{"id":11019,"date":"2021-03-03T19:13:44","date_gmt":"2021-03-03T19:13:44","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=11019"},"modified":"2021-03-03T19:13:44","modified_gmt":"2021-03-03T19:13:44","slug":"campanha-sos-natureza-arranca-hoje","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/campanha-sos-natureza-arranca-hoje\/","title":{"rendered":"Campanha SOS Natureza arranca hoje"},"content":{"rendered":"

Coliga\u00e7\u00e3o C6 apela \u00e0 participa\u00e7\u00e3o massiva dos cidad\u00e3os europeus para salvar a natureza e o ambiente da Europa<\/p>\n

12 maio 2015<\/strong>\u00a0–\u00a0\u00c9 lan\u00e7ada hoje a campanha SOS Natureza que junta mais de 90 ONGs ambientais de toda a Europa para salvar a Natureza apelando aos cidad\u00e3os europeus para se manifestarem contra o enfraquecimento das leis que a protegem e que a Comiss\u00e3o Europeia, liderada pelo Presidente Juncker, pretende implementar. Em Portugal, a Coliga\u00e7\u00e3o de ONGs ambientais C6 que inclui a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), a Liga para a Prote\u00e7\u00e3o da Natureza (LPN), a QUERCUS, a WWF \u2013 Portugal, o GEOTA e o FAPAS, s\u00e3o os motores deste movimento, que pretende incentivar os cidad\u00e3os a expressar uma opini\u00e3o clara em favor da conserva\u00e7\u00e3o da natureza e contra a altera\u00e7\u00e3o das directivas Aves e Habitats.<\/strong><\/p>\n

A campanha pretende que os cidad\u00e3os portugueses juntem a sua voz aos dos restantes 27 pa\u00edses da Uni\u00e3o Europeia e participem na consulta p\u00fablica da Comiss\u00e3o Europeia, tendo consci\u00eancia que poder\u00e3o ser eles a salvar as leis que protegem a natureza na Europa, as diretivas europeias Aves e Habitats.<\/p>\n

A campanha, que ser\u00e1 sobretudo divulgada atrav\u00e9s das redes sociais, pretende colocar o maior n\u00famero de cidad\u00e3os poss\u00edvel a manifestar-se contra eventuais altera\u00e7\u00f5es \u00e0s leis que protegem a natureza e o ambiente. Em\u00a0https:\/\/www.naturealert.eu\/pt<\/a>, ou nos websites das ONGAs que formam a C6 o cidad\u00e3o poder\u00e1 informar-se sobre a avalia\u00e7\u00e3o das diretivas em curso, e participar na consulta p\u00fablica, posicionando-se contra a altera\u00e7\u00f5es das leis ambientais europeias. A campanha ter\u00e1 igualmente um v\u00eddeo que pretende chamar a aten\u00e7\u00e3o para a protec\u00e7\u00e3o do nosso capital natural.<\/p>\n

Esta campanha est\u00e1 a ser lan\u00e7ada por toda a Europa, pois a Comiss\u00e3o Europeia decidiu proceder a uma avalia\u00e7\u00e3o aprofundada de ambas as diretivas para determinar se elas s\u00e3o eficazes na prote\u00e7\u00e3o da natureza. Este processo est\u00e1 a acontecer num contexto claramente hostil \u00e0 conserva\u00e7\u00e3o da Natureza. O Presidente Juncker \u00e9 conhecido por ser ‘business-friendly’ e anti-preocupa\u00e7\u00f5es ambientalistas, portanto n\u00e3o se preveem melhorias, mas sim uma flexibiliza\u00e7\u00e3o negativa.<\/p>\n

As leis que protegem a Natureza da Europa s\u00e3o antigas, com provas dadas, e reconhecidas como sendo das mais eficazes em todo o mundo para proteger animais, plantas e habitats amea\u00e7ados. Com este processo de avalia\u00e7\u00e3o, que tem como agenda o enfraquecimento da legisla\u00e7\u00e3o ambiental europeia, em prole de um desenvolvimento econ\u00f3mico a qualquer custo, a conserva\u00e7\u00e3o da Natureza como a conhecemos encontra-se em risco. H\u00e1 muito que conservacionistas e investigadores defendem a l\u00f3gica do desenvolvimento sustent\u00e1vel, em que o progresso e a conserva\u00e7\u00e3o da natureza n\u00e3o s\u00e3o mutuamente exclusivos. Com o processo de avalia\u00e7\u00e3o em curso, sob a falsa bandeira da moderniza\u00e7\u00e3o burocr\u00e1tica, o que realmente \u00e9 pretendido pela Comiss\u00e3o Europeia \u00e9 que a Natureza n\u00e3o \u201catrapalhe\u201d o desenvolvimento econ\u00f3mico, e que a sua conserva\u00e7\u00e3o e estudo sejam relegados para um plano ainda mais secund\u00e1rio, num claro retrocesso de mentalidades que espelha uma linha de pensamento muito limitada.<\/p>\n

As atuais diretivas Aves e Habitats conferem \u00e0 EU identidade no contexto global e s\u00e3o a raz\u00e3o por que a Europa, numa express\u00e3o de pol\u00edtica orientada para enfrentar problemas futuros, tem agora a maior rede mundial de \u00e1reas protegidas, a Rede Natura 2000, que abrange cerca de um quinto da \u00e1rea terrestre e 4% das \u00e1reas marinhas europeias.<\/p>\n

A participa\u00e7\u00e3o no processo de consulta p\u00fablica permite aos cidad\u00e3os participar e manifestar a sua opini\u00e3o at\u00e9 24 de julho de 2015, e \u00e9 a \u00fanica oportunidade para o p\u00fablico a expressar a sua vontade durante esta avalia\u00e7\u00e3o t\u00e9cnica.<\/p>\n

De acordo com a C6, “existem in\u00fameras provas cient\u00edficas de que estas leis funcionam, quando implementadas, e numerosos exemplos de que n\u00e3o s\u00e3o obst\u00e1culo ao desenvolvimento econ\u00f3mico. Em Portugal foi a exist\u00eancia das diretivas que permitiu salvar da extin\u00e7\u00e3o alguns dos animais mais emblem\u00e1ticos como a \u00e1guia-imperial ou o lince ib\u00e9rico. Sem elas ter\u00edamos uma natureza mais pobre, mais polui\u00e7\u00e3o e n\u00e3o ter\u00edamos as magn\u00edficas paisagens que ainda temos, e que s\u00e3o promovidas como estandartes tur\u00edsticos de um pa\u00eds protegido e saud\u00e1vel\u201d.<\/p>\n

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Notas:<\/p>\n