Julho 2023 – Quercus https://quercus.pt Thu, 09 Nov 2023 12:48:09 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://quercus.pt/wp-content/uploads/2021/03/cropped-logotipo-quercus-svg-32x32.png Julho 2023 – Quercus https://quercus.pt 32 32 Quercus e Acréscimo alertam para ausência de medidas estruturais para reduzir o perigo de incêndio em Pedrógão Grande https://quercus.pt/2023/08/24/quercus-e-acrescimo-alertam-para-ausencia-de-medidas-estruturais-para-reduzir-o-perigo-de-incendio-em-pedrogao-grande/ Thu, 24 Aug 2023 13:32:51 +0000 https://quercus.pt/?p=18399

 

Quercus e Acréscimo alertam para ausência de medidas estruturais para reduzir o perigo de incêndio em Pedrógão Grande

No dia da inauguração do Memorial às Vítimas do incêndio de Pedrógão, passado 6 anos a Quercus e a Acréscimo divulgam vídeo Nunca esqueceremos Pedrógão:

 

 

Na anunciada inauguração do Memorial às Vítimas do grande incêndio de Pedrógão Grande, em junho de 2017, do qual resultaram mais de seis dezenas de vítimas mortais, a QUERCUS e a ACRÉSCIMO relembram, seis anos passados, a ausência de medidas estruturais para a redução do perigo de incêndios, sobretudo ao nível da paisagem.

 

Para que seja possível realizar ações de transformação à escala da paisagem, atualmente em colapso, é necessário adaptar instrumentos financeiros de apoio à realidade local, concretamente dos fundos da Política Agrícola Comum (PAC) previstos para o período 2023/2027, adequando esses apoios a modelos agroflorestais sustentáveis, compensando perdas de rendimento durante o período de alteração da paisagem. Os territórios dominados pelo minifúndio em Pedrógão Grande, como em outras áreas, tem sido excluídos dos apoios da PAC, o que levou ao abandono rural com as consequências desastrosas para as pessoas e floresta, considerando a necessidade de preservar o solo e os recursos hídricos, face à nova realidade climática.

 

A QUERCUS e a ACRÉSCIMO constatam, para além da desadequação de meios financeiros, a ausência de suporte técnico local para a necessária alteração da paisagem, a omissão do Estado potencia a intervenção dos setores industriais que contribuíram para a atual situação de colapso.

 

A QUERCUS e a ACRÉSCIMO denunciam ainda o aparente “engavetamento” dos Programas de Reordenamento e Gestão da Paisagem (PRGP), em concreto o relativo às Serras do Açor e Lousã, com incidência direta na região de Pedrógão Grande. É pública a oposição da indústria papeleira ao surgimento para discussão pública deste instrumento de gestão territorial. Estará o Governo subordinado a estes interesses específicos?

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Há 25 anos que se comemora o Dia Nacional da Conservação da Natureza https://quercus.pt/2023/07/28/ha-25-anos-que-se-comemora-o-dia-nacional-da-conservacao-da-natureza/ Fri, 28 Jul 2023 09:40:49 +0000 https://quercus.pt/?p=18376

 

O Dia Nacional da Conservação da Natureza acontece enquanto o Hemisfério Norte atinge recordes de temperaturas sucessivas e os efeitos das más escolhas em questões ambientais começam a ser sentidos de forma mais concreta pelas populações.

Este dia comemora-se em Portugal no dia 28 de julho. Instituído pela Resolução de Conselho de Ministros nº 73/98, de 29 de julho, com o objetivo de sensibilizar a sociedade civil para as questões ambientais, nomeadamente no que diz respeito à problemática da conservação da natureza e à promoção dos recursos biológicos. A instituição do Dia Nacional da Conservação da Natureza foi também o reconhecimento da relevância da temática ambiental e de homenagear o movimento associativo de defesa do ambiente, associando-o ao 50º aniversário da Liga para a Proteção da Natureza, fundada a 28 de julho de 1948.

Já em 1998 a resolução mencionava “os atuais desequilíbrios nos ecossistemas, que se têm traduzido na extinção de espécies e na degradação dos habitats e património natural”. 25 anos depois o diagnóstico continua atual.

Segundo o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA, e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO de 3 Junho 2021 “(…) o mundo deve restaurar pelo menos 1 bilhão de hectares degradados de terra na próxima década. A área equivale ao tamanho da China. E um plano semelhante será preciso para salvar os oceanos”.

A Quercus apela a que se comece já esse trabalho e ela própria dá o exemplo avançando com iniciativas de regeneração, e renaturalização um pouco por todo o país, também afirmamos a urgência de proteger 30% do planeta até 2030, incluindo os oceanos. A Quercus desempenha um importante papel nesta missão, promovendo ações e implementado projetos nas mais diversas áreas da Conservação da Natureza. Um exemplo são os nossos Centros de Recuperação para Animais Selvagens. Só no primeiro semestre de 2023, receberam quase 1000 animais selvagens feridos. os Centros da Quercus já recuperaram com sucesso e devolveram à Natureza mais de uma centena e meia animais selvagens, enquanto quase 300 se encontram em processo de recuperação.

Estamos atualmente na Década das Nações Unidas para o Restauro dos Ecossistemas (2021-2030). É por isso importante que para além da sensibilização e da educação ambiental se tomem medidas de regeneração da natureza para inverter a perda da biodiversidade em Portugal. A Quercus espera que com a maior brevidade possível sejam implementadas medidas associadas à Lei do restauro da Natureza aprovada no Parlamento Europeu este mês, a qual tem como objetivo assegurar a recuperação de 20% dos ecossistemas degradados até 2030.

Lisboa, 28 de Julho de 2023

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Linha de alta velocidade (TGV) e novo aeroporto: A não solução https://quercus.pt/2023/07/27/linha-de-alta-velocidade-tgv-e-novo-aeroporto-a-nao-solucao/ Thu, 27 Jul 2023 13:53:40 +0000 https://quercus.pt/?p=18364

Quercus apresenta 5 motivos para contestar as opções apresentadas em ambas as obras públicas e aponta alternativas

 

5 motivos da “Não solução”:

  • Novo aeroporto sem garantias de encerramento do aeroporto da Portela
  • Incentivo ao aumento da operação aeroportuária e consequente aumento das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE)
  • Inexistência de ligação ferroviária à Europa Continental
  • Destruição de ecossistemas, solos agrícolas e diminuição da qualidade de vida das populações
  • Desperdício de dinheiros públicos

Aumentar as emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) com obras públicas que não resolvem problemas de mobilidade quando vivemos em emergência climática não é uma escolha acertada.

No momento em que os recordes de temperatura, impulsionados pelo fenómeno El Niño, foram ultrapassados (o mês de julho teve recordes sucessivos de temperaturas desde o início das medições de temperatura no planeta), a Organização Meteorológica Mundial veio avisar que até 2027 existe uma possibilidade de cerca de 66% de que o limite de aquecimento global de 1,5 graus Celsius seja ultrapassado.

A Quercus manifesta a sua preocupação pelas escolhas feitas pelo governo português quanto a construção da linha de alta velocidade para ligações nacionais, em vez de ligação a Madrid, e quanto à decisão de avançar com a construção de um novo aeroporto sem garantias de encerramento da Portela, deixando claro que se pretende aumentar a operação aeroportuária mantendo Portugal sem ligação ferroviária à Europa incentivando o uso de avião de forma indireta.

Ambas as obras que implicam destruição de ecossistemas, solos agrícolas e outras áreas produtivas, emissões de gases com efeitos de estufa e diminuição da qualidade de vida das populações e prejuízos graves para outras espécies.

Quando o planeta caminha para o caos climático o investimento de dinheiros públicos na diminuição em trinta minutos na ligação entre Porto e Lisboa ou o investimento num novo aeroporto é um desperdício de dinheiros públicos.

Alternativas:

  • Ligação a Madrid por via ferroviária
  • Redução do tráfego aéreo
  • Medidas para mitigar impacto do ruído do aeroporto da Portela

Como organização de Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, e de Defesa do Ambiente em geral, a Quercus entende que se devem criar formas de reduzir o tráfego aéreo e ao invés de favorecer o seu aumento. Para esse fim a ligação ferroviária a Madrid é a opção estratégica e prioritária. Segundo consulta da página do aeroporto de Lisboa – partidas e chegadas podemos verificar que só num dia temos 17 partidas com destino a Madrid e 17 chegadas de Madrid, o que representa um total de 34 movimentos diários só para essa ligação.

Por outro lado, importa mitigar o impacto do ruído do aeroporto da Portela nas comunidades próximas, através de:

  1. Restrições de horário de voos entre as 23h e 7h
  2. Cumprimento de plano para o isolamento sonoro de habitações

Quando na Europa se desinveste em aeroportos favorecendo as ligações ferroviárias as escolhas do governo português apontam no caminho inverso, e por isso são a não solução.

Lisboa, 27 de julho de 2023

A Direção Nacional da Quercus AN

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Projeto Floresta Comum disponibiliza 110.547 árvores autóctones https://quercus.pt/2023/07/20/rojeto-floresta-comum-disponibiliza-110-547-arvores-autoctones-caixa-de-entrada/ Thu, 20 Jul 2023 08:44:18 +0000 https://quercus.pt/?p=18359  

110.547 PLANTAS FLORESTAIS ESTARÃO DISPONÍVEIS NOS QUATRO VIVEIROS DO ICNF, I.P. PARA A PRÓXIMA ÉPOCA 2023/2024

O próximo período de candidaturas à Bolsa Nacional de Espécies Florestais Autóctones, do Projeto Floresta Comum, decorre desde hoje, dia 20 de julho, até dia 29 de setembro de 2023, estando aberto a todas as entidades que tenham responsabilidade de gestão de terrenos públicos ou comunitários (baldios), contando com uma disponibilidade inicial de 110.547 plantas de 40 espécies florestais das quais 32 são espécies florestais autóctones.

O Regulamento e os formulários de candidatura, para as 3 tipologias de projetos (projetos florestais ou de conservação da natureza e recuperação da biodiversidade, projetos educativos, projetos para parques urbanos), da 13.ª edição, estão disponíveis no site www.florestacomum.org/candidaturas.

O Floresta Comum é uma parceria entre a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, o ICNF, I.P. – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses, e a UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Esta parceria surgiu com o objetivo de incentivar a criação de uma floresta autóctone com altos níveis de biodiversidade e de produção de bens e serviços de ecossistema. É parcialmente financiado pelo projeto Green Cork – reciclagem de rolhas de cortiça e conta com o mecenato da REN – Redes Energéticas Nacionais.

As vantagens em melhorar a composição da floresta portuguesa, com recurso a espécies autóctones como carvalhos, medronheiros, castanheiros ou sobreiros, entre outras, são evidentes. Em comparação com as espécies introduzidas (exóticas), esta floresta está mais adaptada às condições climáticas locais, sendo por isso mais resistente a pragas, doenças, longos períodos de seca ou de chuva intensa. Contribui ainda para a mitigação das alterações climáticas e é mais resiliente a essas mesmas alterações, bem como aos incêndios florestais.

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