{"id":10819,"date":"2021-03-03T18:52:01","date_gmt":"2021-03-03T18:52:01","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=10819"},"modified":"2021-03-03T18:52:01","modified_gmt":"2021-03-03T18:52:01","slug":"dia-nacional-da-conservacao-da-natureza-28-de-julho","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/dia-nacional-da-conservacao-da-natureza-28-de-julho\/","title":{"rendered":"Dia Nacional da Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza \u2013 28 de Julho"},"content":{"rendered":"

Portugal deve intervir mais ativamente no sentido de minorar as amea\u00e7as \u00e0 conserva\u00e7\u00e3o dos peixes de \u00e1gua-doce nacionais<\/strong><\/p>\n

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Hoje, dia 28 de Julho, comemora-se o Dia Nacional da Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza. Neste dia, apesar de v\u00e1rias serem as problem\u00e1ticas, no \u00e2mbito da Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza, para as quais se poderia alertar, a Quercus decidiu destacar no entanto, a quest\u00e3o da conserva\u00e7\u00e3o dos peixes de \u00e1gua-doce como o tema central deste ano. Nesta \u00e1rea em concreto, a Quercus tem vindo a divulgar e a envidar esfor\u00e7os no sentido de promover diversas a\u00e7\u00f5es minimizadoras de impactes negativos sobre os cursos de \u00e1gua nacionais, assim como recuperar algumas das esp\u00e9cies de peixes de \u00e1gua-doce criticamente amea\u00e7adas. Agora, \u00e9 altura de tamb\u00e9m o Estado Portugu\u00eas investir mais e melhor nesta \u00e1rea.<\/p>\n

O crescimento demogr\u00e1fico exponencial, as infraestruturas tur\u00edsticas e as atividades de produ\u00e7\u00e3o tem levado \u00e0 drenagem e \u00e0 polui\u00e7\u00e3o de zonas h\u00famidas, respons\u00e1veis pela destrui\u00e7\u00e3o de numerosos habitats, colocando em risco a riqueza faun\u00edstica e flor\u00edstica que estes ecossistemas albergam. No fundo, todas as a\u00e7\u00f5es e atividades pass\u00edveis de provocar altera\u00e7\u00f5es significativas nos sistemas aqu\u00e1ticos e ribeirinhos e a sua desnaturaliza\u00e7\u00e3o constituem amea\u00e7as \u00e0s esp\u00e9cies aut\u00f3ctones e end\u00e9micas.<\/p>\n

Os cursos de \u00e1gua nacionais enfrentam fortes press\u00f5es, encontrando-se sujeitos a s\u00e9ria degrada\u00e7\u00e3o. Situa\u00e7\u00f5es como as descargas de efluentes industriais ou pecu\u00e1rios, contaminantes dos cursos de \u00e1gua, o aumento inevit\u00e1vel de ver\u00f5es prolongados e com pouca ou nenhuma chuva, colocam enormes amea\u00e7as \u00e0 sobreviv\u00eancia dos organismos fluviais, nomeadamente do grupo dos peixes. A estas amea\u00e7as acresce a presen\u00e7a e prolifera\u00e7\u00e3o de animais ou plantas de esp\u00e9cies ex\u00f3ticas, invasoras, com efeitos devastadores para as popula\u00e7\u00f5es nativas.<\/p>\n

Considera-se a constru\u00e7\u00e3o de barragens como a maior amea\u00e7a e com elevad\u00edssimos impactes negativos nas esp\u00e9cies de peixes dul\u00e7aqu\u00edcolas, em particular se se considerar todos os impactes provocados desde a sua constru\u00e7\u00e3o, o que por si s\u00f3 implica a perda de grandes \u00e1reas de habitats a montante e a jusante. Acresce a estes impactes o efeito de barreira, provocando a fragmenta\u00e7\u00e3o e o isolamento de popula\u00e7\u00f5es das diferentes esp\u00e9cies com consequente descontuidade das popula\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

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Peixes de \u00e1gua-doce amea\u00e7ados<\/strong><\/h1>\n

Dentro das esp\u00e9cies de peixes de \u00e1gua-doce presentes nos ecossistemas fluviais portugueses, destacam-se algumas esp\u00e9cies end\u00e9micas cuja situa\u00e7\u00e3o \u00e9 de elevado risco de amea\u00e7a e que tem sido objeto de medidas especiais de conserva\u00e7\u00e3o: a boga do Oeste (Achondrostoma occidentale), a boga portuguesa (Iberochondrostoma lusitanicum), o escalo do Mira (Squalius torgalensis), o escalo do Arade (Squalius aradensis), a boga do Sudoeste (Iberochondrostoma almacai) e o saramugo (Anaeceprys hispanica).<\/p>\n

A Quercus est\u00e1 ativamente a intervir atrav\u00e9s de medidas minimizadoras que constituem a\u00e7\u00f5es no sentido de contrariar as amea\u00e7as para estas e outras esp\u00e9cies e intervindo em duas frentes, sendo que numa delas reproduz exemplares destas esp\u00e9cies em cativeiro e efetua a\u00e7\u00f5es de repovoamento. Noutras situa\u00e7\u00f5es em que existem habitats destas esp\u00e9cies muito degradados, realiza a\u00e7\u00f5es de recupera\u00e7\u00e3o de linhas de \u00e1gua para posterior reintrodu\u00e7\u00e3o dos esp\u00e9cimes reproduzidos.<\/p>\n

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