{"id":10700,"date":"2021-03-03T18:39:49","date_gmt":"2021-03-03T18:39:49","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=10700"},"modified":"2021-03-03T18:39:49","modified_gmt":"2021-03-03T18:39:49","slug":"milhafre-preto-regressa-a-natureza","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/milhafre-preto-regressa-a-natureza\/","title":{"rendered":"Milhafre-preto regressa \u00e0 natureza"},"content":{"rendered":"

Ave procedente de cativeiro ilegal foi recuperada no Centro de Estudos e Recupera\u00e7\u00e3o de Animais Selvagens de Castelo Branco e vai ser libertada<\/h2>\n

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\"Liberta\u00e7\u00f5es\u00a0No \u00a0pr\u00f3ximo dia 18 de Mar\u00e7o, a Quercus, atrav\u00e9s do seu Centro de Recupera\u00e7\u00e3o de Animais Selvagens de Castelo Branco, vai devolver \u00e0 natureza um Milhafre-preto (Milvus migrans).<\/p>\n

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Esta ave de rapina procedente de cativeiro ilegal foi recolhida no ver\u00e3o passado no concelho de Ponte Sor pelo SEPNA \u2013 Servi\u00e7o de Protec\u00e7\u00e3o da Natureza da GNR e foi entregue no Centro de Recupera\u00e7\u00e3o de Animais Selvagens de Castelo, onde permaneceu em recupera\u00e7\u00e3o at\u00e9 \u00e0 data.<\/p>\n

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Esta ave vai ser devolvida a natureza com os alunos do agrupamento de escolas de Ma\u00e7\u00e3o e elementos do SEPNA de forma a sensibilizar para a necessidade de proteger a nossa biodiversidade.<\/p>\n

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O milhafre-preto mede cerca de 55 cm de comprimento e 135\u2013155 cm de envergadura, e\u00a0 cerca de 1 kg de peso. A plumagem \u00e9 de cor castanha, de tom mais escuro na parte superior das asas. O milhafre-preto \u00e9 uma ave predadora que se alimenta de pequenos mam\u00edferos, em particular roedores, e anf\u00edbios, mas com caracter\u00edsticas de oportunista alimentar que varia a dieta de acordo com a localiza\u00e7\u00e3o geogr\u00e1fica e \u00e9poca do ano. Esta ave adaptou-se bastante bem \u00e0 presen\u00e7a humana e pode ser observada em cidades. O milhafre-preto \u00e9 ocasionalmentenecr\u00f3fago<\/a>, aproveitando os cad\u00e1veres de outros animais mortos em estradas.<\/p>\n

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Cativeiro ilegal<\/strong><\/p>\n

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O cativeiro ilegal continua a ser uma das causas de entradas de animais nos centros de recupera\u00e7\u00e3o em Portugal. Na maioria das vezes as crias s\u00e3o pilhadas no ninho, ou quando s\u00e3o encontrados animais feridos, as pessoas ficam com eles em sua casa. A recupera\u00e7\u00e3o destes animais inclui aspetos tanto f\u00edsicos como psicol\u00f3gicos, torando-a longa e complicada. Muitos deles ficam irrecuper\u00e1veis devido a socializa\u00e7\u00e3o (imprinting) com a esp\u00e9cie humana, pelo que n\u00e3o s\u00e3o capazes de desenvolver os comportamentos pr\u00f3prios da sua esp\u00e9cie. Em 2015 ingressaram no CERAS 6 casos de animais vivos, com uma taxa de recupera\u00e7\u00e3o de 20%.<\/p>\n

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O trabalho desenvolvido pelo CERAS<\/strong><\/p>\n

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Atualmente, a Quercus gere tr\u00eas centros de recupera\u00e7\u00e3o que integram a rede nacional de centros sob tutela do Instituto da Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza: o Centro de Estudos e Recupera\u00e7\u00e3o de Animais Selvagens de Castelo Branco (CERAS), o Centro de Recupera\u00e7\u00e3o de Animais Selvagens de Montejunto (CRASM) e o Centro de Recupera\u00e7\u00e3o de Animais Selvagens de Santo Andr\u00e9 (CRASSA).<\/p>\n

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O Centro de Recupera\u00e7\u00e3o de Animais Selvagens de Castelo Branco, inaugurado em 1998, recebeu at\u00e9 \u00e0 data mais de 2800 animais. Em 2015 o CERAS recebeu 276 animais. A maior aflu\u00eancia de animais deu-se nos meses Abril. Maio, Junho, Julho e Agosto. Os animais que de entrada no CERAS eram provenientes dos distritos de Castelo Branco (64%), Portalegre (26%) Santar\u00e9m (5%); o restante 5% tinha outra origem. As entidades que entregaram o maior n\u00famero de animais foram o SEPNA (44%), os particulares (22%), o ICNF (18%), e a Quercus (11%). As causas de entrada mais frequente foram os traumatismos (37%), queda do ninho (21%), electrocu\u00e7\u00e3o (9%), e envenenamento (8%). Outras causas de entrada s\u00e3o Juvenis desorientados e debilidade geral ( 5%). As entradas por tiro tiveram uma descida importante em compara\u00e7\u00e3o a 2014, representando apenas 2% do total. Em 2015 o CERAS teve uma taxa de recupera\u00e7\u00e3o e devolu\u00e7\u00e3o a natureza de cerca de 60% dos animais que deram entrada.<\/p>\n

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Lisboa, 17 de Mar\u00e7o de 2016<\/p>\n

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A Dire\u00e7\u00e3o Nacional da Quercus \u2013 Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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