{"id":11126,"date":"2021-03-03T19:28:59","date_gmt":"2021-03-03T19:28:59","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=11126"},"modified":"2021-03-03T19:28:59","modified_gmt":"2021-03-03T19:28:59","slug":"conselho-europeu-de-outubro-decide-amanha-metas-de-energia-e-clima-para-2030-portugal-entre-os-paises-mais-ambiciosos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/conselho-europeu-de-outubro-decide-amanha-metas-de-energia-e-clima-para-2030-portugal-entre-os-paises-mais-ambiciosos\/","title":{"rendered":"Conselho Europeu de outubro decide amanh\u00e3 metas de energia e clima para 2030 – Portugal entre os pa\u00edses mais ambiciosos"},"content":{"rendered":"
Amanh\u00e3, dia 23 de outubro, os l\u00edderes dos Estados-membros da Uni\u00e3o Europeia (UE) estar\u00e3o reunidos no Conselho Europeu, em Bruxelas, para acordar as novas metas europeias no que respeita \u00e0 pol\u00edtica clim\u00e1tica e energ\u00e9tica at\u00e9 2030, as quais poder\u00e3o determinar o futuro destas pol\u00edticas na UE nos pr\u00f3ximos 15 anos e, indiretamente, nas d\u00e9cadas seguintes. As decis\u00f5es a tomar ser\u00e3o cruciais para o Acordo Clim\u00e1tico Global que se espera conseguir em Dezembro de 2015, em Paris.<\/strong><\/p>\n Nos documentos-base que resultaram das v\u00e1rias reuni\u00f5es de negocia\u00e7\u00e3o entre os Estados-membros \u2013 e aos quais as organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o governamentais tiveram acesso \u2013 o n\u00edvel de ambi\u00e7\u00e3o foi diminuindo ao mesmo tempo que aumentava a press\u00e3o para acordar metas t\u00e3o importantes como redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es de gases de efeito de estufa, energias renov\u00e1veis e efici\u00eancia energ\u00e9tica.<\/p>\n O texto que ser\u00e1 acordado neste Conselho mostra-se abaixo do esperado pelas organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o governamentais de ambiente e, praticamente, mant\u00e9m o rumo atual. Neste cen\u00e1rio, Portugal e a UE dar\u00e3o um sinal pol\u00edtico pouco ambicioso, perspetivando-se o agravamento das consequ\u00eancias das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas, como secas mais graves e frequentes, inunda\u00e7\u00f5es e eventos meteorol\u00f3gicos extremos.<\/p>\n Nas pr\u00f3ximas d\u00e9cadas, os cidad\u00e3os europeus poder\u00e3o vir a assistir ao aumento da fatura energ\u00e9tica pela importa\u00e7\u00e3o de combust\u00edveis f\u00f3sseis e a uma crescente depend\u00eancia de fornecedores de energia, o que poder\u00e1 amea\u00e7ar a seguran\u00e7a energ\u00e9tica da UE. Ir\u00e3o tamb\u00e9m aumentar os custos com os impactos na sa\u00fade associados \u00e0 polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica, na medida em que Portugal e a UE arriscam perder a lideran\u00e7a na cria\u00e7\u00e3o de novos empregos e de uma economia baseada em energias limpas, um compromisso que outros pa\u00edses (como a China) j\u00e1 assumiram perante a comunidade internacional nas \u00faltimas cimeiras clim\u00e1ticas.<\/p>\n Perante a imin\u00eancia de um novo acordo clim\u00e1tico a n\u00edvel global, que dever\u00e1 ser adotado em Paris no pr\u00f3ximo ano, os cidad\u00e3os europeus est\u00e3o na expetativa de conhecer as a\u00e7\u00f5es concretas que os l\u00edderes europeus ir\u00e3o tomar para combater as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas. Os maiores progressos de pol\u00edtica clim\u00e1tica foram conseguidos quando a UE liderou o rumo das negocia\u00e7\u00f5es.<\/p>\n