{"id":11184,"date":"2021-03-03T19:34:35","date_gmt":"2021-03-03T19:34:35","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=11184"},"modified":"2021-03-03T19:34:35","modified_gmt":"2021-03-03T19:34:35","slug":"no-ano-em-que-o-ceras-comemora-15-anos-a-quercus-divulga-as-15-principais-ameacas-a-biodiversidade-e-15-medidas-de-protecao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/no-ano-em-que-o-ceras-comemora-15-anos-a-quercus-divulga-as-15-principais-ameacas-a-biodiversidade-e-15-medidas-de-protecao\/","title":{"rendered":"No ano em que o CERAS comemora 15 anos a Quercus divulga as 15 principais amea\u00e7as \u00e0 biodiversidade e 15 medidas de prote\u00e7\u00e3o"},"content":{"rendered":"

O Centro de Estudos e Recupera\u00e7\u00e3o de Animais Selvagens de Castelo Branco (CERAS) \u00e9 um projecto do n\u00facleo regional de Castelo Branco da Quercus, com o apoio da Escola Superior Agr\u00e1ria de Castelo Branco (ESA) e de outros mecenas particulares. O CERAS tem como principal objectivo recuperar animais selvagens debilitados e devolv\u00ea-los ao meio natural.<\/strong><\/p>\n

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No ano em que celebra 15 anos, o CERAS vai promover a iniciativa 15-15-15, ao longo dos pr\u00f3ximos meses um conjunto de iniciativas de divulga\u00e7\u00e3o de quinze amea\u00e7as e quinze medidas de conserva\u00e7\u00e3o para a fauna selvagem da regi\u00e3o. As iniciativas ser\u00e3o de diversa \u00edndole, como campanhas de informa\u00e7\u00e3o, reuni\u00f5es e encontros com munic\u00edpios, entidades p\u00fablicas, empresas e particulares, no sentido de agilizar e solicitar algumas medidas e actua\u00e7\u00f5es concretas. Para cada uma destas amea\u00e7as a Quercus ira divulgar alguns pequenos gestos e comportamentos que todos n\u00f3s poderemos realizar no sentido de evitar algumas das principais amea\u00e7as \u00e0 nossa fauna aut\u00f3ctone.<\/strong><\/p>\n

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Amea\u00e7a – Atropelamento<\/strong><\/p>\n

Ao longo dos \u00faltimos quinze anos recolhemos informa\u00e7\u00e3o sobre centenas de casos de atropelamento de fauna selvagem no CERAS. Tamb\u00e9m recolhemos informa\u00e7\u00e3o no \u00e2mbito dos projectos que s\u00e3o desenvolvidos na regi\u00e3o. Os grupos de fauna mais afectados que deram entrada no CERAS foram os mam\u00edferos e as aves nocturnas. Contudo outros grupos como r\u00e9pteis e anf\u00edbios s\u00e3o tamb\u00e9m muito afectados. S\u00e3o atropelados anualmente milhares de animais de esp\u00e9cies t\u00e3o diferentes como lontras, veados, texugos, fuinhas, gatos-bravos, corujas-das-torres, cagados, salamandras e sapos. O atropelamento \u00e9 uma das principais causas de mortalidade de esp\u00e9cies em perigo de extin\u00e7\u00e3o como o lobo e o lince-ib\u00e9rico. Num estudo realizado no Alentejo pela Universidade de \u00c9vora (MOVE) foi quantificado que morrem anualmente em m\u00e9dia 120 animais por Km por ano. Em alguns pa\u00edses em que existe monitoriza\u00e7\u00e3o dos atropelamentos os n\u00fameros apontam para mortalidades muito significativas de 365 milh\u00f5es de atropelamentos anuais nos EUA ou 14 milh\u00f5es atropelamentos no Brasil.<\/p>\n

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Pontos negros identificados<\/strong><\/p>\n

Na regi\u00e3o mais a sul do distrito de Castelo Branco nos concelhos de Castelo Branco e Idanha-a-Nova identificamos 4 pontos negros nas estradas que registam grande n\u00famero de acidentes. Os pontos negros identificados foram: tro\u00e7o perto da\u00a0Barragem de Santa \u00c1gueda EM1230, na EN18 para Malpica do Tejo perto do vale do Rio Ponsul, tro\u00e7o na EN240 Castelo Branco para o Ladoeiro e outro entre Monforte da Beira\u00a0\u00a0 e Cegonhas na EM 351.<\/p>\n

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V\u00e3o ser solicitadas reuni\u00f5es com os Munic\u00edpios e outras entidades, de forma a poderem ser aplicadas algumas medidas de minimiza\u00e7\u00e3o, como sinal\u00e9tica, coloca\u00e7\u00e3o de lombas para redu\u00e7\u00e3o de velocidade ou passagens para fauna.<\/p>\n

Os atropelamentos de fauna representam uma amea\u00e7a \u00e0 biodiversidade, mas tamb\u00e9m para a seguran\u00e7a rodovi\u00e1ria, pois nos \u00faltimos anos t\u00eam aumentado as colis\u00f5es e os acidentes graves com esp\u00e9cies de grandes dimens\u00f5es como veados e javalis. Nesse sentido urge\u00a0adoptar\u00a0medidas para\u00a0minimizar esta problem\u00e1tica, corrigindo os pontos negros identificados e promover mais estudos.<\/p>\n

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O que todos podemos fazer?<\/strong><\/p>\n

No que diz respeito a medidas que todos n\u00f3s podemos fazer deixamos algumas recomenda\u00e7\u00f5es como reduzir a velocidade ao atravessar zonas com possibilidade de passagem de fauna (parques naturais, zonas florestais, etc. ).Se encontrar uma animal selvagem ferido pode ligar para a Linha SOS ambiente (808200520). Caso encontre animais selvagens mortos tamb\u00e9m pode registar o local e a esp\u00e9cie em causa e fazer chegar essa informa\u00e7\u00e3o \u00e0 Quercus ou aos projectos de monitoriza\u00e7\u00e3o desta problem\u00e1tica.<\/p>\n

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Castelo Branco, 1 de Agosto de 2014<\/p>\n

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A Dire\u00e7\u00e3o do N\u00facleo Regional de Castelo Branco da Quercus-Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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