{"id":11374,"date":"2021-03-03T20:00:18","date_gmt":"2021-03-03T20:00:18","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=11374"},"modified":"2021-03-03T20:00:18","modified_gmt":"2021-03-03T20:00:18","slug":"eletricidade-produzida-no-primeiro-semestre-de-2013-foi-72-de-origem-renovavel-e-com-menos-25-de-emissoes-de-co2","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/eletricidade-produzida-no-primeiro-semestre-de-2013-foi-72-de-origem-renovavel-e-com-menos-25-de-emissoes-de-co2\/","title":{"rendered":"Eletricidade produzida no primeiro semestre de 2013 foi 72% de origem renov\u00e1vel e com menos 25% de emiss\u00f5es de CO2"},"content":{"rendered":"

A produ\u00e7\u00e3o total de energia el\u00e9trica a partir de fontes renov\u00e1veis atingiu n\u00edveis recorde no primeiro semestre de 2013, chegando a 72% (um aumento absoluto de 34% em rela\u00e7\u00e3o aos 38% verificados no per\u00edodo hom\u00f3logo de 2012). Esta \u00e9 uma das conclus\u00f5es do balan\u00e7o feito pela Quercus da produ\u00e7\u00e3o de eletricidade em Portugal Continental no primeiro semestre de 2013, com base nos dados da REN \u2013 Redes Energ\u00e9ticas Nacionais.<\/strong><\/p>\n

Este aumento deveu-se, por um lado, \u00e0 significativa pot\u00eancia instalada de renov\u00e1veis, mas principalmente \u00e0s condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas verificadas, num ano que at\u00e9 agora tem sido mais h\u00famido do que o normal, permitindo um maior recurso \u00e0 utiliza\u00e7\u00e3o de energia h\u00eddrica, e tamb\u00e9m mais ventoso, resultando numa maior produ\u00e7\u00e3o e\u00f3lica. A produ\u00e7\u00e3o da eletricidade de origem renov\u00e1vel em regime especial (a PRE-FER, que representa toda a produ\u00e7\u00e3o renov\u00e1vel exceto a grande h\u00eddrica) aumentou, tendo sido respons\u00e1vel por 49% de toda a eletricidade produzida em Portugal Continental entre Janeiro e Junho de 2013.<\/p>\n

Menor uso do carv\u00e3o e mais renov\u00e1veis levam a redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es<\/strong><\/p>\n

Na eletricidade de origem f\u00f3ssil, houve um recuo no uso de carv\u00e3o da ordem dos 22%, o que, aliado ao muito maior peso da produ\u00e7\u00e3o renov\u00e1vel, conduziu a uma redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es entre os dois primeiros semestres de 2012 e 2013 de cerca de 1,9 milh\u00f5es de toneladas de di\u00f3xido de carbono (25% inferior em 2013 comparando com os primeiros seis meses de 2012). Apesar das centrais a carv\u00e3o apresentarem baixos n\u00edveis de efici\u00eancia energ\u00e9tica e elevadas emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono (CO2<\/sub>) por kWh produzido, o elevado excedente de licen\u00e7as de emiss\u00e3o de CO2<\/sub>\u00a0\u00e0 escala europeia, resultante em parte da crise econ\u00f3mica, traduz-se num pre\u00e7o do carbono muito mais baixo do que seria expect\u00e1vel.<\/p>\n

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Tal diminui os custos de utiliza\u00e7\u00e3o destas centrais, infelizmente favorecendo-as em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s centrais de ciclo combinado a g\u00e1s natural, muito mais eficientes, com menores impactes ambientais e quase paradas nos \u00faltimos meses.<\/p>\n

De destacar ainda que Portugal exportou mais 50% de eletricidade do queimportou, o que \u00e9 uma situa\u00e7\u00e3o completamente contr\u00e1ria \u00e0 verificada em 2012.<\/p>\n

Consumo de eletricidade diminui mas n\u00e3o tanto como PIB<\/p>\n

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Enquanto ao longo de 2012 houve uma redu\u00e7\u00e3o do consumo de eletricidade da ordem de 2,8% em rela\u00e7\u00e3o ao ano anterior, no primeiro semestre de 2013 a redu\u00e7\u00e3o foi menos acentuada (-1,7%, por compara\u00e7\u00e3o com igual per\u00edodo de 2012), estando o produto interno bruto (PIB) a recuar 2,7% de acordo com as estimativas mais recentes para o ano de 2013. Tal \u00e9 um sinal preocupante, pois um dos objetivos em termos de efici\u00eancia energ\u00e9tica \u00e9 assegurar que a intensidade energ\u00e9tica na eletricidade diminui, isto \u00e9, a energia el\u00e9trica necess\u00e1ria para gerar uma unidade de riqueza \u00e9 cada vez menor, estando Portugal atualmente com a tend\u00eancia inversa.<\/p>\n

Aposta nas renov\u00e1veis e na efici\u00eancia energ\u00e9tica \u00e9 caminho a seguir<\/p>\n

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A Quercus considera que Portugal tem um enorme potencial para o aproveitamento das energias renov\u00e1veis, em particular aquelas com menor impacte ambiental como \u00e9 o caso da energia solar, um recurso abundante no nosso pa\u00eds, e cujos custos de investimento e explora\u00e7\u00e3o t\u00eam vindo a descer de forma lenta. Tal facto, aliado a uma efici\u00eancia e poupan\u00e7a energ\u00e9ticas significativas que devem ser incentivadas em setores como o dos transportes, servi\u00e7os e residencial, podem assegurar um menor depend\u00eancia do exterior e uma maior sustentabilidade. A Quercus quer Portugal com 100% de eletricidade de fontes renov\u00e1veis at\u00e9 ao ano de 2050.<\/p>\n

Lisboa, 14 de julho de 2013<\/p>\n

A Dire\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus – Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n

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