{"id":10855,"date":"2021-03-03T18:55:03","date_gmt":"2021-03-03T18:55:03","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=10855"},"modified":"2021-03-03T18:55:03","modified_gmt":"2021-03-03T18:55:03","slug":"projeto-climadapt-local-investigadores-empresas-autarquias-e-secretario-de-estado-do-ambiente-juntos-no-debate-sobre-o-futuro-da-adaptacao-local-as-alteracoes-climaticas-em-portugal","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/projeto-climadapt-local-investigadores-empresas-autarquias-e-secretario-de-estado-do-ambiente-juntos-no-debate-sobre-o-futuro-da-adaptacao-local-as-alteracoes-climaticas-em-portugal\/","title":{"rendered":"Projeto ClimAdaPT.Local: Investigadores, empresas, autarquias e Secret\u00e1rio de Estado do Ambiente juntos no debate sobre o futuro da adapta\u00e7\u00e3o local \u00e0s altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas em Portugal"},"content":{"rendered":"

\"climadaPTLisboa, Portugal, 15 de janeiro de 2015 \u2013 Decorreu esta manh\u00e3, no Sal\u00e3o Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa, o semin\u00e1rio de lan\u00e7amento do projeto ClimAdaPT.Local \u2013 Estrat\u00e9gias Municipais de Adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas. Este semin\u00e1rio contou com a participa\u00e7\u00e3o de v\u00e1rios especialistas no tema, bem como representantes das 26 autarquias que assinaram o protocolo de parceria com o cons\u00f3rcio do projeto ClimAdaPT.Local. A sess\u00e3o de encerramento contou com a interven\u00e7\u00e3o do Secret\u00e1rio de Estado do Ambiente, Paulo Lemos.<\/strong>
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\nNum semin\u00e1rio com uma ampla participa\u00e7\u00e3o de todos os setores de atividade em Portugal com o objetivo de discutir a adapta\u00e7\u00e3o local \u00e0s altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas (AC) em Portugal, as principais conclus\u00f5es centraram-se na import\u00e2ncia de tal resposta \u00e0 escala europeia, nacional mas especialmente ao n\u00edvel local, onde as vulnerabilidades s\u00e3o espec\u00edficas e a capacidade de resposta mais adequada. Portugal \u00e9 um dos pa\u00edses europeus mais vulner\u00e1veis \u00e0s modifica\u00e7\u00f5es decorrentes das AC. Desde a subida do n\u00edvel do mar, que afetar\u00e1 os munic\u00edpios do litoral, ao aumento da temperatura e da frequ\u00eancia e intensidade de eventos meteorol\u00f3gicos extremos em todo o territ\u00f3rio, ser\u00e3o v\u00e1rios os impactes perante os quais ser\u00e1 necess\u00e1rio uma adapta\u00e7\u00e3o a uma nova realidade clim\u00e1tica.<\/p>\n

A import\u00e2ncia desta tem\u00e1tica em Portugal foi sublinhada pelos representantes dos financiadores Ana Barreto, do EEA Grants e Nuno Lacasta, Presidente da Ag\u00eancia Portuguesa do Ambiente, tamb\u00e9m promotora do Programa AdaPT. Nuno Lacasta afirmou que o ClimaAdaPT.Local simboliza uma coopera\u00e7\u00e3o muito importante liderado pelo contexto universit\u00e1rio mas apontado aos cidad\u00e3os e munic\u00edpios. Como \u00e9 \u00f3bvio com as li\u00e7\u00f5es que vamos tirar desta iniciativa o objetivo do pa\u00eds n\u00e3o poder\u00e1 deixar de ser ter um pa\u00eds todo adaptado \u00e0s altera\u00e7\u00f5es do clima. Rui Lopo, em representa\u00e7\u00e3o da Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Munic\u00edpios Portugueses, disse que \u00e9 importante garantir que as estrat\u00e9gias se concretizam depois, os munic\u00edpios est\u00e3o a postos para por as m\u00e3os \u00e0 obra.<\/p>\n

Gil Penha-Lopes, em representa\u00e7\u00e3o do cons\u00f3rcio ClimAdaPT.Local,\u00a0<\/strong>iniciou a sua interven\u00e7\u00e3o por agradecer a todas as institui\u00e7\u00f5es e pessoas que se t\u00eam dedicado ao estudo e concretiza\u00e7\u00e3o da adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s AC quer na Europa quer em Portugal. Clarificou que este projeto tem como objetivos principais a elabora\u00e7\u00e3o de 26 Estrat\u00e9gias Municipais de Adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s AC, a forma\u00e7\u00e3o de 52 t\u00e9cnicos municipais nestas tem\u00e1ticas, a cria\u00e7\u00e3o de uma plataforma de Adapta\u00e7\u00e3o Municipal em Portugal e a cria\u00e7\u00e3o de uma Rede de Munic\u00edpios Portugueses em Adapta\u00e7\u00e3o, esperando desta forma que o momentum de adapta\u00e7\u00e3o local permane\u00e7a e acelere ap\u00f3s o t\u00e9rmino do projeto (em Abril de 2016). Referiu tamb\u00e9m que este projeto criar\u00e1 v\u00e1rias metodologias e produtos que ficar\u00e3o publicamente dispon\u00edveis a todos os interessados.<\/p>\n

Em mat\u00e9ria de adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas, o Reino Unido tem j\u00e1 um longo percurso feito.<\/p>\n

Patrick Pringle, do Programa de Adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s AC do Reino Unido (UKCIP – UK Climate Impacts Programme)<\/strong>, salientou que, apesar da metodologia desenvolvida pelo UKCIP j\u00e1 ter sido utilizada um pouco por todo o mundo em contextos e realidades diferentes, h\u00e1 um ponto em comum: \u00e9 fundamental o envolvimento e um compromisso dos decisores e autarcas locais, passo fundamental e que pode levar tempo.<\/p>\n

\u00d8yvind Aarvig, do Programa Noruegu\u00eas das Cidades do Futuro<\/strong>, referiu que este Programa iniciado em 2007 tem evolu\u00eddo e j\u00e1 tem resultados para mostrar, quer na mitiga\u00e7\u00e3o, como na adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s AC. Hoje, doze no total de 13 cidades da Noruega t\u00eam definido no seu plano de gest\u00e3o a adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s AC como um objetivo. Em 2008, eram apenas 4. Todas as treze cidades obrigam a que as AC t\u00eam de ser tidas em conta quando s\u00e3o feitos estudos de pormenor e projetos de constru\u00e7\u00e3o. Para al\u00e9m disso, todas as cidades desenvolveram a sua an\u00e1lise de \u201criscos e vulnerabilidades\u201d onde as AC aparecem como preocupa\u00e7\u00e3o principal.
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\n<\/strong>Em Portugal apenas tr\u00eas autarquias – Sintra, Cascais e Almada – t\u00eam at\u00e9 agora Estrat\u00e9gias de Adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas desenvolvidas.<\/strong><\/p>\n

Ana Queiroz do Vale, da C\u00e2mara Municipal de Sintra,<\/strong>\u00a0referiu que as principais preocupa\u00e7\u00f5es de Sintra est\u00e3o, por um lado, orientadas para a sua orla costeira, de elevado valor paisag\u00edstico, mas tamb\u00e9m como relevante ativo para a economia local e regional. Procura-se assegurar a estabilidade das arribas, como \u00e9 o caso do n\u00facleo das Azenhas do Mar, a compatibiliza\u00e7\u00e3o de utiliza\u00e7\u00f5es com o meio natural ao longo de toda a costa, em especial nas atividades de turismo da natureza, e a sustentabilidade das praias, das suas estruturas e do seu areal.<\/p>\n

Por outro lado, assume-se como prioridade a adapta\u00e7\u00e3o do meio urbano densamente povoado aos fen\u00f3menos extremos relacionados com os recursos h\u00eddricos, em especial os riscos de inunda\u00e7\u00e3o, estando em desenvolvimento o estudo das ribeiras que atravessam as \u00e1reas urbanas centrais, com vista \u00e0 sua requalifica\u00e7\u00e3o, conferindo maior resili\u00eancia a fen\u00f3menos extremos e servindo como espa\u00e7os de descompress\u00e3o urbana, vocacionados para o lazer das popula\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

Jo\u00e3o Dinis, da C\u00e2mara Municipal de Cascais<\/strong>, salientou que a chave do sucesso para uma estrat\u00e9gia local de adapta\u00e7\u00e3o \u00e9 a capacidade de construir uma equipa multidisciplinar \u00e1gil e din\u00e2mica que engloba\u00a0 unidades org\u00e2nicas da autarquia e os parceiros institucionais com capacidade de planear e intervir em sectores onde se esperam os maiores impactes das AC. Esta abordagem permite construir uma estrat\u00e9gia de adapta\u00e7\u00e3o com a\u00e7\u00f5es “dedicadas” e “integradas”. As primeiras consistem no desenvolvimento de iniciativas exclusivamente dedicadas \u00e0 adapta\u00e7\u00e3o do munic\u00edpio. As “integradas” consistem em a\u00e7\u00f5es com objetivos diversos mas que tamb\u00e9m contribuem para a adapta\u00e7\u00e3o. Assim, enriquece-se a capacidade de resposta sem aumentar, necessariamente, a complexidade e custo da adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s AC.<\/p>\n

Catarina Freitas, da C\u00e2mara Municipal de Almada<\/strong>, referiu que n\u00e3o \u00e9 o facto de existirem incertezas quanto \u00e0s consequ\u00eancias \u00e0s AC que impediu Almada de agir. Almada j\u00e1 come\u00e7ou o seu caminho para a adapta\u00e7\u00e3o aos efeitos das \u00e0s altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas que j\u00e1 se existem. Por exemplo, a \u00e1rea de prote\u00e7\u00e3o do POOC est\u00e1 desatualizada e j\u00e1 tomaram medidas para a resolu\u00e7\u00e3o dessa situa\u00e7\u00e3o nomeadamente pela constru\u00e7\u00e3o de dunas e adapta\u00e7\u00e3o dos edif\u00edcios junto \u00e0 costa.<\/p>\n

Nesta ocasi\u00e3o foi ainda celebrado um Protocolo entre o cons\u00f3rcio do ClimAdaPT.Local e cada uma das Autarquias benefici\u00e1rias. Estiveram presentes Presidentes ou seus representantes de 26 autarquias de Amarante, Barreiro, Braga, Bragan\u00e7a, Castelo de Vide, Castelo Branco, Coruche, \u00c9vora, Ferreira do Alentejo, Figueira da Foz, Funchal, Guimar\u00e3es, \u00cdlhavo, Leiria, Lisboa, Loul\u00e9, Montalegre, Odemira, Porto, Seia, S\u00e3o Jo\u00e3o da Pesqueira, Tomar, Tondela, Torres Vedras, Viana do Castelo, Vila Franca do Campo.<\/p>\n

Este semin\u00e1rio de lan\u00e7amento oficial deste projeto foi encerrado por\u00a0Paulo Lemos, Secret\u00e1rio de Estado do Ambiente<\/strong>, segundo o qual Portugal \u00e9 um dos pa\u00edses que enfrentar\u00e1 mais consequ\u00eancias das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas, com o risco de inc\u00eandios, de cheias, de inc\u00eandios. O Grupo de Litoral criado pelo Minist\u00e9rio do Ambiente tem por objetivo tornar a costa portuguesa mais resiliente \u00e0 subida do n\u00edvel do mar. O planeamento com a identifica\u00e7\u00e3o das zonas de risco e travar a constru\u00e7\u00e3o ir\u00e1 ser um desafio deste grupo de trabalho. As cidades ser\u00e3o das zonas territ\u00f3rio mais afetadas pelas altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas e ter\u00e3o de ter medidas de adapta\u00e7\u00e3o espec\u00edficas. A estrat\u00e9gia nacional de adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s AC est\u00e1 em processo de revis\u00e3o. Na \u00e1rea da mitiga\u00e7\u00e3o \u2013 redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de gases de efeito de estufa – Portugal \u00e9 dos pa\u00edses com melhores resultados e com planos para o futuro, como o Roteiro de Baixo Carbono para 2050, o diploma da Fiscalidade Verde, o Compromisso paa o Crescimento Verde, para tornar a nossa economia mais verde e mais resiliente.<\/p>\n

Fotografias do evento:\u00a0aqui<\/a><\/strong><\/p>\n


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O cons\u00f3rcio respons\u00e1vel pelo ClimAdaPT.Local \u00e9 constitu\u00eddo por entidades portuguesas e norueguesas (acad\u00e9micas, empresas, ONG e munic\u00edpios) envolvidas em estudos, elabora\u00e7\u00e3o de estrat\u00e9gias e implementa\u00e7\u00e3o de a\u00e7\u00f5es de adapta\u00e7\u00e3o, assim como no planeamento e gest\u00e3o do territ\u00f3rio ao n\u00edvel municipal e regional.<\/p>\n

O projeto ClimAdaPT.Local est\u00e1 integrado no Programa AdaPT, criado para apoiar o desenvolvimento de projetos de adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s AC em Portugal. A sua implementa\u00e7\u00e3o foi orientada pelos termos estabelecidos no Memorando de Entendimento entre Portugal, Noruega, Isl\u00e2ndia e Liechtenstein e, como tal, segue o Regulamento do Mecanismo Financeiro do Espa\u00e7o Econ\u00f3mico Europeu (EEA Grants) 2009-2014. O Programa foi ainda desenvolvido tendo em conta as necessidades e as prioridades definidas na Estrat\u00e9gia Nacional de Adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas (ENAAC). O Programa AdaPT \u00e9 gerido pela Ag\u00eancia Portuguesa do Ambiente, IP (APA, IP), enquanto gestora do Fundo Portugu\u00eas de Carbono (FPC), e \u00e9 cofinanciado a 85% pelo EEA Grants e a 15% pelo FPC, beneficiando o projeto ClimAdaPT.Local de um apoio de 1.500.000\u20ac. O objetivo do projeto ClimAdaPT.Local \u00e9 desenvolver estrat\u00e9gias municipais de adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s AC.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Lisboa, Portugal, 15 de janeiro de 2015 \u2013 Decorreu esta manh\u00e3, no Sal\u00e3o Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa, o semin\u00e1rio de lan\u00e7amento do projeto ClimAdaPT.Local \u2013 Estrat\u00e9gias Municipais de Adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas. Este semin\u00e1rio contou com a participa\u00e7\u00e3o de v\u00e1rios especialistas no tema, bem como representantes das 26 autarquias que assinaram o […]<\/p>\n","protected":false},"author":5,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"inline_featured_image":false,"footnotes":""},"categories":[223],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/10855"}],"collection":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/5"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=10855"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/10855\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":10873,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/10855\/revisions\/10873"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=10855"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=10855"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/quercus.pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=10855"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}