do mercado europeu.<\/p>\n <\/p>\n Francisco Ferreira, da Quercus, refere que “desde 2009, a ind\u00fastria autom\u00f3vel tem argumentado junto da CE a necessidade de mais tempo do que o realmente necess\u00e1rio para adaptar-se a cada nova legisla\u00e7\u00e3o e tornar os ve\u00edculos mais limpos e eficientes. \u00c9 por esta raz\u00e3o que a CE tem atrasado a ado\u00e7\u00e3o de novos limites de emiss\u00e3o de CO2 para os novos ve\u00edculos fabricados na Uni\u00e3o Europeia, mais ambiciosos do que os atuais 95g CO2\/km em vigor at\u00e9 2020, para os 80g CO2\/km em 2020 e 60g CO2\/km em 2025. Sem metas de longo prazo, os fabricantes de autom\u00f3veis v\u00e3o reduzir o investimento na inova\u00e7\u00e3o e desenvolvimento de ve\u00edculos mais limpos. Esta ser\u00e1 uma oportunidade de ouro para os seus concorrentes nas economias emergentes colocarem no mercado europeu autom\u00f3veis menos eficientes, o que coloca em risco a competitividade da ind\u00fastria autom\u00f3vel a m\u00e9dio prazo na Europa, com preju\u00edzo para o ambiente e a economia.<\/em>”<\/p>\n <\/p>\n A ind\u00fastria autom\u00f3vel \u00e9 de import\u00e2ncia estrat\u00e9gica para a economia europeia, uma vez que representa 12 milh\u00f5es de empregos (diretos e indiretos) e 4% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo ainda o setor com maior investimento privado em investiga\u00e7\u00e3o e inova\u00e7\u00e3o (cerca de 30 mil milh\u00f5es de euros por ano).<\/p>\n <\/p>\n Na UE, o transporte rodovi\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel por 20% do total das emiss\u00f5es de CO2 e o autom\u00f3vel individual corresponde a mais de metade destas. A CE adotou, em 2011, o Livro Branco dos Transportes, o qual estabeleceu como objetivo para o setor dos transportes a redu\u00e7\u00e3o de 60% das emiss\u00f5es de gases com efeito de estufa at\u00e9 2050, comparativamente aos n\u00edveis de 1990, uma meta para a qual este Plano de A\u00e7\u00e3o n\u00e3o encontra resposta.<\/p>\n <\/p>\n Lisboa, 19 de novembro de 2012<\/p>\n <\/p>\n A Dire\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n
\n