{"id":11513,"date":"2021-03-04T14:12:34","date_gmt":"2021-03-04T14:12:34","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=11513"},"modified":"2021-03-04T14:12:34","modified_gmt":"2021-03-04T14:12:34","slug":"nova-especie-de-lampreia-nas-ribeiras-do-concelho-de-ourem","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/04\/nova-especie-de-lampreia-nas-ribeiras-do-concelho-de-ourem\/","title":{"rendered":"Nova Esp\u00e9cie de Lampreia nas Ribeiras do Concelho de Our\u00e9m"},"content":{"rendered":"

\"lampreiaFoi recentemente divulgado que foram identificadas tr\u00eas novas esp\u00e9cies de lampreia em Portugal, por investigadores da Faculdade de Ci\u00eancias da Universidade de Lisboa, em colabora\u00e7\u00e3o com a Universidade. de \u00c9vora e do Museu Nacional de Hist\u00f3ria Natural e da Ci\u00eancia, as quais ocorrem nas bacias hidrogr\u00e1ficas do Vouga, Nab\u00e3o e Sado, sendo que uma das esp\u00e9cies, a Lampreia do Nab\u00e3o [(Lampetra auremensis) de Auren = Our\u00e9m em latim], \u00e9 exclusiva desta sub-bacia afluente da margem direita do Rio Tejo.<\/strong><\/p>\n

De salientar que, j\u00e1 em 1989, no “Estudo Ecol\u00f3gico da Ribeira de Sei\u00e7a” realizado pelo Eng.\u00ba Pedro Cortes, com a ajuda do Professor Carlos Alma\u00e7a da Faculdade de Ci\u00eancias da Universidade de Lisboa, se referia que havia sido identificada uma pequena lampreia. “A descoberta prov\u00e1vel duma nova esp\u00e9cie para a pen\u00ednsula Ib\u00e9rica foi talvez a maior descoberta deste trabalho”, regozijava-se o autor. Por\u00e9m, na altura esta lampreia acabou por ser classificada como Lampetra planeri (Lampreia-de-riacho), pensando-se que seria uma popula\u00e7\u00e3o isolada de outras existentes em Espanha e em outros pa\u00edses do norte da Europa. Constata-se hoje que a dedu\u00e7\u00e3o do Eng. Pedro Cortes estava correcta e estamos na presen\u00e7a de uma nova esp\u00e9cie.<\/p>\n

Tamb\u00e9m foi este “Estudo Ecol\u00f3gico da Ribeira de Sei\u00e7a”, que esteve na origem da cria\u00e7\u00e3o do actual N\u00facleo da Quercus, sugerindo-se no mesmo que fosse criada uma Associa\u00e7\u00e3o de Estudo e Protec\u00e7\u00e3o da Ribeira de Sei\u00e7a. Com o decorrer do tempo e posta de lado a possibilidade de se criar o Grupo Ecol\u00f3gico de Our\u00e9m, em Janeiro de 1990 foi fundado o N\u00facleo Regional do Ribatejo e Estremadura da Quercus, com sede regional em Our\u00e9m.<\/p>\n

No in\u00edcio dos anos 90 do s\u00e9culo passado, durante o per\u00edodo de desova das lampreias, o qual ocorre na primavera, era habitual dinamizarem-se ac\u00e7\u00f5es do denominado “Projecto Lampreia”, visando inventariar as popula\u00e7\u00f5es de lampreias e efectuar uma monitoriza\u00e7\u00e3o que permitisse ter mais informa\u00e7\u00e3o sobre a biologia e a ecologia da esp\u00e9cie e contribuir para a conserva\u00e7\u00e3o dos bosques ribeirinhos e do leito das ribeiras.<\/p>\n

Esta esp\u00e9cie agora identificada apresenta uma \u00e1reas de distribui\u00e7\u00e3o “muito restritas e fragmentadas” e com popula\u00e7\u00f5es diminutas na sub-bacia do Nab\u00e3o, nas ribeiras do Norte do Concelho de Our\u00e9m, devendo como tal ser classificadas como “Criticamente em Perigo” de extin\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Agora que se reconheceu que esta lampreia \u00e9 exclusiva do Norte do Concelho de Our\u00e9m, situa\u00e7\u00e3o que traz acrescidas responsabilidades a todos os cidad\u00e3os do Concelho e demais entidades para a sua conserva\u00e7\u00e3o para o futuro, a Quercus apela \u00e0 necessidade de se conservarem as florestas ribeirinhas e os leitos dos curso de \u00e1gua em toda a bacia hidrogr\u00e1fica, para que n\u00e3o subsistam amea\u00e7as que coloquem a esp\u00e9cie no limiar da extin\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Our\u00e9m, 11 de Dezembro de 2012<\/p>\n

A Direc\u00e7\u00e3o do N\u00facleo Regional do Ribatejo e Estremadura da Quercus<\/p>\n

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Foi recentemente divulgado que foram identificadas tr\u00eas novas esp\u00e9cies de lampreia em Portugal, por investigadores da Faculdade de Ci\u00eancias da Universidade de Lisboa, em colabora\u00e7\u00e3o com a Universidade. de \u00c9vora e do Museu Nacional de Hist\u00f3ria Natural e da Ci\u00eancia, as quais ocorrem nas bacias hidrogr\u00e1ficas do Vouga, Nab\u00e3o e Sado, sendo que uma das […]<\/p>\n","protected":false},"author":5,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"inline_featured_image":false,"footnotes":""},"categories":[307],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11513"}],"collection":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/5"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=11513"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11513\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":11523,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/11513\/revisions\/11523"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=11513"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=11513"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=11513"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}