{"id":11069,"date":"2021-03-03T19:22:07","date_gmt":"2021-03-03T19:22:07","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=11069"},"modified":"2021-03-03T19:22:07","modified_gmt":"2021-03-03T19:22:07","slug":"portugal-atingiu-valor-recorde-do-seculo-na-producao-de-eletricidade-renovavel-e-de-emissoes-de-co2-evitadas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/portugal-atingiu-valor-recorde-do-seculo-na-producao-de-eletricidade-renovavel-e-de-emissoes-de-co2-evitadas\/","title":{"rendered":"Portugal atingiu valor recorde do s\u00e9culo na produ\u00e7\u00e3o de eletricidade renov\u00e1vel e de emiss\u00f5es de CO2 evitadas"},"content":{"rendered":"

A Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza e a APREN \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Portuguesa de Energias Renov\u00e1veis mostram como o investimento em fontes de energia renov\u00e1vel \u00e9 vital para a independ\u00eancia econ\u00f3mica e energ\u00e9tica do Pa\u00eds, para al\u00e9m do respeito pelos compromissos clim\u00e1ticos internacionais. Os valores apresentados tiveram por base os dados de produ\u00e7\u00e3o de eletricidade em Portugal Continental, em 2013, publicados pela REN \u2013 Redes Energ\u00e9ticas Nacionais a 2 de Janeiro de 2014.<\/strong><\/p>\n

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2013 \u2013 O ano mais renov\u00e1vel deste s\u00e9culo<\/strong><\/p>\n

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Em 2013 a produ\u00e7\u00e3o de eletricidade a partir de fontes renov\u00e1veis em Portugal foi respons\u00e1vel por 58,3% do total energia el\u00e9trica consumida, com um aumento de 20% em rela\u00e7\u00e3o a 2012. Considerando apenas a produ\u00e7\u00e3o nacional, a contribui\u00e7\u00e3o das renov\u00e1veis cifrou-se no valor recorde de 61,7%.<\/p>\n

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Em consequ\u00eancia deste aumento de produ\u00e7\u00e3o das renov\u00e1veis no ano de 2013, assistiu-se a uma redu\u00e7\u00e3o do valor de eletricidade importada em 2,8 vezes, o que na pr\u00e1tica se traduz num decr\u00e9scimo de 10% do total consumido.<\/p>\n

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O contraste entre 2012 (que foi um ano muito seco, 58% abaixo da m\u00e9dia) e 2013 (relativamente h\u00famido, 17% acima da m\u00e9dia) fez com que a produ\u00e7\u00e3o de eletricidade renov\u00e1vel da grande h\u00eddrica mais que duplicasse.<\/p>\n

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Al\u00e9m disso, 2013 foi tamb\u00e9m favor\u00e1vel em termos de vento, conduzindo a um aumento de quase 20% da produ\u00e7\u00e3o de eletricidade a partir desta fonte.<\/p>\n

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Na fotovoltaica, o aumento da capacidade instalada permitiu um aumento de 25% em rela\u00e7\u00e3o a 2012, apesar de ainda n\u00e3o ter atingido 1% do consumo, o que revela um enorme potencial de crescimento.<\/p>\n

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Francisco Ferreira, coordenador do Grupo de energia e altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas da Quercus, acrescenta que:<\/p>\n

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“… n\u00e3o podemos deixar de continuar a apostar nas energias renov\u00e1veis e na efici\u00eancia energ\u00e9tica permitindo a recupera\u00e7\u00e3o da economia sem onerar o ambiente. Para tal \u00e9 preciso um investimento na sensibiliza\u00e7\u00e3o e um planeamento adequado do setor energ\u00e9tico tamb\u00e9m em prol de uma desej\u00e1vel pol\u00edtica clim\u00e1tica exigente”.<\/em><\/p>\n

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Por seu lado, Ant\u00f3nio S\u00e1 da Costa, Presidente da Dire\u00e7\u00e3o da Associa\u00e7\u00e3o Portuguesa de Energias Renov\u00e1veis, afirma:<\/p>\n

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“2013 foi um ano em que se demonstrou a vantagem de Portugal ter apostado nos seus recursos renov\u00e1veis para produzir eletricidade pois, al\u00e9m de se terem evitado importa\u00e7\u00f5es de combust\u00edveis f\u00f3sseis e emiss\u00f5es de gases com efeito de estufa, o fato de 60% da eletricidade consumida ser de origem renov\u00e1vel possibilitou estabilizar o pre\u00e7o deste bem, o que tamb\u00e9m \u00e9 positivo para ajudar Portugal a sair da crise.”<\/em><\/p>\n

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Contributo da aposta nas renov\u00e1veis permite poupan\u00e7as na ordem dos 850 milh\u00f5es de euros<\/strong><\/p>\n

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A produ\u00e7\u00e3o da eletricidade de origem renov\u00e1vel em regime especial (a PRE-FER, ou seja, toda a renov\u00e1vel \u00e0 exce\u00e7\u00e3o da grande h\u00eddrica) aumentou em rela\u00e7\u00e3o a 2012, tendo sido respons\u00e1vel por 32% de toda a eletricidade produzida em Portugal Continental em 2013, comparativamente aos 27% de 2012. Este aumento deve-se sobretudo \u00e0 energia e\u00f3lica, que garantiu 23% da produ\u00e7\u00e3o el\u00e9trica. Em cada hora de consumo de eletricidade em 2013, dezanove minutos tiveram origem nestas centrais renov\u00e1veis (PRE-FER), dos quais catorze minutos foram produzidos pela energia e\u00f3lica.<\/p>\n

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A produ\u00e7\u00e3o de eletricidade de origem renov\u00e1vel em regime especial (PRE-FER) em 2013 permitiu tamb\u00e9m poupar 806 milh\u00f5es de euros na importa\u00e7\u00e3o de combust\u00edveis f\u00f3sseis (g\u00e1s natural e carv\u00e3o) e 40 milh\u00f5es de euros em licen\u00e7as de emiss\u00e3o de CO2. No total, a produ\u00e7\u00e3o de eletricidade renov\u00e1vel por produtores independentes permitiu uma poupan\u00e7a de 846 milh\u00f5es de euros.<\/p>\n

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Produ\u00e7\u00e3o de energia el\u00e9trica atrav\u00e9s do carv\u00e3o prejudica o ambiente<\/strong><\/p>\n

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Apesar de uma descida nas centrais de Sines e Pego na ordem dos 10% verificou-se ainda um uso significativo deste combust\u00edvel f\u00f3ssil. Tal deveu-se ao baixo pre\u00e7o do carv\u00e3o nos mercados internacionais, ao reduzido custo das emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono, para al\u00e9m da estrutura de contratualiza\u00e7\u00e3o \/ mercado em Portugal. Este facto tem impedido um maior recurso \u00e0s centrais de ciclo combinado a g\u00e1s natural, com uma efici\u00eancia muito superior em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s centrais a carv\u00e3o e com benef\u00edcios ambientais, por serem muito menos poluentes. \u00c9 de salientar que as centrais a g\u00e1s natural apenas produziram 3% do total do consumo de eletricidade, enquanto a produ\u00e7\u00e3o das centrais a carv\u00e3o supriu 22% das necessidades de energia el\u00e9trica.<\/p>\n

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Renov\u00e1veis s\u00e3o enorme contributo para redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de CO2<\/strong><\/p>\n

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As emiss\u00f5es associadas \u00e0 produ\u00e7\u00e3o de energia el\u00e9trica somaram 13 milh\u00f5es de toneladas de CO2\u00a0em 2013, cerca de 20% do total de emiss\u00f5es de gases de efeito de estufa atuais de Portugal.<\/p>\n

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Sem eletricidade renov\u00e1vel em Portugal e com a produ\u00e7\u00e3o a ser assegurada recorrendo somente \u00e0 utiliza\u00e7\u00e3o de toda a capacidade instalada das centrais a carv\u00e3o, em combina\u00e7\u00e3o com as centrais a ciclo combinado a g\u00e1s natural, as emiss\u00f5es atingiriam 26 milh\u00f5es de toneladas de CO2. Este valor corresponderia ao dobro do atual, cerca de 40% do total de emiss\u00f5es de gases de efeito de estufa de Portugal.<\/p>\n

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Entre 2012 e 2013 verificou-se uma redu\u00e7\u00e3o nas emiss\u00f5es de CO2 na ordem das 2,3 milh\u00f5es de toneladas, das quais 1 milh\u00e3o decorreram da redu\u00e7\u00e3o do recurso \u00e0s centrais a carv\u00e3o.<\/p>\n

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Estabiliza\u00e7\u00e3o do consumo face a descida do PIB \u00e9 preocupante<\/strong><\/p>\n

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Entre 2012 e 2013 teve lugar um ligeiro aumento do consumo mesmo em tempos de austeridade, da ordem dos 0,2% em rela\u00e7\u00e3o a 2012. A intensidade energ\u00e9tica (na eletricidade) que resulta da quantidade de energia el\u00e9trica necess\u00e1ria por unidade de Produto Interno Bruto gerada est\u00e1 assim a evoluir desfavoravelmente dado que a evolu\u00e7\u00e3o do PIB em 2013 se estima num decr\u00e9scimo de 1,4%. Este indicador aponta assim para um maior uso da eletricidade por unidade de riqueza produzida o que revela problemas estruturais em termos de efici\u00eancia energ\u00e9tica que t\u00eam de ser ultrapassados.<\/p>\n

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Lisboa, 14 de janeiro de 2014<\/p>\n

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