{"id":10782,"date":"2021-03-03T18:48:48","date_gmt":"2021-03-03T18:48:48","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=10782"},"modified":"2021-03-03T18:48:48","modified_gmt":"2021-03-03T18:48:48","slug":"quercus-assinala-dia-mundial-do-elefante","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/quercus-assinala-dia-mundial-do-elefante\/","title":{"rendered":"Quercus assinala Dia Mundial do Elefante"},"content":{"rendered":"
\"elefante5O Dia Mundial do Elefante ou \u201cWorld\u00a0 Elephant Day\u201d foi fundado em 2012 pela canadiana Patr\u00edcia Sims e pela Elephant Reintroduction Foundation, da Tail\u00e2ndia, onde este animal \u00e9 s\u00edmbolo nacional. Atualmente, a data \u00e9 apoiada por cerca de 70 funda\u00e7\u00f5es de vida selvagem a n\u00edvel global. Em Mo\u00e7ambique, a data \u00e9 celebrada numa altura em que os pareceres indicam que de 2010 a 2014, a popula\u00e7\u00e3o de elefantes tenha diminu\u00eddo de 20.000 para metade, devido \u00e0 ca\u00e7a furtiva, com maior ocorr\u00eancia nas zonas Norte e Centro do Pa\u00eds. A Reserva Nacional do Niassa albergava 12 mil elefantes em 2012 dos quais apenas restam 4.400, ou seja, num per\u00edodo de 4 anos foram abatidos cerca de 8 mil elefantes, sendo considerado como sendo o maior massacre da esp\u00e9cie em Mo\u00e7ambique. (WWF-Mo\u00e7ambique, 2016)
\nEste majestoso animal, de acordo com a subesp\u00e9cie correspondente, habita em locais tao distintos como florestas, campos, savanas, regi\u00f5es montanhosas ou desertos (WWF, 2016).<\/div>\n
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Em 2014, a UNESCO incentivava a prote\u00e7\u00e3o da cultura e zonas de patrim\u00f3nio natural, colocando Selous na sua Lista de Patrim\u00f3nio Mundial em Perigo. As caracter\u00edsticas que conquistaram o reconhecimento internacional de reserva est\u00e3o agora sob amea\u00e7a iminente. Escandalosamente algumas organiza\u00e7\u00f5es criminosas mataram uma m\u00e9dia de seis elefantes por dia em \u00e1reas protegidas durante o pico mais recente da ca\u00e7a furtiva.<\/div>\n
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O maior mam\u00edfero terrestre na terra, o elefante Africano (Loxodonta africana) pode pesar at\u00e9 oito toneladas. O elefante \u00e9 distinguido pelo seu corpo s\u00f3lido, orelhas grandes e um tronco longo. Por outro lado, os elefantes Asi\u00e1ticos (Elephas maximus) diferem em v\u00e1rios aspetos de seus parentes africanos. Eles s\u00e3o consideravelmente inferiores e suas orelhas s\u00e3o retas na parte inferior, ao contr\u00e1rio das grandes orelhas das esp\u00e9cies africanas. \u00c9 de registo referir que apenas alguns elefantes machos asi\u00e1ticos t\u00eam presas. Em toda a \u00c1frica e \u00c1sia, os elefantes foram devastados durante o s\u00e9culo XX, em grande parte devido ao com\u00e9rcio descontrolado de marfim. Enquanto algumas popula\u00e7\u00f5es est\u00e3o neste momento est\u00e1veis ou em crescimento, a ca\u00e7a furtiva, conflito e destrui\u00e7\u00e3o do habitat continuam a amea\u00e7ar esta esp\u00e9cie. (WWF, 2016)<\/div>\n
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Neste momento \u00e9 poss\u00edvel classificar na natureza duas esp\u00e9cies distintas – o Elefante Africano e o Asi\u00e1tico. O elefante Africano apresentaria em 5 subesp\u00e9cies mas infelizmente tr\u00eas destas j\u00e1 foram extintas, sendo elas: Elefante-da-savana (Loxodonta africana), Elefante-da-floresta (Loxodonta cyclotis) Loxodonta adaurora (extinto), Loxodonta atlantica (extinto) e Loxodonta exaptata (extinto). Quando nos referimos \u00e0 esp\u00e9cie Asi\u00e1tica esta \u00e9 direcionada em 6 subesp\u00e9cies, infelizmente uma delas tamb\u00e9m extinta: Elefante-indiano (Elephas maximus indicus) , Elefante-do-Ceil\u00e3o, (Elephas maximus maximus), Elefante-de-sumatra (Elephas maximus sumatrensis), Elefante-da-mal\u00e1sia (Elephas maximus borneensis), Elefante-s\u00edrio (Elephas maximus. Asurus – extinto) e Elefante-pigmeu-de-born\u00e9u, (Elephas maximus borneensis).<\/div>\n
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\u00c9 de extrema import\u00e2ncia referir ainda que a IUCN rep\u00f5e o elefante da Sumatra (lephas maximus sumatranus) na lista das esp\u00e9cies amea\u00e7adas passando de “em perigo” para “criticamente em perigo” depois de ter perdido 70% do seu habitat e metade da sua popula\u00e7\u00e3o, numa \u00fanica gera\u00e7\u00e3o. Estima-se que restem entre 2400 e 2800 destes animais em estado selvagem, uma redu\u00e7\u00e3o de cerca de 50% em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 estimativa populacional retirada em 1985. Caso esta tend\u00eancia se mantenha os Elefantes de Sumatra poder\u00e3o entrar em extin\u00e7\u00e3o em menos de 30 anos. A defesa de territ\u00f3rio desta esp\u00e9cie \u00e9 ainda um assunto delicado, embora existam \u00e1reas protegidas, 85% do seu habitat est\u00e1 localizado fora destas. Por consequ\u00eancia encontram-se fora do sistema de prote\u00e7\u00e3o e em risco de serem transformados para fins agr\u00edcolas ou outros.<\/div>\n
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A Quercus alerta para a necessidade imprescind\u00edvel de proteger esta esp\u00e9cie, tanto pela sua simbologia como pela sua importante intera\u00e7\u00e3o com o habitat que se encontra inserido. O Elefante tem uma forte participa\u00e7\u00e3o na prolifera\u00e7\u00e3o de plantas – as sementes s\u00e3o dependentes do trato digestivo de um elefante antes de poderem germinar. Calcula-se que pelo menos um ter\u00e7o das esp\u00e9cies de \u00e1rvores nas florestas da \u00c1frica Central contem com os elefantes como forma para a distribui\u00e7\u00e3o de sementes.<\/div>\n
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