Junho 2018 – Quercus https://quercus.pt Wed, 03 Mar 2021 17:22:28 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://quercus.pt/wp-content/uploads/2021/03/cropped-logotipo-quercus-svg-32x32.png Junho 2018 – Quercus https://quercus.pt 32 32 A Verdadeira Circularidade na Construção só vai acontecer quando diminuirmos os Materiais Virgens de Origem Fóssil e apostarmos na Reutilização e nos Reciclados https://quercus.pt/2021/03/03/a-verdadeira-circularidade-na-construcao-so-vai-acontecer-quando-diminuirmos-os-materiais-virgens-de-origem-fossil-e-apostarmos-na-reutilizacao-e-nos-reciclados/ Wed, 03 Mar 2021 17:22:28 +0000 https://quercus.pt/?p=10074 “Se dividirmos os materiais utilizados num edifício em fatias, 50% são materiais virgens que derivam do petróleo e cuja reciclabilidade é dificultada pela difícil triagem e das condições em obra” salienta Aline Guerreiro responsável pelo Portal da Construção Sustentável e coordenadora do Grupo de Trabalho de Construção Sustentável da Quercus

 

Todos os dias ouvimos falar do mesmo: Economia Circular. E para quando integrarmos este conceito tão atual no setor da construção? Será possível? Sim, é possível reduzindo a utilização de produtos virgens que derivam do petróleo, apostando em práticas de reutilização de materiais, na incorporação de materiais reciclados e recicláveis e na integração de práticas e produtos de origem local.

 

São inúmeras as aplicações de materiais virgens de origem fóssil no setor da construção. Este é um dos setores que maiores impactes ambientais negativos tem sobre o nosso Planeta. É responsável por produzir cerca de 50% de todos os resíduos gerados pelo homem. Grande parte destes resíduos são depositados em vazadouros, recuperações paisagísticas ou aterros sem qualquer valorização ou reciclagem.

 

Só os isolamentos representam cerca de 20% desses materiais. Pois, os mais comummente utilizados são os poliuretanos e os poliestirenos, materiais que mesmo no fim de vida, mesmo que segregados em obra, dificilmente se justifica financeiramente o seu encaminhamento para reciclagem, o que não os permite integrar em novos processos produtivos.

 

É urgente fechar o ciclo na construção! Não queremos fechar as portas ao plástico, mas obrigar a que o mesmo provenha de origens recicladas e cujo uso seja limitado às aplicações onde o mesmo é quase obrigatório, por não haverem alternativas adequadas, como por exemplo aplicações para materiais que estão 24h/dia em contacto com água, nas quais se exige durabilidade, falamos de canalizações ou caixas de autoclismo.

 

O mercado já se atualizou a esta nova era dos materiais mais sustentáveis e circulares, pelo que já existem alternativas  suficientes para justificar uma restrição. Existem em alternativa materiais como a cortiça ou as lãs naturais, ou mesmo poliuretanos ecológicos feitos com recurso à soja e espumas expansoras feitas à base de água, para as aplicações em isolamentos.

 

Mas as ofertas não ficam por aqui, se pensarmos nas caixilharias, as alternativas ao PVC (mais um derivante virgem de petróleo) são muitas, encontramos a madeira, o alumínio ou a fibra de vidro.

 

As políticas ambientais recentes tem apostado numa mudança de paradigma da forma como usamos os nossos recursos, para além de pensarmos no impacte das matérias primas utilizadas, devendo garantir que as mesmas sejam recuperadas e reaproveitadas para novas utilizações. É por isso fundamental passar a palavra, informar e formar profissionais e pessoas mais conhecedoras das diversas alternativas existentes, bem como dos impactes associados a cada material e zelem pela segurança e saúde dos utilizadores dos edifícios.

 

Passamos em média 90% do nosso tempo em espaços interiores pelo que é importante que estes sejam construídos com qualidade construtiva e compostos por materiais que não afetem a saúde e o bem estar dos seus ocupantes, como não tenham impacte para o Ambiente.

 

O que dita a qualidade construtiva de um edifício é sem dúvida o tipo de materiais utilizados e a forma como são especificados em soluções construtivas adequadas. Cada vez mais se assiste à utilização de materiais mais económicos na fase de construção sem atender ao ciclo de vida do próprio edifício.

 

 

Lisboa, 04 de Junho de 2018

 

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ambarscience e Quercus tornam Portugal mais verde com o kit “Amigos da Floresta” https://quercus.pt/2021/03/03/ambarscience-e-quercus-tornam-portugal-mais-verde-com-o-kit-amigos-da-floresta/ Wed, 03 Mar 2021 17:22:17 +0000 https://quercus.pt/?p=10073 A ambarscience e a Quercus apresentam  hoje, dia 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente, um novo kit didático e solidário – Amigos da Floresta – que desafia os mais novos na área da educação ambiental. Ao adquirir este kit, está a contribuir para a reflorestação do país, e uma parte das receitas reverterá para os  projetos de educação ambiental da Quercus. A novidade estará disponível a partir de setembro.

 

Depois de um ano que deixou Portugal em cinzas, esta parceria nasce com o objetivo de promover uma maior consciência ambiental junto dos mais novos e tornar a sociedade mais ativa na conservação  da Natureza. Rui Baptista, professor e mentor da ambarscience, refere “Sentimos que com este kit cumprimos uma grande missão da ambarscience ao potenciar uma maior compreensão científica sobre a Natureza, consciencializar para a proteção do  ambiente e educar para a cidadania. É vital que os futuros cidadãos se envolvam em questões prementes de forma consciente e, neste momento, é urgente cuidar do nosso património natural que é também histórico, na figura do Pinhal de Leiria.”

 

Nuno Sequeira, professor e Coordenador do Grupo de Trabalho de Educação Ambiental da Quercus refere que “A Educação Ambiental é desde há 32 anos a área charneira de actuação da Quercus junto da sociedade portuguesa. Estamos convictos que este kit vai-nos ajudar a dar continuidade a este trabalho de educação e de sensibilização das populações, e dos mais novos em particular, e é certamente uma excelente forma de reforçar a importância das Florestas, das espécies autóctones e da biodiversidade”.

 

Mãos na terra! O kit inclui seis espécies autóctones características da floresta nacional – Amieiro, Azevinho, Lodão-bastardo, Pilriteiro, Pinheiro-bravo e Pinheiro-manso – para que as crianças possam semear em casa, cuidar, fazê-las crescer e, posteriormente, transplantarem-nas para a floresta.

 

No manual educativo, os pequenos defensores do ambiente vão encontrar muitas informações adicionais sobre estas seis espécies e os cuidados a ter com cada uma delas. Vão aprender a fazer uma granada de sementes e serão, ainda, desafiados a explorarem a Natureza, para fazerem a identificação de espécies e saberem como recolher as respetivas sementes.

 

O kit “Amigos da Floresta” estará disponível a partir de setembro, revertendo uma parte para a Quercus.

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Reduzir, reutilizar e reciclar é preciso educar https://quercus.pt/2021/03/03/reduzir-reutilizar-e-reciclar-e-preciso-educar/ Wed, 03 Mar 2021 17:22:09 +0000 https://quercus.pt/?p=10072 Os portugueses estão mais sensibilizados sobre os porblemas ambientais mas ainda falta dar o passo em frente

 

O REA (Relatório do Estado do Ambiente) mostra que os Portugueses estão mais conscientes dos problemas ambientais que os rodeiam, mas ainda muito aquém de práticas  quotidianas que levem a uma verdadeira alteração nos paradigmas ambientais com reflexo em melhores números quanto à separação e reciclagem dos lixos. Portugal tem sentido os efeitos desses mesmos problemas, com quantidades elevadas de lixo para tratar e descargas ilegais. Apesar desta consciência os avanços tem sido tímidos, falta dar o passo em frente e adotar as práticas ambientais mais sustentáveis.

 

Esse passo permitira melhorar o nosso desempenho ambiental, poupar o Ambiente e introduzir maior circularidade. O que é que precisamos: reduzir, reutilizar e reciclar!

 

Os Portugueses não o fazem porque não sabem, não sabem como reduzir, não sabem como separar e não sabem a diferença entre o que é biodegradável e reciclável, não sabem o que acontece depois de colocar o lixo no contentor. É preciso mais, mais informação mais esclarecimento, é preciso ajudar os Portugueses a dar o passo em frente.

 

Este desconhecimento reflete-se no desempenho ambiental, como é possível verificar pelo Relatório de Estado do Ambiente (REA) publicado neste Dia Mundial do Ambiente, apresentado 6 meses antes da data prevista, o que permite uma avaliação a meio do ano, possibilitando a adoção de medidas para a correção dos pontos mais fracos.

 

O lixo recolhido continua a ser de origem indiferenciada – 83,5%, o que indica que estamos a separar pouco. Por outro lado continuamos a produzir mais lixo. 1,29 kg por habitante/dia, apesar de termos uma meta para reduzir que estamos longe de cumprir – 10% até 2020. Continuamos a despejar lixo em aterro, incluindo os biodegradáveis cuja deposição aumento no último ano – 43%., apesar da meta europeia indicar que temos um limite futuro – depositar apenas 10% em 2025. As baixas taxas de deposição em aterro não ajudam a promover a reciclagem. Ainda reciclamos pouco – 38% apesar dos 50% preconizados para 2020.

 

É por isso URGENTE ajudar os Portugueses a dar o passo em frente, educar, informar e adotar  novas medidas que promovam uma maior circularidade na gestão dos resíduos em Portugal é obrigatório. A educação ambiental deve ser prioridade para se conseguir atingir as metas de 2020.

 

 

Lisboa, 05 de Junho de 2018

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QUERCUS e ADVID promovem seminário no Instituto do Vinho e da Vinha em Lisboa, para apresentar resultados do projeto Parceria Europeia para a Proteção da Biodiversidade na Viticultura https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-e-advid-promovem-seminario-no-instituto-do-vinho-e-da-vinha-em-lisboa-para-apresentar-resultados-do-projeto-parceria-europeia-para-a-protecao-da-biodiversidade-na-viticultura/ Wed, 03 Mar 2021 17:22:03 +0000 https://quercus.pt/?p=10071 O projeto “Parceria Europeia para a Protecção da Biodiversidade na Viticultura”, apoiado pelo programa Erasmus+ da União Europeia, centra-se na formação de viticultores para as práticas que fomentam a biodiversidade no ecossistema vitícola. O objetivo é incentivar os produtores a promover e proteger a biodiversidade nas suas diversas vertentes e através de vários níveis do ciclo de produção. Os parceiros do projeto são organizações de proteção da natureza e associações de viticultores da Alemanha, Espanha e Portugal e ainda uma exploração de agricultura biológica na Turquia; em Portugal o projeto é dinamizado pela QUERCUS -Associação Nacional de Conservação da Natureza e ADVID – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense.

 

O projeto procurou congregar a experiência acumulada dos parceiros, e produziu alguns materiais, culminando na produção de um Plano de Ação para a Biodiversidade, contendo um catálogo de medidas práticas e acessíveis a qualquer viticultor. Com o objetivo de se disseminarem os principais resultados, a Quercus e a ADVID promoveram já um seminário no Douro, em março passado, e organizam agora novo encontro em Lisboa, na sede do Instituto do Vinho e da Vinha, com o seguinte programa:

 

 

Data: 11 de junho 2018       Local: Instituto do Vinho e da Vinha, Lisboa

 

14h15 – Receção dos participantes

 

14h30 – Abertura com representantes da ADVID, da QUERCUS e da instituição anfitriã

 

14h40 – Breve apresentação do projeto e dos outputs produzidos. Apresentação da “Ficha Informativa”

e do “Guia de Biodiversidade na Viticultura” | Paula Silva (QUERCUS)

 

15h00 – O “Biodiversity Check”, questionário, relatório e análise de resultados| Ana Cristina Duarte (UTAD)

 

15h20 – Coffee-break

 

15h45 – Vídeos produzidos, protagonizados por viticultores, sobre ações de conservação para a biodiversidade

ADVID| Maria do Carmo Val (ADVID)

 

16h00 – Apresentação do “Plano de Ação para a Biodiversidade”. Implementação de ações de conservação

da biodiversidade | Cristina Carlos (ADVID)

 

16h30 – Debate

 

17h00 – Encerramento, com sorteio pelos participantes de uma impressão a cores da ilustração científica da

casta Touriga Nacional, da autoria da bióloga Telma Costa (oferta da Quercus).

 

 

Organização:

ADVID

QUER

 

Financiamento:

ERASMUS

 

 

Apoio:

IVV

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Quercus presente na Manifestação Ibérica Anti-nuclear https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-presente-na-manifestacao-iberica-anti-nuclear/ Wed, 03 Mar 2021 17:21:53 +0000 https://quercus.pt/?p=10070 Novo governo de espanha deve encerrar a central nuclear de Almaraz e não autorizar a abertura da Mina de Urânio de  Retortillo, localizada a apenas 40km da fronteira portuguesa.

 

A Quercus vai estar presente no próximo Sábado, dia 9 de Junho, a partir das 17.30h (hora portuguesa), em Salamanca, na Manifestação Anual Ibérica Antinuclear. Da comitiva da Associação constarão vários dirigentes e sócios dos Núcleos Regionais e da Direcção Nacional da Quercus. Esta manifestação é convocada pelo MIA – Movimento Ibérico Antinuclear, de que a Quercus faz parte, e pretende exigir que o novo Governo Espanhol tome medidas no sentido de colocar em marcha o encerramento das Centrais Nucleares em Espanha, Almaraz incluída, e não autorizar a exploração de urânio em Retortillo, a curta distância de Portugal.

 

Uma vez mais, a Quercus, a maior associação de defesa de ambiente nacional e que segue mais de perto a temática de Almaraz e do Nuclear desde há mais de trinta anos, vai juntar-se a diversas organizações espanholas e portugueses que lutam pelo encerramento desta Central Nuclear e pelo fim do Nuclear em Espanha. Desta feita, o principais objectivos do protesto, que vai decorrer no próximo Sábado em Salamanca, passam por manifestar a posição contrária à construção de uma mina de urânio a céu aberto localizada em Retortillo, a apenas 40 km da fronteira com Portugal, e pelo encerramento da Central Nuclear de Almaraz, que fica situada junto ao rio Tejo, na província de Cáceres, em Espanha, a cerca de 100 km da fronteira com Portugal.

 

Com a entrada em funções do novo Governo em Espanha, e perante as fortes pressões da indústria do Nuclear no país vizinho para que a Central de Almaraz não encerre no prazo definido (Junho de 2020), é preciso que, desde já, o novo Executivo estabeleça correctamente as suas prioridades e não dê autorização para que esta Central continue em funcionamento por mais dez ou vinte anos, e se constitua assim como um dos maiores perigos para toda a Península Ibérica e Europa.

 

Por outro lado, são cada vez mais as vozes que em Portugal e em Espanha contestam o projecto de abertura de uma mina a céu aberto para exploração de urânio em Retortillo, a apenas 40 km de Portugal. Este projecto, a avançar, trará consigo inúmeros e significativos impactes para os dois lados da fronteira, onde se incluem o abate de cerca de 30.000 azinheiras, o risco de contaminação atmosférica com poeiras radioactivas, escorrências de materiais radioactivos que chegarão ao rio Douro e a contaminação dos solos com metais pesados. Perante os previsíveis impactes deste projecto nefasto para o ambiente, para a saúde pública e para as economias locais, e depois do anterior Governo Espanhol ter ignorado mais uma vez os direitos de Portugal e das suas populacões, também aqui é essencial que o novo Governo Espanhol tome medidas urgentes no sentido de não autorizar o avanço deste projecto.

 

 

O programa de dia 9 de Junho em Salamanca

 

Do programa para o dia 9 de Junho em Salamanca constará um debate sobre a Energia Nuclear, a decorrer a partir das 10.00 horas (hora portuguesa) no Centro Cultural Julian Sánchez. Depois, cerca das 16:00 horas (hora portuguesa), decorrerá uma Assembleia do Movimento Ibérico Antinuclear e cerca das 17.30h (hora portuguesa) terá início a manifestação propriamente dita, que consistirá numa marcha a pé de cerca de 1 km pela cidade de Salamanca, desde a Plaza Concordia até à Plaza San Roman.

 

 

 

Lisboa, 7 de Junho de 2018

 

A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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Repensar o Plástico https://quercus.pt/2021/03/03/repensar-o-plastico/ Wed, 03 Mar 2021 17:21:46 +0000 https://quercus.pt/?p=10069 Economia circular,  estratégia europeia para os plásticos e a proposta da CE para os descartáveis vão contribuir para uma mudança do paradigma da forma como vamos utilizar o plástico na nossa vida

 

Na sequência das conclusões lançadas esta quinta-feira pelo Grupo de Trabalho para os Plásticos, criado pelo Ministério do Ambiente, a Quercus faz um resumo daquilo que foram as principais propostas apresentadas e foca objetivos muito concretos em relação ao uso deste recurso. Assim:

 

– Sistema de depósito, será um contributo importante tanto para conseguir cumprir a meta de recuperar para reciclagem 90% das garrafas, como para motivar os consumidores a aderir.

 

–  Aposta em sacos mono materiais e de espessura mais fina, de modo a garantir um consumo de material menor no fabrico dos mesmos e uma maior reciclagem destes.

 

– Reduzir as tintas e coloração para diminuir o seu impacte ambiental.

 

– Sensibilizar para a separação correta dos resíduos

 

– Otimizar as instalações de reciclagem existentes, para promover uma melhoria da qualidade dos materiais reciclados e redução da contaminação, e aposta na recolha porta-à-porta,

 

–  Campanhas de sensibilização e informação,

 

– Incentivos fiscais para promover soluções alternativas.

 

 

As conclusões apresentadas vêm ao encontro das preocupações da Quercus e dos alertas que temos lançado relativamente a esta necessidade de apostar na redução do uso de plásticos de utilização única, promover o uso de materiais que incorporem matérias-primas recicláveis e que sejam passíveis de reutilizar, bem como na promoção do encaminhamento destes resíduos para reciclagem.

 

Foram ainda abordadas as necessidades de fomentar a  informação à população ajudando a melhorar os seus comportamentos ambientais, que à semelhança do que a Quercus tem divulgado recentemente, não é por falta de sensibilidade às questões ambientais, mas sim porque os portugueses não sabem como devem participar para reduzir a produção de resíduos, aumentar a reutilização e promover a reciclagem. Existem ainda muitas dúvidas sobre os pequenos gestos que em muito vão melhorar o desempenho ambiental dos portugueses. Por outro lado, mesmo que os portugueses queiram reduzir o uso de plástico descartável ainda não são oferecidas muitas soluções alternativas reutilizáveis, ou quando querem separar não existem recipientes que permitam esta triagem dos materiais para aproveitamento para reciclagem.

 

Para que estas medidas surtam efeitos terão que ser calendarizadas por forma a promover a mudança.

 

Certo é, que o paradigma da política da economia circular, a estratégia europeia para os plásticos e a proposta da CE para os descartáveis vão contribuir para uma mudança do paradigma da forma como vamos utilizar o plástico na nossa vida.

 

 

Lisboa, 7 de junho de 2018

 

A Direção Nacional da Quercus – ANCN

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8 de Junho – Dia Mundial dos Oceanos https://quercus.pt/2021/03/03/8-de-junho-dia-mundial-dos-oceanos/ Wed, 03 Mar 2021 17:21:40 +0000 https://quercus.pt/?p=10068 Quercus alerta que as ameaças dos Oceanos vão mais além do que a questão dos plásticos

 

Portugal é o País da Europa com maior superfície costeira marinha e encontra-se neste momento em negociações para o aumento da plataforma continental marítima. Neste contexto, o futuro dos Oceanos terá ainda um maior impacto no nosso País, quer em termos ambientais, sociais, como económicos.

 

Neste Dia Mundial dos Oceanos, a Quercus pretende alertar sobre as maiores ameaças que os Oceanos enfrentam. A sobrepesca, a pesca ilegal e as capturas acidentais colocam em risco a sobrevivência das espécies, afetando de forma significativa as suas populações, não permitindo que estas se regenerem, o que coloca em risco a biodiversidade, conduzindo, muitas vezes, à extinção de populações inteiras de organismos marinhos.

 

A procura cada vez maior de proteína proveniente do Mar devido ao crescente aumento da população, abre portas para uma área em crescente expansão, a Aquacultura, que apesar dos benefícios que apresenta no pressuposto fornecimento de proteína marinha sem exploração das comunidades de organismos selvagens, tem também impactos ambientais significativos, como a poluição e destruição dos habitats estuarinos e costeiros. Para que a aquacultura seja uma alternativa à pesca são necessárias regulamentação e fiscalização efetiva desta atividade, e, principalmente, a devida formação e sensibilização dos profissionais destas áreas para as questões ambientais.

 

O aquecimento global e as alterações climáticas devido à atividade humana cada vez têm mais impacto nos nossos Oceanos, estando a provocar a morte massiva de grandes extensões de recifes de corais, que são maternidades e zonas de grande parte da biodiversidade marinha Mundial.

 

Recentemente assiste-se a um movimento global e crescente devido à poluição dos Oceanos por plásticos, existindo diversas iniciativas, quer empresariais como governamentais para redução e até mesmo eliminação da utilização de plástico, nomeadamente os de utilização única. O problema do plástico nos Oceanos agrava-se ainda mais devido a degradação destes, originando micropartículas designadas por microplásticos, que são de remoção extremamente difícil e que acabarão por contaminar todos os ambientes marinhos.

 

Para a proteção dos Oceanos é necessário um conjunto de medidas, que passam por legislações mais rigorosas, fiscalização eficiente, investigação e pesquisa científica e tecnológica, educação e sensibilização da população, das crianças e jovens, dos empresários e decisores políticos. A proteção dos Oceanos não depende apenas do esforço de cada País, mas sim de todos os Países em conjunto e do esforço de cada um de nós.

 

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Quercus alerta para aumento do risco de incêndio devido ao uso do fogo negligente https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-alerta-para-aumento-do-risco-de-incendio-devido-ao-uso-do-fogo-negligente/ Wed, 03 Mar 2021 17:21:33 +0000 https://quercus.pt/?p=10076 Legislação de prevenção de incêndios deve ser ajustada

 

Desde o início do ano e até hoje já existiram 4745 ocorrências de fogos, segundo o Sistema de Gestão de informação de Incêndios Florestais (SGIF), do ICNF. Após os incêndios de Outubro do ano passado, já faleceram 9 pessoas por fazerem fogueiras, queimas de sobrantes e queimadas agrícolas da responsabilidade dos próprios, mas por pressão das autoridades para a gestão dos combustíveis. Esta situação é absolutamente inaceitável, pelo que deverá ser ajustada a legislação de defesa da floresta contra incêndios, com critérios técnicos validados, considerando também o contexto adverso das alterações climáticas relativamente ao risco de incêndio.

 

A legislação da Defesa da Floresta Contra Incêndios (Lei n.º 76/2017, de 17 de agosto) define as regras de planeamento e defesa da floresta, apenas interdita o uso do fogo no espaço rural (fogueiras, queimadas, foguetes), no período crítico (1 de julho a 30 de setembro) ou quando o risco de incêndio for muito elevado ou máximo.

 

Os dados relativos à análise das causas dos incêndios refletem a necessidade de se apostar fortemente na sensibilização para os riscos do uso do fogo, com a alteração de comportamentos nomeadamente evitar as fogueiras e queimas de sobrantes da exploração agro-florestal nesta época.

 

Estamos em meados de junho e têm proliferado as fogueiras e queimas de sobrantes agro-florestais, por serem permitidas fora do período crítico devido ao risco de incêndio não ser muito elevado ou máximo. Não faz sentido permitir que queimas sejam feitas nesta época do ano, com risco elevado ou inferior. O elevado número de ocorrências de fogos neste ano (4745), facilmente se explica devido à deficiente regulamentação existente.

 

O DL n.º 10/2018 e a Lei n.º 76/2017, de 17 de Agosto, com o anexo “Critérios para a gestão de combustíveis no âmbito das redes secundárias de gestão de combustíveis”, definem a atual regulamentação da Defesa da Floresta Contra Incêndios, a qual deverá ser alterada em alguns critérios.

 

Para evitar problemas na gestão dos combustíveis com impactes ambientais e sociais grandes, a Quercus defende que os especialistas sejam ouvidos, sendo também necessário reunir as secções especializadas do Conselho Florestal Nacional que não têm reunido, para concertação na construção de regulamentação mais eficaz.

 

 

Lisboa, 15 de Junho

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

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