{"id":11488,"date":"2021-03-03T20:19:29","date_gmt":"2021-03-03T20:19:29","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=11488"},"modified":"2021-03-03T20:19:29","modified_gmt":"2021-03-03T20:19:29","slug":"quercus-promove-encontro-sobre-a-ostra-portuguesa-a-2-de-fevereiro","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/quercus-promove-encontro-sobre-a-ostra-portuguesa-a-2-de-fevereiro\/","title":{"rendered":"Quercus promove encontro sobre a Ostra-portuguesa a 2 de Fevereiro"},"content":{"rendered":"

A Quercus, atrav\u00e9s do seu N\u00facleo Regional de Set\u00fabal vai organizar uma palestra-debate sobre a Ostra-portuguesa, como pretexto para um debate mais alargado acerca do desenvolvimento sustent\u00e1vel, ambiente e economia, com enfoque na Pen\u00ednsula de Set\u00fabal.<\/strong><\/p>\n

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O encontro ir\u00e1 decorrer no pr\u00f3ximo dia 2 de Fevereiro, Dia Mundial das Zonas H\u00famidas, nas emblem\u00e1ticas instala\u00e7\u00f5es do antigo Centro de Depura\u00e7\u00e3o de Ostras do Tejo, na localidade de Gaio-Ros\u00e1rio. As instala\u00e7\u00f5es, atualmente sob propriedade privada, foram transformadas num acolhedor centro de eventos com uma vista deslumbrante sobre o estu\u00e1rio do Tejo, mantendo preservadas a maior parte das suas caracter\u00edsticas originais.<\/strong><\/p>\n

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A ostra portuguesa, um recurso end\u00f3geno de elevado potencial<\/strong>
\nAs ostras no Tejo foram durante muitos anos um recurso valioso, que Portugal exportava para Fran\u00e7a e outros destinos, sendo atualmente produzidas sobretudo no estu\u00e1rio do Sado e no Algarve. A Quercus procurou em anos anteriores atrair a aten\u00e7\u00e3o de diversos media para a Ostra-portuguesa no Tejo, esp\u00e9cie tecnicamente extinta devido \u00e0 degrada\u00e7\u00e3o da qualidade do habitat sofrida em fun\u00e7\u00e3o de um processo de industrializa\u00e7\u00e3o que no contexto da altura n\u00e3o contemplava os aspetos ambientais. Ainda n\u00e3o refeitas desse processo, as \u00e1guas do estu\u00e1rio do Tejo t\u00eam contudo melhorado substantivamente a sua qualidade, estando para isso a contribuir tamb\u00e9m os sistemas de tratamento de \u00e1guas residuais urbanas instalados na margem norte e mais recentemente tamb\u00e9m na margem sul, de onde se destaca a ETAR Barreiro\/Moita da Simarsul.<\/p>\n

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Ostra – Desde a Pr\u00e9-hist\u00f3ria ao s\u00e9c. XXI<\/strong>
\nA realiza\u00e7\u00e3o de escava\u00e7\u00f5es arqueol\u00f3gicas na localidade ribeirinha do Gaio-Ros\u00e1rio, Concelho da Moita, em 1994 e em 2008 veio mostrar a exist\u00eancia de ocupa\u00e7\u00e3o humana no Neol\u00edtico, aprox. 4000 anos AC, por comunidades que se alimentavam de recursos locais, incluindo bivalves do estu\u00e1rio, onde se destaca a ostra. Na expectativa de clarificar a origem da Ostra-portuguesa enquanto esp\u00e9cie (Crassostrea angulata), envolta na d\u00favida sobre se poder\u00e1 ser oriunda do Oriente e ter sido trazida para Portugal no quadro dos Descobrimentos, a Quercus procurou recentemente juntar os arque\u00f3logos envolvidos com bi\u00f3logos, para tentar apurar se realmente esta esp\u00e9cie teve origem em territ\u00f3rio luso. Neste encontro dar-se a conhecer ao p\u00fablico os resultados principais das escava\u00e7\u00f5es e alguns aspetos mais recentes da investiga\u00e7\u00e3o cient\u00edfica sobre a Ostra-portuguesa.<\/p>\n

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Recursos end\u00f3genos, reindustrializa\u00e7\u00e3o?<\/strong>
\nEste encontro pretende partir da hist\u00f3ria e da ecologia para chegar a um debate mais abrangente e atual sobre modelos de ocupa\u00e7\u00e3o e desenvolvimento. Num contexto econ\u00f3mico atual em que o problema do desemprego \u00e9 central, e particularmente agudo na Pen\u00ednsula de Set\u00fabal, e em que o Governo come\u00e7ou a falar de reindustraliza\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que a sociedade civil promova tamb\u00e9m o debate sobre estas mat\u00e9rias e a sua indispens\u00e1vel liga\u00e7\u00e3o a aspetos de sustentabilidade ambiental.<\/p>\n

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Uma oportunidade de debater modelos de desenvolvimento<\/strong>
\nNa mesa redonda abordar-se-\u00e1 tamb\u00e9m a explora\u00e7\u00e3o da Ostra-portuguesa no estu\u00e1rio Sado e a sua promo\u00e7\u00e3o, a explora\u00e7\u00e3o de recursos biol\u00f3gicos estuarinos e compatibiliza\u00e7\u00e3o com outras atividades humanas, nomeadamente a ind\u00fastria, e finalmente procurar-se-\u00e1 discutir com todos participantes acerca de modelos de financiamento local e desenvolvimento – da fal\u00eancia do modelo suportado no urbanismo, \u00e0 necessidade de outras vias para cria\u00e7\u00e3o de riqueza e rendimento para popula\u00e7\u00f5es locais.<\/p>\n

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A Ostra-portuguesa: da Pr\u00e9-hist\u00f3ria aos nossos dias<\/strong><\/p>\n

Integrado no ciclo de palestras\/debate “Pen\u00ednsula de Set\u00fabal – Recursos end\u00f3genos, ambiente e economia”<\/strong><\/p>\n

Local<\/strong>: Antigo Centro de Depura\u00e7\u00e3o de Ostras do Tejo, Rua da Cidla, Ros\u00e1rio (Concelho da Moita)<\/p>\n

Data<\/strong>: 2 de fevereiro, Dia Mundial das Zonas H\u00famidas (S\u00e1bado)<\/p>\n

Hora:<\/strong>\u00a010:00h – 13:00h<\/p>\n

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Programa<\/strong>
\n10:00h: Abertura – Carla Gra\u00e7a, Presidente do N\u00facleo Regional da Quercus
\n10:10h: Escava\u00e7\u00f5es arqueol\u00f3gicas no Gaio-Ros\u00e1rio – Ant\u00f3nio Gonz\u00e1lez e Tiago do Pereiro, arque\u00f3logos
\n10:50h: Intervalo para caf\u00e9
\n11:15h: A Ostra Portuguesa e o estu\u00e1rio do Tejo – Ant\u00f3nio Antunes Dias, ex-Director da Reserva Natural do Estu\u00e1rio do Tejo<\/p>\n

12:00: Mesa Redonda Explora\u00e7\u00e3o da Ostra Portuguesa e desenvolvimento sustent\u00e1vel
\nCom: Francisco Ruano, investigador do Instituto Portugu\u00eas do Mar e da Atmosfera; Rui Costa, coordenador do programa “A ostra portuguesa \u2013 Recupera\u00e7\u00e3o de um Patrim\u00f3nio” efetuado na Reserva Natural do Estu\u00e1rio do Sado, e restantes oradores.
\nModera\u00e7\u00e3o de Paula Silva (Quercus)<\/p>\n

12:30h: Debate
\n13:00: Encerramento<\/p>\n

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Organiza\u00e7\u00e3o:<\/strong>\u00a0N\u00facleo de Set\u00fabal da Quercus<\/p>\n

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Apoio:<\/strong>\u00a0Ostras do Tejo – Centro de Eventos<\/p>\n

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