Eficiência Energética – Quercus https://quercus.pt Mon, 08 Mar 2021 15:38:03 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://quercus.pt/wp-content/uploads/2021/03/cropped-logotipo-quercus-svg-32x32.png Eficiência Energética – Quercus https://quercus.pt 32 32 Melhoria da eficiência energética traz poupança acima da fatura anual da importação de combustíveis da UE | AIE, 2015 https://quercus.pt/2021/03/08/melhoria-da-eficiencia-energetica-traz-poupanca-acima-da-fatura-anual-da-importacao-de-combustiveis-da-ue-aie-2015/ Mon, 08 Mar 2021 15:38:03 +0000 https://quercus.pt/?p=14103 edificios

Nos 29 países membros que integram a Agência Internacional de Energia (AIE), as melhorias na área da eficiência energética conseguidas desde 1990 permitiram poupar mais de 550 mil milhões de dólares USD – um valor superior à fatura anual da importação de combustíveis na União Europeia. Esta conclusão está presente no relatório “Energy Efficiency Market Report 2015 – Market Trends and Medium-Term Prospects” divulgado recentemente pela AIE.

 

A eficiência energética não significa apenas reduzir as faturas de energia para os consumidores, permitindo também ajudar os governos a melhorar a segurança energética e reduzir tanto as importações como a exposição às flutuações do mercado internacional de energia. Este relatório mostra que as melhorias de eficiência energética realizadas desde a década de 1990 evitaram, só em 2014, 80 mil milhões de dólares USD em importações de combustíveis fósseis nos países membros da AIE. A Alemanha, por exemplo, poupou em 2014 30 mil milhões de dólares USD em importações e aumentou o seu excedente comercial em 12% , enquanto o Japão reduziu o seu excedente comercial em 8%.

 

O consumo de energia per capita nos países membros da AIE caiu para níveis nunca vistos desde a década de 1980, numa altura em que o rendimento per capita nunca foi tão alto e o acesso a serviços de energia está em constante expansão. A AIE estima que os investimentos em eficiência energética desde 1990 tenham sido o fator mais importante para explicar a estagnação na procura de energia, uma tendência observada nos seus países membros. A intensidade energética, ou seja, a quantidade de energia necessária para gerar o Produto Interno Bruto, melhorou (isto é, reduziu) 2,3% em 2014 nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), a taxa mais rápida desde 2011 e ao alcance da meta definida pela Sustainable Energy 4 All de 2,6% ao ano.

 

As políticas e os mercados foram fundamentais para reforçar a melhoria da eficiência energética em 2014. Nos edifícios dos Estados Unidos das América e da Alemanha, os investimentos feitos neste tipo de medidas ultrapassaram o investimento total em construção ao longo dos últimos cinco anos. Este aumento foi conjugado por políticas e investimentos públicos, os quais alavancaram investimentos no setor privado. Na Alemanha, por exemplo, 2,4 mil milhões de dólares USD foram investidos no aumento da eficiência dos edifícios residenciais, o que incentivou investimentos privados na ordem dos 14 mil milhões.

 

Contudo, a perspectiva de aumentar o investimento na área da eficiência energética está a ser desafiada pela queda do preço da energia em alguns mercados. Nos EUA, onde os preços da gasolina caíram um terço, as vendas de veículos utilitários desportivos (SUVs) e outros veículos menos eficientes estão a aumentar, e os progressos no sentido de uma maior eficiência da frota estagnaram. As políticas, tais como a Diretiva CAFE sobre qualidade do ar (2008/50/CE de 21 de Maio), devem fornecer uma base para a melhoria contínua da eficiência. No entanto, perante uma tendência de longo prazo de baixo preço do petróleo, os governos terão de intensificar os esforços de modo a garantir as condições necessárias para mais investimento em eficiência energética.

 

O relatório está disponível em: http://www.eceee.org/all-news/news/news-2015/2015-10-08/medium-term-energ-efficiency-market-report-2015

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Revisão do critério de cálculo do menor custo do ciclo de vida de um produto pode duplicar poupanças de energia | EEB WG Coolproducts, 2013 https://quercus.pt/2021/03/08/revisao-do-criterio-de-calculo-do-menor-custo-do-ciclo-de-vida-de-um-produto-pode-duplicar-poupancas-de-energia-eeb-wg-coolproducts-2013/ Mon, 08 Mar 2021 15:37:55 +0000 https://quercus.pt/?p=14104 coolproductsO estudo “Fine-Tuning the Ecodesign Engine – Improving on the Least Life Cycle Cost Criterion for a Doubling of Energy Savings”, foi publicado em dezembro de 2013 e no âmbito da campanha europeia “Coolproducts”, a qual integra várias associações de defesa do ambiente ao nível europeu, entre as quais a Quercus.

O estudo mostra que colocar produtos mais eficientes no mercado se pode traduzir numa longa lista de benefícios para a economia e o ambiente: reduz o consumo e a fatura de eletricidade, permite maior segurança e reforço do abastecimento de energia, alivia a pressão sobre as redes de energia, gera vantagens económicas para as empresas (através de poupanças e criação de empregos) e ajuda a cumprir as metas para a redução das emissões de carbono. A conceção ecológica de produtos (Ecodesign, da sigla em inglês) é uma das ferramentas mais poderosas para tornar os produtos cada vez mais eficientes e com melhor desempenho ambiental, e assim reduzir as emissões.

 

Em vigor desde em 2009, a Diretiva sobre conceção ecológica de produtos (Diretiva 2009/125/CE) estabelecia uma fórmula que permitia determinar o menor custo do ciclo de vida de um produto para o utilizador, a partir da comparação entre os custos de melhoria tecnológica de um produto e as poupanças obtidas pela sua maior eficiência energética ao longo do seu tempo de vida.

 

O estudo mostra que esta fórmula é excessivamente conservadora e subestima significativamente o potencial de poupança que poderia ser conseguido pela implementação da Diretiva. O resultado é o desajuste e a desatualização na aplicação de políticas a longo prazo, logo desde que estas entram em vigor. No âmbito da revisão da Diretiva de conceção ecológica de produtos, esta fórmula poderá ser revista e assim duplicar as poupanças alcançadas pela melhoria da eficiência energética dos produtos, uma revisão que poderá acontecer já em 2014. Este estudo apresenta as várias opções disponíveis para a revisão da Diretiva sobre a conceção ecológica de produtos.

 

O estudo pode ser consultado aqui.
http://www.coolproducts.eu/tuning-ecodesign

 

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Percepção do consumidor sobre a rotulagem energética de produtos | Outubro 2012 https://quercus.pt/2021/03/08/percepcao-do-consumidor-sobre-a-rotulagem-energetica-de-produtos-outubro-2012/ Mon, 08 Mar 2021 15:37:51 +0000 https://quercus.pt/?p=14105 Etiqueta Nova Maquinas Lavar LoiçaO estudo “Research on EU Product Label Options”, elaborado pelas consultoras Ipsos MORI, London Economics e pela AEA para a Comissão Europeia, e publicado em Outubro de 2012, aborda a forma como o consumidor avalia várias opções sobre a rotulagem energética de produtos e qual a sua disposição para pagar mais por produtos com um melhor desempenho ambiental (distinguido por sistemas de rotulagem).

De acordo com as conclusões deste estudo, os consumidores europeus estão dispostos a pagar mais por produtos com um melhor desempenho ambiental, se entenderem claramente o significado dos pictogramas usados ​​para comprovar como esses produtos são mais “verdes” do que outros existentes no mercado.

Para a Comissão Europeia, esta é a oportunidade para alargar o âmbito da rotulagem energética da União Europeia de produtos e abranger outros indicadores ambientais, para além da eficiência energética.

Duas opções foram exploradas no estudo: a adição de quatro novos indicadores ambientais relativos ao ciclo de vida do produto – pegada de carbono, pegada hídrica, depleção de recursos e ecotoxicidade – ou em alternativa, um indicador único de ciclo de vida relativo à pegada de carbono. No momento, o sistema de rotulagem da União Europeia está apenas focado na eficiência energética dos produtos.

As conclusões do estudo são baseadas na revisão de estudos científicos já existentes, discussões em grupos de trabalho, e algumas experiências sobre o comportamento dos consumidores face a novas opções de rotulagem de produtos.

 

Não há indicação clara de que um novo sistema de rotulagem de produtos, com mais quatro indicadores ambientais, tivesse necessariamente um impacto maior sobre os consumidores do que aquele que se concentra, apenas, na eficiência energética e nas emissões de carbono dos produtos.

 

Outra constatação do estudo é que nenhum símbolo existente na rotulagem energética de produtos teve influência significativa sobre o comportamento do consumidor, e que a etiqueta baseada numa escala de A a G é melhor compreendida pelo público.

 

O estudo recomenda ainda a harmonização do novo rótulo com os que já existem atualmente para reduzir a pressão sobre os fabricantes e evitar a confusão entre os consumidores.

 

As campanhas de sensibilização orientadas para os consumidores são fundamentais para a divulgação e sucesso de um novo rótulo, especialmente em países com uma longa história de sistemas de rotulagem de produtos, tais como a Alemanha, onde os consumidores estão particularmente sensíveis a rótulos muito simples. A Comissão Europeia deve também ter em conta os estudos experimentais sobre novas opções de rotulagem de produtos que estão a ser realizados em França, e cujos resultados são esperados para inícios de 2013.

 

A Direção Geral do Ambiente da Comissão Europeia está atualmente a desenvolver metodologias harmonizadas para o cálculo das pegadas ambientais de produtos e organizações, bem como indicadores de eficiência de recursos.

 

O estudo está disponível aqui.

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Poupança de energia: o efeito indireto sobre os preços da energia na Europa | Maio 2012 https://quercus.pt/2021/03/08/poupanca-de-energia-o-efeito-indireto-sobre-os-precos-da-energia-na-europa-maio-2012/ Mon, 08 Mar 2021 15:37:48 +0000 https://quercus.pt/?p=14106 extensao corte correnteO estudo “Saving Energy: Bringing Down Europe’s Energy Prices” publicado em Maio de 2012 e divulgado pela consultora Ecofys, mostra que a poupança no consumo de energia não só traz efeitos diretos na redução de custos para a economia europeia, mas também indiretamente na baixa dos preços da energia. Este estudo evidencia que o impacto indireto sobre o preço da energia é da mesma ordem de grandeza do que o impacte direto sobre a poupança de energia, ou seja, por cada euro poupado no consumo de energia, o preço da energia poderá descer 1 euro equivalente.

 

Em Junho de 2011, a Comissão Europeia propôs uma nova Diretiva sobre a Eficiência Energética (em inglês, Energy Efficiency Directive), para atingir o objetivo da União Europeia (UE) de reduzir o seu consumo de energia primária em 20% até 2020. Este objetivo está entre os cinco grandes alvos da Estratégia Europa 2020 que assenta no crescimento sustentável. As últimas estimativas da Comissão Europeia, que levam em linha de conta as diversas medidas nacionais de eficiência energética estabelecidas pelos Estados-Membros no contexto da Estratégia Europa 2020, sugerem que a UE apenas atingirá 50% do objetivo em 2020.

 

Para além dos benefícios ambientais – sobretudo na redução das emissões de gases de efeito de estufa (GEE) – a poupança de energia traz benefícios económicos muito importantes, nomeadamente a redução dos custos das empresas e dos consumidores com o consumo de energia, efeitos positivos na criação de emprego e diminuição das importações de combustíveis fósseis. Mas a escala real dos benefícios é muitas vezes subestimada, sobretudo a contribuição indireta para a baixa dos preços da energia.

 

Este estudo da Ecofys mostra que as poupanças no consumo de energia não só trazem efeitos diretos na redução de custos, mas também indiretamente na baixa dos preços da energia. A economia de energia pode reduzir os preços da energia por três vias:

 

1) Pela diminuição do preço dos combustíveis fósseis : os mercados internacionais de combustíveis fósseis estão sob pressão porque não existe grande capacidade de reserva. Este facto torna os preços mais sensíveis a flutuações do padrão de procura de energia. A poupança de energia, a verificar-se na Europa, tem repercussões em outras regiões do mundo, com efeitos na redução da procura global de energia e nos preços da energia.

 

2) Pela diminuição do preço da eletricidade: os combustíveis fósseis mais baratos permitem reduzir substancialmente o custo da eletricidade produzida (cerca de 50% da eletricidade na Europa é produzida a partir de combustíveis fósseis). Para além disso, uma menor procura vai ter impacto no mix energético, o que vai contribuir para um efeito de redução adicional no custo da eletricidade.

 

3) Pela diminuição do preço da energia a longo prazo: cumprir a meta de aumentar a eficiência energética em 20% até 2020 permitirá à economia europeia poupar várias dezenas de milhares de milhões de euros por ano em investimentos na rede de infraestruturas de produção, distribuição e armazenagem de energia, bem como em importações de combustíveis fósseis. A poupança nos custos de investimento levará a uma diminuição dos custos da fatura energética para os consumidores, favorecendo a economia europeia.

 

O estudo está disponível aqui.

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Benefícios da Diretiva sobre conceção ecológica de produtos para a economia europeia | Abril 2012 https://quercus.pt/2021/03/08/beneficios-da-diretiva-sobre-concecao-ecologica-de-produtos-para-a-economia-europeia-abril-2012/ Mon, 08 Mar 2021 15:37:43 +0000 https://quercus.pt/?p=14107 maquinas lavarPara além dos benefícios ambientais que advêm da aplicação da Diretiva sobre conceção ecológica de produtos (em inglês, Ecodesign Directive) tornando-os mais eficientes e amigos do ambiente – como a poupança de energia e emissões de gases com efeito de estufa evitadas para a atmosfera – o estudo “Economic Benefits of the EU Ecodesign Directive: Improving European Economies”, publicado em Abril de 2012 e divulgado pela consultora Ecofys, evidencia os benefícios económicos que esta Diretiva pode trazer para a União Europeia e os Estados-Membros.

 

A Diretiva sobre a conceção ecológica de produtos é uma das ferramentas mais eficazes da União Europeia (UE) para obter poupanças no consumo de energia. Estas poupanças são importantes para garantir a segurança do fornecimento de energia, criar empregos e ajudar a UE a atingir as suas metas de política climática e energética, a médio e longo prazo.

 

A correta aplicação desta Diretiva permitiria a poupança até 600 TWh de eletricidade e 600 TWh de calor em 2020, equivalente a 17% e 10% do total do consumo de eletricidade e calor na UE, respetivamente. Este potencial de poupança – correspondente a 400 Mt de emissões de dióxido de carbono (CO2) evitadas em 2020 – tem uma dimensão comparável com a redução esperada de emissões de gases com efeito de estufa (GEE) no âmbito do Comércio Europeu de Licenças de Carbono (CELE).

 

Para além dos benefícios ambientais da Diretiva, este estudo da Ecofys salienta os seguintes benefícios económicos como resultado da sua aplicação efetiva:

 

– a poupança para os consumidores e empresas europeias na ordem dos 90 mil milhões de euros anuais em 2020,equivalente a 1% do atual Produto Interno Bruto da UE. Isto significa uma economia líquida de 280 euros, por família e por ano, na UE;

 

– o investimento desta poupança em outros setores da economia resultaria na criação de 1 milhão de novos empregos;

 

– a redução das importações de gás natural e carvão, respetivamente 23 e 37%, o que significaria reduzir para metade as atuais importações de gás natural e de carvão na sua totalidade da Rússia para a UE.

 

O estudo da Ecofys apresenta algumas recomendações para reforçar a aplicação da Diretiva sobre conceção ecológica de produtos, e assim manter competitiva a economia da UEface a outras economias, com vantagens para o ambiente.

 

Entre estas recomendações, salienta-se a sensibilização dos decisores políticos sobre o potencial da Diretiva para cumprir as metas de eficiência energética e redução das emissões de GEE, aumentar os recursos humanos disponíveis no âmbito da Comissão Europeia e/ou Estados-Membros para assegurar a execução das medidas de conceção ecológica de produtos e melhorar a monitorização do mercado europeu, com particular atenção para a informação disponível aos consumidores sobre o preço e o consumo de energia dos produtos.

 

O estudo está disponível aqui.

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Benefícios macroeconómicos da eficiência energética | Abril 2012 https://quercus.pt/2021/03/08/beneficios-macroeconomicos-da-eficiencia-energetica-abril-2012/ Mon, 08 Mar 2021 15:37:40 +0000 https://quercus.pt/?p=14108 Classes etiquetaO estudo “The Macroeconomic Benefits of Energy Efficiency: The case for public ation”, publicado em Abril de 2012 e divulgado pela E3G (uma organização independente do Reino Unido), mostra que o atual clima socioeconómico dominado pela aplicação de medidas de austeridade combinadas com reformas estruturais para controlar as finanças públicas pelos governos de vários Estados-Membros não será suficiente para impulsionar a recuperação da economia da União Europeia, a curto prazo. Um segundo pacote de medidas de estímulo parece cada vez mais vital para impulsionar o crescimento e construir os alicerces para uma economia europeia mais sustentável.

 

Para justificar a aplicação de fundos públicos limitados, as medidas de estímulo devem ser concentradas em investimentos mais resilientes a choques económicos e capazes de proporcionar uma base sólida para a produtividade e crescimento futuro da economia europeia. As medidas de estímulo para a eficiência energética são importantes nestas duas vertentes: por um lado, fornecem proteção contra a subida do preço dos combustíveis fósseis, proporcionam maior segurança no abastecimento energético, reduzem as emissões de carbono e criam mais emprego. Um estudo da Direção Geral para a Acão Climática (DG Clima) da Comissão Europeia (CE) mostra que seria necessário investir cerca de 4,25 biliões de Euros em medidas de eficiência energética até 2050 para cumprir a meta europeia de 80% de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) em 2050, face aos níveis de 1990.

 

Este estudo da E3G sugere algumas recomendações importantes para os decisores políticos na área da eficiência energética, a nível nacional e no âmbito da União Europeia.

 

O estudo está disponível aqui.

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Roteiro para aquecimento e arrefecimento em edifícios mais eficientes para 2050 | 2011 https://quercus.pt/2021/03/08/roteiro-para-aquecimento-e-arrefecimento-em-edificios-mais-eficientes-para-2050-2011/ Mon, 08 Mar 2021 15:37:36 +0000 https://quercus.pt/?p=14109 edificiosO estudo “Tecnology Roadmap – Energy-Efficient Buildings: Heating and Cooling Equipment”, publicado pela Agência Internacional de Energia em 2011, estabelece um roteiro destinado a edifícios energeticamente eficientes, especialmente focado nas áreas do aquecimento e arrefecimento, para 2050. O estudo estabelece o caminho para a evolução e implementação das tecnologias-chave nestas áreas, com o objetivo de tornar os edifícios do futuro menos consumidores de energia e com menores emissões de dióxido de carbono (CO2). O roteiro define ainda um conjunto de ações de curto e médio prazo para aumentar a eficiência energética nos edifícios.

Os edifícios são responsáveis por quase um terço do consumo final de energia a nível global e são uma fonte igualmente importante de emissões de CO2: cerca de 2 Gt de emissões de CO2 poderiam ser evitadas, o equivalente a 710 milhões de toneladas equivalentes de petróleo em 2050. Os sistemas de aquecimento e arrefecimento em edifícios estão já disponíveis no mercado, como o solar térmico, microgeração, bombas de calor e sistemas de armazenamento térmico. No entanto, é fundamental alterar o modo como consumimos energia e reduzir o seu impacte climático: os edifícios energeticamente mais eficientes ou de baixo carbono, terão um papel crucial na mudança do paradigma energético e que passará inevitavelmente por uma utilização mais racional do aquecimento e arrefecimento.

Este estudo estima que sejam necessários cerca de 3,5 mil milhões de dólares USD até 2030 para investigação e desenvolvimento de novas tecnologias para aquecimento e arrefecimento em edifícios, e que deverão incidir na redução de custos de produção, melhoria da eficiência energética e integração de componentes. Os sistemas híbridos serão a solução mais eficiente num futuro próximo, e.g. através da integração de solar térmico com bombas de calor.

O aquecimento e arrefecimento, bem como o aquecimento de águas sanitárias, representam cerca de metade do consumo global de energia em edifícios. Esses usos finais constituem assim grandes oportunidades para reduzir o consumo de energia, melhorar a segurança energética e reduzir as emissões de CO2, devido ao facto de dependerem da utilização de combustíveis fósseis e num cenário que se espera o aumento das necessidades de arrefecimento sobretudo em países com sistemas de produção de eletricidade muito dependentes de fontes de carbono.

O estudo está disponível aqui.

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