{"id":10426,"date":"2021-03-03T18:06:47","date_gmt":"2021-03-03T18:06:47","guid":{"rendered":"https:\/\/quercus.pt\/?p=10426"},"modified":"2021-03-03T18:06:47","modified_gmt":"2021-03-03T18:06:47","slug":"cada-portugues-coloca-no-lixo-comum-2kg-ano-de-residuos-contaminados-com-sangue-ou-substancias-perigosas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/quercus.pt\/2021\/03\/03\/cada-portugues-coloca-no-lixo-comum-2kg-ano-de-residuos-contaminados-com-sangue-ou-substancias-perigosas\/","title":{"rendered":"Cada portugu\u00eas coloca no lixo comum 2kg\/ano de res\u00edduos contaminados com sangue ou subst\u00e2ncias perigosas"},"content":{"rendered":"

Agulhas, pequenas quantidades de res\u00edduos perigosos, c\u00e1psulas endosc\u00f3picas, term\u00f3metros com merc\u00fario ou latas de tinta, sem locais para entrega ou sem destinos para tratamento em Portugal<\/h2>\n

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O levantamento realizado pela Quercus no sentido de avaliar o destino final para 56 tipologias de res\u00edduos de origem dom\u00e9stica mostra que est\u00e3o a ser colocados nos ecopontos e contentores urbanos pelo menos quatro tipos de res\u00edduos perigosos diferentes, que acabam por ser depositados em aterros urbanos ou incinerados, solu\u00e7\u00f5es n\u00e3o adequadas para estes res\u00edduos, revelando a falta de resposta de locais para a sua entrega em Portugal.<\/strong><\/p>\n

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Das contas feitas pela Quercus, em Portugal s\u00e3o produzidos anualmente, por cada habitante, cerca de 2kg de res\u00edduos urbanos altamente t\u00f3xicos, os quais n\u00e3o t\u00eam sequer um destino para serem entregues. Estamos a falar de res\u00edduos perigosos contaminados com metais pesados, subst\u00e2ncias perigosas ou vest\u00edgios de sangue. A Quercus acredita que este cen\u00e1rio possa ser ainda pior, resultado da in\u00famera quantidade de contactos que recebe diariamente a questionar esta Associa\u00e7\u00e3o sobre os destinos corretos a dar a este tipo de res\u00edduos, facto que fomentou esta an\u00e1lise ao mercado nacional.<\/p>\n

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A Quercus estima que estejam a ser rejeitados juntamente com os res\u00edduos urbanos comuns cerca de 650.000 agulhas\/dia, 4.000 c\u00e1psulas endosc\u00f3picas\/ano equipadas com 8.000 pilhas de merc\u00fario, 8.000.000 de latas\/ano cheias com tinta ou diluente, a par de outras subst\u00e2ncias perigosas, e que 1% da popula\u00e7\u00e3o portuguesa ainda possua term\u00f3metros ou medidores de tens\u00e3o arterial com merc\u00fario por rejeitar. Estes res\u00edduos est\u00e3o a ser encaminhados para os sistemas de tratamento de \u00e1guas residuais, para incinera\u00e7\u00e3o e para aterro, representando um risco acrescido para a sa\u00fade p\u00fablica, para os trabalhadores destas unidades e para o Ambiente.<\/p>\n

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A Quercus alerta para a urg\u00eancia de serem criados mecanismos e respostas que permitam dinamizar e financiar a entrega destes res\u00edduos em locais pr\u00f3ximos das popula\u00e7\u00f5es, nomeadamente as farm\u00e1cias, os centros de sa\u00fade, os centros hospitalares ou at\u00e9 mesmo dos pr\u00f3prios ecocentros, que posteriormente dever\u00e3o ser encaminhados para destinos licenciados e adequados (Entidades Gestoras, empresas de gest\u00e3o de res\u00edduos hospitalares ou os CIRVER).<\/p>\n

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Refira-se que, atualmente, as farm\u00e1cias n\u00e3o s\u00e3o obrigadas a receber este tipo de res\u00edduos e que as que os recebem voluntariamente t\u00eam que suportar os custos do seu encaminhamento. Por outro lado, a Quercus tamb\u00e9m confirmou a impossibilidade de um cidad\u00e3o particular entregar determinados res\u00edduos hospitalares (alguns de uso di\u00e1rio, como no caso dos diab\u00e9ticos) a empresas licenciadas para o seu tratamento, que apenas estabelecem protocolos com entidades, nomeadamente hospitais.<\/p>\n

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A preven\u00e7\u00e3o da perigosidade dos res\u00edduos urbanos est\u00e1 contemplada no Plano Estrat\u00e9gico Nacional para os Res\u00edduos Urbanos (PERSU 2020), que enumera inclusive medidas que devem ser adotadas no contexto da redu\u00e7\u00e3o da carga perigosa nos detritos que decorrem da atividade urbana e que \u00e9 atualmente objeto de recolha, transporte e ou gest\u00e3o por operadores de gest\u00e3o de res\u00edduos urbanos, que pelos vistos n\u00e3o s\u00e3o implementadas.<\/p>\n

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A Quercus apela, assim, aos Minist\u00e9rios do Ambiente e da Sa\u00fade para equacionar uma solu\u00e7\u00e3o para este problema ambiental e de sa\u00fade p\u00fablica, criando mecanismos e apoios que suportem uma rede de recolha integrada para estes tipos de res\u00edduos perigosos.<\/p>\n

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Lisboa, 28 de agosto de 2017<\/p>\n

A Dire\u00e7\u00e3o da Quercus – Associa\u00e7\u00e3o Nacional de Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza<\/p>\n

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