{"id":10709,"date":"2021-03-03T18:42:46","date_gmt":"2021-03-03T18:42:46","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=10709"},"modified":"2021-03-03T18:42:46","modified_gmt":"2021-03-03T18:42:46","slug":"30-anos-apos-o-acidente-nuclear-de-chernobil-na-ucrania","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/30-anos-apos-o-acidente-nuclear-de-chernobil-na-ucrania\/","title":{"rendered":"30 anos ap\u00f3s o acidente nuclear de Chernobil, na Ucr\u00e2nia"},"content":{"rendered":"

quercus volta a alertar para os perigos da energia nuclear e da central de almaraz, em espanha<\/strong><\/p>\n

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\"ChernobylHoje, dia 26 de abril, passam 30 anos sobre o acidente nuclear de Chernobil, na Ucr\u00e2nia, que em 1986 fazia parte da Uni\u00e3o das Rep\u00fablicas Socialistas Sovi\u00e9ticas, URSS.<\/p>\n

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A hist\u00f3ria tem mostrado que \u00e9 muito dif\u00edcil de prever o desenrolar de acontecimentos como os ocorridos em Chernobil e que a gest\u00e3o das centrais nucleares e dos res\u00edduos a\u00ed produzidos, que t\u00eam de ser mantidos milhares de anos, \u00e9 uma heran\u00e7a com futuro incerto legada \u00e0s gera\u00e7\u00f5es vindouras.<\/p>\n

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Central Nuclear de Almaraz \u2013 o perigo junto a Portugal<\/strong><\/p>\n

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Neste dia, a Quercus associa-se mais uma vez \u00e0 exig\u00eancia de v\u00e1rias organiza\u00e7\u00f5es espanholas para que seja encerrada a Central Nuclear de Almaraz. Esta Central, localizada a cerca de 100km da fronteira e junto ao rio Tejo, continua a revelar-se como um potencial perigo para toda a regi\u00e3o transfronteiri\u00e7a dado que j\u00e1 ultrapassou o seu per\u00edodo normal de funcionamento e, n\u00e3o obstante, viu prolongado em 10 anos o seu per\u00edodo de actividade.<\/p>\n

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De uma forma geral, a Quercus considera que h\u00e1 um risco preocupante com as centrais nucleares espanholas na medida em que nem todos os factores de risco foram considerados nos testes efectuados. Com efeito, n\u00e3o est\u00e3o contemplados os riscos de agress\u00f5es externas (atentados, quedas de aeronaves, etc.) nem s\u00e3o considerados os riscos em caso de acidentes naturais (sismos, inunda\u00e7\u00f5es, etc) e os sistemas externos de gest\u00e3o de socorro \u00e0s centrais nucleares (bombeiros, guarda civil, etc).<\/p>\n

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A t\u00edtulo de exemplo, o risco s\u00edsmico no \u201cstress test\u201d \u00e0 central de Almaraz efetuado pelas autoridades espanholas est\u00e1 claramente subavaliado e s\u00f3 foi analisada a resist\u00eancia s\u00edsmica para sismos equivalentes aos que ocorreram entre 1970 e a atualidade. Pelo contr\u00e1rio, n\u00e3o foi analisada a possibilidade de ocorrerem sismos com uma grande magnitude, que atinjam com uma intensidade significativa a Central, como foi o caso do sismo de 1755, ou do que teve o epicentro em Espanha em 1954, com magnitude de 7,9.<\/p>\n

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Nuclear – Um ciclo impactante e demasiado arriscado<\/strong><\/p>\n

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\u00c9 fundamental olhar para o nuclear como um todo: os problemas est\u00e3o no in\u00edcio do ciclo, nas explora\u00e7\u00f5es de ur\u00e2nio que causam problemas ambientais e de sa\u00fade graves em todo o mundo. Em Portugal v\u00e1rias d\u00e9cadas ap\u00f3s o fim da explora\u00e7\u00e3o deste min\u00e9rio, sobretudo na zona centro do pa\u00eds, os problemas n\u00e3o foram completamente diagnosticados e por isso est\u00e3o ainda longe de estar resolvidos. Existem mais de sessenta minas abandonadas que continuam a poluir a \u00e1gua e os solos e a afectar as popula\u00e7\u00f5es vizinhas.<\/p>\n

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No final do ciclo tamb\u00e9m ainda n\u00e3o se conhece um destino est\u00e1vel e seguro a dar aos res\u00edduos nucleares, que se mant\u00eam potencialmente nocivos durante muitos anos, sendo que alguns elementos mant\u00eam a sua radioactividade durante milhares de anos. O fabrico de bombas at\u00f3micas e de armas contendo ur\u00e2nio est\u00e1 tamb\u00e9m intimamente associado \u00e0 energia nuclear e \u00e9 um perigo que continua a pairar sobre a humanidade e o planeta Terra, sendo urgente a elimina\u00e7\u00e3o de todo este tipo de armamento para um mundo de paz.<\/p>\n

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A op\u00e7\u00e3o pela fiss\u00e3o nuclear \u00e9 contr\u00e1ria ao princ\u00edpio da precau\u00e7\u00e3o e p\u00f5e em causa a norma \u00e9tica da equidade transgeracional, sendo que \u00e0 luz dos actuais conhecimentos, esta op\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 uma solu\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica aceit\u00e1vel devido aos seus impactes no ambiente e na sa\u00fade humana. Neste dia simb\u00f3lico, em que assinalam os 30 anos sobre o acidente nuclear de Chernobil, \u00e9 pois importante continuar a alertar para os riscos que esta forma de energia comporta, para que Portugal e o mundo estejam livres do perigo do nuclear.<\/p>\n

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Lisboa, 26 de Abril de 2016<\/p>\n

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A Dire\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n

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A Dire\u00e7\u00e3o do N\u00facleo Regional de Portalegre da Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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