Fevereiro 2018 – Quercus https://quercus.pt Wed, 14 Jul 2021 14:13:15 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://quercus.pt/wp-content/uploads/2021/03/cropped-logotipo-quercus-svg-32x32.png Fevereiro 2018 – Quercus https://quercus.pt 32 32 Quercus e CTT plantam 65.000 árvores com o apoio de voluntários https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-e-ctt-plantam-65-000-arvores-com-o-apoio-de-voluntarios/ Wed, 03 Mar 2021 17:16:16 +0000 https://quercus.pt/?p=10009 Milhares de portugueses envolveram-se na campanha “Uma Árvore Pela Floresta” e vão agora reflorestar as Áreas Protegidas e as zonas ardidas.

 

A enorme adesão dos Portugueses à campanha “Uma Árvore pela Floresta”, uma iniciativa dos da Quercus e dos CTT, agora na 4ª edição, tornou possível intervir em mais zonas do país do que as que estavam previstas inicialmente. Os trágicos incêndios que marcaram o ano de 2017 criaram uma vaga de fundo de solidariedade em Portugal. Muitos dos que quiseram apoiar, de alguma maneira a combater este flagelo, encontraram no projeto “Uma Árvore Pela Floresta” a sua forma de contribuir para a reflorestação do país.

 

Muitas vezes, esse contributo foi feito em nome de empresas e de um vasto conjunto de instituições como Colégios, Escolas e Universidades, Organismos Públicos, Comissão Europeia, dos três ramos das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea), e da Guarda Nacional Republicana, mas também Embaixadas, Fundações, Hospitais e Clubes Recreativos, num total de 65.000 árvores doadas.

 

Inicia-se agora a fase do voluntariado e das ações de reflorestação, sendo este mais um aspeto que faz do “Uma Árvore Pela Floresta” um exemplo pioneiro de cidadania participativa. Todos os que se registaram no website do projeto com o código do seu kit podem agora contribuir no terreno e participar como voluntários nas plantações.

 

Assim, a partir do dia de hoje e até ao final de Fevereiro, estão abertas as inscrições para as ações de reflorestação no Parque Nacional da Peneda-Gerês, Serra de Montemuro e Parques Naturais do Tejo Internacional, Alvão e Serra da Estrela, bem como para as ações de reflorestação de floresta autóctone nas áreas ardidas de Arganil, Oliveira do Hospital e Castanheira de Pera. As plantações serão realizadas em colaboração com o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Juntas de Freguesia e Baldios.

 

Para se inscrever, envie-nos um email para voluntarios@quercus.pt ou aceda ao site do projeto em http://umaarvorepelafloresta.quercus.pt/, onde poderá encontrar informação mais detalhada sobre locais e datas.

 

banner plantacoes uapf 01 1

]]>
2 de Fevereiro – Dia Mundial das Zonas Húmidas https://quercus.pt/2021/03/03/2-de-fevereiro-dia-mundial-das-zonas-humidas/ Wed, 03 Mar 2021 17:15:41 +0000 https://quercus.pt/?p=10010 Quercus alerta para a falta de proteção das Zonas Húmidas de Importância Internacional em território nacional – Portugal apresenta uma redução de 11% da área dos 31 Sítios Ramsar classificados

 

 

Neste Dia Mundial das Zonas Húmidas, a Quercus alerta para o facto de Portugal apresentar uma redução de 11% da área dos 31 Sítios Ramsar classificados, na sua maioria devido à construção de empreendimentos turísticos e à falta de implementação de políticas sustentáveis. A Associação defende que as Zonas Húmidas Urbanas, áreas fortemente ameaçadas pelo aumento contínuo da população, requerem uma atenção especial pelos benefícios que trazem ao ambiente, às espécies e ao Homem.

 

As Zonas Húmidas, que ocupam cerca de 2% da superfície continental da Terra, estão entre os ecossistemas mais produtivos e com maior diversidade biológica, constituindo um património natural, cultural e paisagístico único. Além de constituírem habitats determinantes para a conservação de espécies, onde cerca de 290 espécies abrangidas pela diretiva Habitats estão ligadas aos ecossistemas das Zonas Húmidas, purificam a água, combatem os desastres naturais e o efeito de estufa, entre outras caraterísticas de elevada importância para o ambiente e para o Homem.

 

No entanto, estima-se que desde 1900 se perderam cerca de 64% das Zonas Húmidas da Terra, devendo-se esta perda, na sua maioria, à atividade humana. Portugal apresenta 31 Sítios Ramsar classificados, com uma área total de 132 487,7 hectares, no entanto, os dados do Relatório do Estado do Ambiente de 2017 apontam para uma redução de 11% nesta área, na sua maioria associada à atividade Humana.

 

Esta destruição e degradação das Zonas Húmidas causada pelo Homem, é incompreensível para a Quercus, e está associada essencialmente a:

 

– Políticas erradas de ordenamento do território, com especial destaque na falta de planos de gestão e ordenamento que visem o uso sustentável das Zonas Húmidas em Portugal;

 

– Construções de empreendimentos turísticos, como é o caso da construção de um megaempreendimento aprovado pela Câmara Municipal de Silves em 2012, na Zona Húmida da Lagoa dos Salgados. Este empreendimento conta com mais de 300 hectares, e o projeto prevê a construção de 3 hotéis, 2 aldeamentos turísticos, um campo de golfe e uma zona comercial. A Quercus, juntamente com outras entidades, tudo tem feito para que esta ameaça à proteção e conservação desta Zona Húmida não avance.

 

– Poluição da água – Problemática recorrente um pouco por todo a país, no entanto, nos últimos tempos a Zona Húmida do Estuário do Tejo, um dos primeiros Sítios Ramsar em Portugal, tem sido fortemente ameaçada pela poluição contínua do Rio Tejo..

 

– Caça – É estimado que pelo menos 700 mil indivíduos de 16 espécies de aves aquáticas morram anualmente na União Europeia devido à contaminação por ingestão de chumbo derivado da atividade da caça. Em Portugal, o pato-real é uma das aves aquáticas citadas no estudo, que são afetadas por esta problemática.

 

A Quercus sublinha que esta redução de 11% na área dos 31 Sítios Ramsar classificados em Portugal se deve ao pouco esforço do País em cumprir os compromissos assumidos no que diz respeito às Zonas Húmidas de Importância Internacional, incluídos na Estratégia de Biodiversidade da União Europeia (UE) para 2020, que estabelece como objetivo impedir a perda de biodiversidade e a degradação dos serviços dos ecossistemas na UE até 2020.

 

Para 2018, a Convenção de Ramsar lançou o tema “Zonas Húmidas Urbanas tornam as cidades mais habitáveis”, visto que 50% da humanidade vive em áreas urbanas e esta proporção pode atingir 66% em 2050. É imprescindível pois, que a gestão e o ordenamento destas zonas seja feita de forma sustentável, de modo a que as zonas urbanas possam usufruir da multiplicidade de benefícios que  as zonas húmidas têm para oferecer, sem as degradar.

 

Em Portugal, os Sítios Ramsar “Estuário do Tejo”, “Paul do Boquilobo” e “Ria formosa” são três exemplos de Sítios Ramsar na vizinhança de urbes, bem como o Sítio “Paul da Praia da Vitória”, localizado na Ilha Terceira/Açores, que requerem especial atenção por parte do Estado Português.

 

A Quercus alerta assim para a importância da conservação, do uso sustentável e da implementação de políticas de gestão e ordenamento das Zonas Húmidas existentes em Portugal, zonas com especial contributo para o aumento da qualidade do ambiente, da biodiversidade e da vida Humana.

 

]]>
A QUERCUS e a ACRÉSCIMO defendem sanções efetivas para os novos eucaliptais ilegais https://quercus.pt/2021/03/03/simplesmente-vinho-2018-somos-vignerons-somos-floresta-o-primeiro-e-ate-agora-unico-salao-portugues-de-vinhos-petiscos-arte-e-musica-realiza-se-nos-dias-23-e-24-de-fevereiro-na-casa-do/ Wed, 03 Mar 2021 17:15:15 +0000 https://quercus.pt/?p=10008 De acordo com relatório emitido recentemente pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), os viveiros florestais têm atualmente certificados por este Instituto:

 

• 33,5 milhões de plantas certificadas; e

 

• 10 milhões de estacas certificadas;

 

 

Este material de reprodução florestal pode gerar a arborização e rearborização de mais de 35.mil hectares de eucalipto na atual época de plantação, entre:

 

• 24,4 mil hectares de eucalipto globulus seminal;

 

• 8 mil hectares de eucalipto globulus clonal;

 

• 1,8 mil hectares de eucalipto nitens; e,

 

• 1,1 mil hectares de eucalipto híbrido.

 

 

Ainda não há dados disponíveis para avaliar a eficácia da nova legislação que restringe a expansão da área de eucalipto.

 

A QUERCUS e a ACRÉSCIMO apelam ao Estado que seja mais efetivo na fiscalização de modo a evitar de plantações não autorizadas de eucalipto, e em particular nas áreas afetadas pelos grandes incêndios de 17 de junho e 15 de outubro de 2017.

 

Nos últimos dias, na região do grande incêndio de Pedrogão Grande foram detetadas áreas de pinhal-bravo ardido, convertidas em novas arborizações com eucalipto.

 

 

No sentido de combater a falta de legalidade, os riscos de abandono da gestão e assegurar a diminuição do risco social associado às plantações, a QUERCUS e a ACRÉSCIMO relembram o Parlamento e o Governo das propostas que têm vindo a apresentar. São estas:

 

• A necessidade de aplicar sanções efetivas aos responsáveis por plantações ilegais, tendo em conta os elevados riscos para as populações, sobretudo em regiões de baixa densidade populacional, como se constatou a 15 de outubro último;

 

• A necessidade de rastrear, através da documentação fiscal que acompanha o transporte, o circuito de comercialização de eucaliptos, desde a saída do viveiro até ao local de instalação;

 

• A necessidade de, no âmbito das validações e autorizações de plantações e replantações, incluir uma avaliação financeira e comercial aos investimentos comunicados ou sujeitos a pedido de autorização;

 

• A necessidade de aumento da capacidade de autoabastecimento de rolaria de eucalipto por parte da indústria papeleira;

 

 

Como forma de combater a ilegalidade, reforçam ainda com:

 

• A necessidade de aumento da transparência, através da divulgação no portal do ICNF na Internet, dos locais onde foram validadas e autorizadas as plantações e replantações de eucaliptos.

 

Ainda sem dados concretos relativos aos incêndios de 15 de outubro, importa ter presente que, nos grandes incêndios de Pedrogão Grande e de Góis, as plantações de eucalipto ocupavam 60% da área florestal ardida. Importa ainda relembrar a forte tendência de envolvimento dos eucaliptais nas áreas ardidas registadas ao longo da última década (2007-2016).

 

eucalipatais fev18

eucaliptais fev28 1

 

Lisboa, 9 de fevereiro de 2018

A Direção Nacional da QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza

A Direção da ACRÉSCIMO – Associação de Promoção ao Investimento Florestal

]]>
Sexta edição do simplesmente… Vinho https://quercus.pt/2021/03/03/sexta-edicao-do-simplesmente-vinho/ Wed, 03 Mar 2021 17:14:48 +0000 https://quercus.pt/?p=10007 simplesmente… Vinho 2018 |somos Vignerons… somos Floresta

 

O primeiro, e até agora único, salão português de vinhos, petiscos, arte e música, realiza-se nos dias 23 e 24 de fevereiro na casa do Cais Novo, no Porto

 

s Vinho 18 Imagem

A sexta edição do simplesmente… Vinho, acontece dias 23 e 24 de fevereiro e conta com: 100 + 1 vignerons: de Portugal, de Espanha e + um convidado de França, a arte de seis autores, a música de dois projetos portugueses, os petiscos de quatro restaurantes e a parceria da Quercus no somos…floresta. A abertura desta edição, no dia 23 pelas 16h00, conta com a presença do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

 

Nas últimas décadas como contraponto à globalização e industrialização do vinho, grupos de produtores têm vindo a organizar mostras de vinhos alternativas às grandes feiras do sector (Vinexpo em Bordeaux, Vinitaly em Verona, Prowein em Dusseldorf,…), cujos custos, modo de comunicação e público alvo, são cada vez menos adequados para os pequenos produtores e/ou para vinhos diferentes, fora da caixa (como agroa se diz…). Essas mostras alternativas, chamadas salão off, giram em torno de uma ideia comum, que pode ser, por exemplo, uma região, um modo de trabalhar (biológico,biodinâmico,…), um tipo de vinho (espumantes, vinhos doces, …).

 

No caso do simplesmente… Vinho o traço comum é a ligação à terra, às castas locais, a uma enologia competente mas com raízes na tradição e, como tão bem diz a Filipa Pato, “sem maquilhagem”, o vigneron dar a cara pelo que faz, a emoção que sentimos cada vez que bebemos os seus vinhos. Neste espaço estão em pé de igualdade o Romano Cunha, de Trás-os-Montes, que faz apenas uns poucos milhares de garrafas ou o Álvaro Castro que engarrafa 100 vezes mais. A Joana Pinhão e o seu limitadíssimo Somnium branco de Murça como o Miguel Louro que é a referência do Alentejo. Há um sentimento de partilha entre todos os vignerons que simplesmente… os une, há energia e sinergia, o feeling é um por todos e todos por um.

 

Este tipo de salão proporciona aos visitantes o contacto com sabores diferentes e uma outra forma e atitude de estar no mundo do vinho. Em Portugal, simplesmente… Vinho, cuja 1ª edição foi em 2013,permanece, para já, o único salão off.

 

2017 foi um ano trágico para o mundo rural em Portugal. Famílias, empresas, autarquias, regiões inteiras, sentiram (e sentem ainda) dor, percas, retrocessos, dificuldades acrescidas. Por isso, e de forma simbólica, a Casa de Mouraz (um dos vignerons portugueses mais afetado pelo fogo com destruição de vinha, alfaias agrícolas, armazém e vinhos engarrafados) é o convidado de honra do simplesmente…Vinho 2018.
No mesmo âmbito, a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, irá levar a cabo um conjunto de ações ao longo dos dois dias do simplesmente…Vinho. No sábado 24 às 16h, um colóquio sobre “A Floresta e mundo rural” e a “Preservação da biodiversidade e promoção de práticas amigas do ambiente na viticultura” e durante todo o evento há um espaço que mostrará plantas autóctones, cedidas pela Quercus, pretendendo sensibilizar para a necessidade de preservar e valorizar o património natural.

 

A todos os visitantes será oferecida uma planta, para posterior plantação, de forma a poderem contribuir para o esforço nacional de replantação das áreas perdidas.
Nuno Pinto Leite, da galeria Ela Vai Nua, é o curador da exposição de arte, com obras de seis artistas: Diogo Muñoz, Isabel de Andrade, Paulo Ramunni, Rosarinho Cruz, Susana Bravo e Tim Madeira. Artistas escolhidos pelas suas cumplicidades e, ao mesmo tempo, complementaridades.

 

Cada um dos dois dias termina com um concerto: sexta 23 é a Orquestra Fina, projeto cantado em português do músico de jazz Rui Teixeira; sábado 24 o grande final é com uma novidade absoluta, a estreia dos 7, a nova banda de André Indiana que realiza aqui o seu primeiro concerto.

 

Para além do vinho, da arte e da música, são três os restaurantes que se juntam à festa: Delicatum (Braga), Carvão (Cais da Afurada) e DOP (Porto) servirão petiscos para acompanhar os vinhos do simplesmente… Vinho.

 

A cereja no topo do bolo é na sexta-feira 23 às 22h, um jantar pop-up no mais recente restaurante do chef portuense Luís Américo, o Typographia Progresso, que combina as diferentes inspirações do chef com vinhos simplesmente… autênticos, e a presença dos respectivos vignerons.

]]>
Quercus presente na manifestação antinuclear, em Salamanca https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-presente-na-manifestacao-antinuclear-em-salamanca/ Wed, 03 Mar 2021 17:14:26 +0000 https://quercus.pt/?p=10006 24 de Fevereiro – Salamanca

 

Contra a Mina de Urânio de Retortillo, localizada a 40km da fronteira portuguesa

 

 

A Quercus vai estar presente amanhã, Sábado, dia 24 de Fevereiro, a partir das 16.00h (hora portuguesa), em Salamanca, na Manifestação contra a Mina de Urânio de Retortillo, localizada a 40 km da fronteira portuguesa. Da comitiva da Associação constarão dirigentes dos Núcleos Regionais e da Direcção Nacional da Quercus. Esta manifestação é convocada pela Coordinadora “No a la Mina de Uranio” e tem o apoio do MIA – Movimento Ibérico Antinuclear, de que a Quercus faz parte. Pretende exigir que o Governo Espanhol tome medidas no sentido de não autorizar a exploração de urânio em Retortillo.

 

Uma vez mais, a Quercus, a maior associação de defesa de ambiente nacional e que segue mais de perto a temática do Nuclear desde há mais de trinta anos, vai juntar-se a diversas organizações espanholas e portugueses, tais como a AZU – Associação Ambiente em Zonas Urâniferas, que lutam pelo fim do Nuclear em Espanha. Desta feita, o objectivo do protesto, que vai decorrer amanhã em Salamanca, passa por manifestar a posição contrária à construção de uma mina de urânio a céu aberto localizada em Retortillo, a apenas 40 km da fronteira com Portugal.

 

A Quercus esteve na passada 2ª feira em Retortillo – Salamanca, a acompanhar a visita da Comissão Parlamentar de Ambiente Portuguesa aos terrenos onde a empresa Berkley pretende avançar com este projecto de abertura de uma mina a céu aberto para exploração de urânio e pode verificar que o projecto, a avançar, trará consigo inúmeros e significativos impactes ambientais para os dois lados da fronteira. O abate de cerca de 30.000 azinheiras, o risco de contaminação atmosférica com poeiras radioactivas, escorrências de materiais radioactivos que chegarão ao rio Douro e a contaminação dos solos com metais pesados são apenas alguns dos exemplos dos previsíveis impactes deste projecto nefasto para o ambiente, para a saúde pública e para as economias locais.

 

Este é mais um projecto a decorrer em Espanha, com impactes negativos em Portugal pela sua proximidade, que merece a nossa oposição e impõe uma posição firme do Governo Português. À semelhança do caso recente da construção de um Armazenamento Individualizado de Resíduos nucleares junto à Central Nuclear de Almaraz, mais uma vez o Governo Espanhol ignorou os direitos de Portugal e das suas populações. É pois necessário que o processo da mina de Retortillo seja revertido e seja realizada uma avaliação de impacte ambiental transfronteiriça, que proteja os direitos dos cidadãos de Portugal e de Espanha, e que no final do processo o Governo Espanhol não autorize a exploração de urânio em Retortillo.

 

 

O programa de dia 24 de Fevereiro

 

Do programa para o dia 24 de Fevereiro em Salamanca constará uma concentração inicial a decorrer na Plaza da Constituicón e depois, cerca das 16:00 horas (hora portuguesa), terá início a manifestação propriamente dita, que consistirá numa marcha de cerca de 2 km pela cidade, desde a Plaza da Constituicón até à Plaza Mayor de Salamanca, onde será lido e aprovado o manifesto final.

 

salamanca 24 2

]]>
Procedimentos da providência cautelar promovida pela PALP suspensos durante 3 meses https://quercus.pt/2021/03/03/procedimentos-da-providencia-cautelar-promovida-pela-palp-suspensos-durante-3-meses/ Wed, 03 Mar 2021 17:14:02 +0000 https://quercus.pt/?p=10005 Os procedimentos da providência cautelar promovida pela PALP – Plataforma Algarve Livre de Petróleo foram hoje suspensos por 3 meses. Deste modo, até que haja uma decisão do tribunal sobre esta providência cautelar, todos os trabalhos ao largo da Costa Vicentina, sejam de prospecção, ou preparatórios desta, estão suspensos.

 

Esta suspensão ocorreu por proposta de todas as partes, tendo em conta a entrada de nova informação, nomeadamente, a dada pela Agencia Portuguesa do Ambiente (APA) de que iniciou o processo de «decisão de sujeição a AIA [Avaliação de Impacto Ambiental] dos projetos submetidos a uma análise caso a caso» (Decreto-Lei n.º 152-B/2017 de 11 de dezembro). Após a decisão da APA sobre haver ou não uma AIA, se saberá a orientação que o processo seguirá.

 

De acordo com o plano de trabalhos publicado anteriormente pela concessionária ENI-Galp, a sondagem de pesquisa ao largo da Costa Vicentina seria realizada no segundo trimestre de 2018.

 

Continuaremos a lutar por que o furo do consórcio ENI-GALP previsto para o mar em frente a Aljezur não seja realizado. Relembramos que cada um dos contratos assinados é um ACTO ÚNICO que contempla todas as fases (pesquisa, prospecção, desenvolvimento e produção), pelo que esta actividade deverá ser travada desde o seu início.

 

Continuaremos também a lutar pela rescisão dos contratos em vigor e pela revogação do Decreto-lei n.º 109/94, de 26 de Abril, de modo a impedir a atribuição de novas concessões.

 

 

Loulé, 23 de Fevereiro de 2018

]]>
Podas abusivas e/ou abate infundado de árvores em espaço urbano https://quercus.pt/2021/03/03/podas-abusivas-e-ou-abate-infundado-de-arvores-em-espaco-urbano-sao-o-problema-ambiental-em-destaque-no-distrito-da-guarda-no-inicio-de-ano-2018-a-quercus-associacao-nacional-de-conse/ Wed, 03 Mar 2021 17:13:30 +0000 https://quercus.pt/?p=10004 Estima-se que estas espécies ocupem já 60 mil de hectares e originem perdas anuais de 10 milhões de euros. Agravam o risco de incêndio e são uma séria ameaça para a biodiversidade.

 

mimosa 2970960 1920A introdução de espécies não autóctones, com objetivos culturais, económicos ou apenas ornamentais tem ao longo de décadas vindo a transformar as nossas paisagens. A perda de identidade paisagística e as diversas consequências ecológicas associadas à invasão por infestantes lenhosas são problemas que podem tornar-se irreparáveis, se não forem enfrentados com os meios e a capacidade técnica adequada.

 

O comportamento de uma espécie inserida num meio distinto do seu ecossistema original pode tornar-se imprevisível. Mesmo quando os testes e ensaios de introdução apontam para a estabilidade do comportamento das espécies, dentro de limites controláveis, inesperadas alterações do meio, podem desencadear imprevisíveis situações de expansão descontrolada.

 

 

Acácias em Portugal

 

As acácias foram introduzidas em Portugal (provavelmente no Séc. XVIII) para utilização como plantas ornamentais e também com objetivos específicos como fixação de taludes e barreiras à expansão de zonas dunares costeiras.

 

Quando a atividade económica identificou estas espécies como vantajosas para a produção de taninos e carvão, não foram identificadas razões técnico científicas para limitar a cultura destas espécies. Uma ideia que pareceu irrepreensível para os fins pretendidos, na altura, mas que tem consequências gravosas na atualidade.

 

Chegaram a Portugal vindas quase todas do Sul da Austrália e hoje chegam a formar manchas de vegetação cerrada onde é não é viável a sobrevivência de outras plantas

 

Estas espécies formam matas cerradas que atingem dezenas de milhares de plantas por hectare e produzem vários milhões de sementes que podem manter-se viáveis durante décadas. A germinação destas sementes é estimulada pelos incêndios e, devido ao rápido crescimento das plantas, acabam por dominar as restantes espécies.

 

 

Infelizmente as consequências hoje em dia estão à vista de todos com a expansão descontrolada das acácias, que se espalham facilmente, afetando a produção florestal, provocando a destruição de muito das nossas florestas autóctones e levando a irremediáveis perdas de biodiversidade e de produtividade. Não prejudicam apenas vegetação nativa mas afetam também todas as espécies de fauna que dependem destas plantas para a sua alimentação.

 

As acácias australianas, principalmente a acácia-mimosa ou mimosa (Acácia dealbata), a acácia-de-espigas (Acacia longifolia) e a acácia-austrália (Acacia melanoxylon) ocupam já uma área que se estima entre os 30 mil e os 60 mil hectares.

 

As acácias estão a ser uma séria ameaça em diversas áreas protegidas. A mimosa é uma das invasoras, ou exóticas, mais preocupantes em todo o mundo, ocupando pelo menos um milhar de hectares no Parque Nacional da Peneda-Gerês, área esta que poderá ser ainda maior, mas que devido à falta de informação atualizada de inventários florestais, não é possível apurar.

 

Durante as últimas décadas, ao longo de todo o país, as colonias da acácia não pararam de crescer. Nas áreas florestais devastadas pelos fogos, em terrenos abandonados, nos baldios, nos taludes e em muitos outros locais, as acácias vão eliminando a restante vegetação expandindo-se como coberto dominante.

 

Para evitar danos ainda mais sérios na biodiversidade, é necessário atuar na erradicação dos novos focos de invasão e, acima de tudo, controlar para eliminação das populações de invasoras já estabelecidas.

 

Estamos perante uma invasão eminente, que está a espalhar-se por toda a parte trazendo consequências culturais e económicas tanto maiores quanto a demora de um plano de ação contra as infestantes. Estas invadem frequentemente áreas florestais, pelo que diminuem a produtividade e acarretam custos elevados na aplicação de medidas de gestão e controlo.

 

O trabalho dos técnicos que investigam novos meios para controlar a explosão de acácias não é suficiente para quebrar este processo, é necessário atuar no terreno, despertar a opinião pública e consciencializar os responsáveis pela gestão do território.

 

É urgente que o Estado aposte no controlo das invasoras lenhosas, já que, atualmente, o investimento neste domínio é quase nulo.

 

Têm que ser implementadas medidas no curto prazo.

 

A Quercus, Associação Nacional e Conservação da Natureza e a ANESF – Associação Nacional dos Engenheiros e Técnicos do Sector Florestal consideram fundamental:

 

-Implementar um plano de emergência para evitar a infestação por acácias das áreas ardidas em 2017, em particular no Pinhal de Leiria, áreas protegidas e áreas comunitárias sob gestão do Estado.

 

-Elaborar planos de ação para eliminação a curto prazo das acácias das áreas protegidas, parques e reservas.

 

-Elaborar plano de ação para travar a expansão das acácias ao longo da rede rodoviária.

 

-Realizar inventários que produzam resultados em tempo real, da área ocupada por acácias.

 

-Realizar campanhas de divulgação das boas práticas para controlo de invasoras lenhosas.

 

-Criar uma Comissão de Acompanhamento para a Vigilância, Prevenção e Controlo das Infestantes Lenhosas (à semelhança da congénere já criada para a Vespa Asiática).

 

 

Avistamento de acácias em Portugal

 

acacias

 

https://fusiontables.google.com/data?docid=1Uox2xXHpWPCGYScwJJUxcLuzKCJwn97DIHSk1HY#map:id=3

]]>