2018 – Quercus https://quercus.pt Wed, 03 Mar 2021 17:31:55 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://quercus.pt/wp-content/uploads/2021/03/cropped-logotipo-quercus-svg-32x32.png 2018 – Quercus https://quercus.pt 32 32 #40 dias sem plástico https://quercus.pt/2021/03/03/40-dias-sem-plastico/ Wed, 03 Mar 2021 17:31:55 +0000 https://quercus.pt/?p=10141 Termina o desafio dos #40 DIAS SEM PLÁSTICO

 

andreas weiland 252618 unsplash

Cada um dos 40 desafios lançados pela Quercus durante os dias da quaresma promoveu em média mais de 7.800 reações, mais de 3.500 partilhas e alcançou diariamente mais de 17.800 pessoas.

 

Este desafio foi realizado no âmbito de uma Campanha ambiental Europeia que visava a redução do uso de plástico descartável e a adoção de modos de vida mais amigos do Ambiente, com o objetivo de minimizar a poluição marinha.

 

Nas ações de sensibilização levadas a cabo durante a Campanha dos #40 DIAS SEM PLÁSTICO foram realizados inquéritos aos comportamentos dos participantes, face ao uso de descartáveis e à reciclagem de resíduos.

 

As conclusões, numa amostra de 300 pessoas, permitiram demonstrar que apesar de 95,9% dos participantes conhecerem o problema ambiental do uso de descartáveis e dos microplásticos, apenas 49,6% mudou o seu comportamento adotando melhores práticas no seu dia-a-dia.

 

Por outro lado, 22,6% não conhecem as alternativas ecológicas aos descartáveis (como os sacos de pano, escovas em bambu, garrafas reutilizáveis ou palhinhas em inox).

 

A maioria dos inquiridos tem dúvidas em identificar os produtos que contém microplásticos, por outro lado 65% não sabe identificar quando os plásticos são recicláveis.

 

Foi ainda possível verificar que continuam a existir muitas dúvidas sobre que resíduos podem ser colocados no ecoponto amarelo, com 78% dos inquiridos a acreditar que pode colocar cápsulas de café e 22,5% a achar que não pode colocar pacotes de leite.

 

O consumo de produtos descartáveis está a crescer, estima-se que só em palhinhas sejam consumidos nos restaurantes Portugueses anualmente palhinhas suficientes para dar a volta ao Planeta cinco vezes. A situação não é animadora, estudos recentes mostram que 259 milhões de copos de café, 10 biliões de beatas de cigarros, 40 milhões de embalagens de take-away, 1 bilião de palhinhas de plástico e 721 milhões de garrafas descartáveis.

 

O grande problema dos plásticos e das partículas de plástico é que elas não ameaçam apenas a biodiversidade marítima, mas, como entram na cadeia alimentar dos animais, entram na cadeia alimentar dos humanos, podendo colocar a nossa saúde em risco. As micropartículas de plástico encontram-se no sal, em algas, peixes e aves.

 

Os plásticos são fabricados a partir do petróleo e demoram entre 200 a 400 anos a desaparecer do meio natural, tendo o seu fabrico várias questões ambientais associadas.

 

 

Lisboa, 1 de abril de 2018

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Quercus quer suspensão permanente das rendas pagas pelo Estado às elétricas https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-quer-suspensao-permanente-das-rendas-pagas-pelo-estado-as-eletricas/ Wed, 03 Mar 2021 17:31:41 +0000 https://quercus.pt/?p=10140 luis tosta 248147 unsplashNa sequência de notícias divulgadas sobre o adiamento, por parte do Estado, do leilão da garantia de potência às grandes elétricas, motivado por dúvidas da Comissão Europeia, a Quercus apela para que se acabe de vez com este regime de pagamento da garantia de potência.

 

Havendo garantia da parte da REN quanto à segurança do abastecimento do sistema elétrico nacional, não se justifica a atribuição destas rendas anuais para suportar um permanente estado de prontidão das centrais.

 

Segundo a ERSE, este regime de incentivo à garantia de potência em vigor em Portugal teria um custo de 665 milhões de euros até 2032. De acordo com a Secretaria de Estado da Energia, esta suspensão agora anunciada permitirá poupar cerca de 20 milhões de euros, esperando-se que essa recuperação seja em prol dos consumidores.

 

Recorde-se que Portugal paga uma das faturas energéticas mais caras da Europa.

 

A Quercus apela ao Governo para que suspenda, não temporária, mas sim definitivamente o esquema das garantias de potência, que apenas beneficia as empresas elétricas e infraestruturas electroprodutoras, como as grandes barragens.

 

Por diversas razões ambientais, a Quercus sempre considerou que deve ser dada prioridade à promoção da microgeração elétrica, em vez dos grandes investimentos, nomeadamente em grandes barragens. A produção elétrica por parte dos cidadãos e pelo Estado é igualmente fundamental pois contribui para reduzir a dependência energética em relação ao exterior e às grandes companhias elétricas, tornando mais justa a distribuição dos rendimentos provenientes do setor energético.

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Fabricantes atrasam lançamento de automóveis menos poluentes para evitar tetos mais exigentes de emissão de CO2 https://quercus.pt/2021/03/03/fabricantes-atrasam-lancamento-de-automoveis-menos-poluentes-para-evitar-tetos-mais-exigentes-de-emissao-de-co2/ Wed, 03 Mar 2021 17:31:20 +0000 https://quercus.pt/?p=10139 Ao contrário do que têm vindo a afirmar, a maioria dos fabricantes automóveis vai conseguir atingir as metas de emissão de dióxido de carbono (CO2) em 2021 mas, para evitar a adoção de metas ainda mais exigentes para 2025 e 2030, agora em discussão na União Europeia, a indústria automóvel tem atrasado o lançamento quer de veículos elétricos quer de versões mais eficientes dos carros a combustão, para que possam escoar os seus modelos mais antigos e menos eficientes. É o que demonstra o relatório publicado hoje pela Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E), da qual a Quercus é membro efetivo, o qual avança com várias conclusões:

 

σ dos 50 modelos mais vendidos, apenas 6 foram atualizados em 2017; porém, 21 serão relançados como modelos mais económicos e com baixo consumo de combustível, mas só em 2019-2020 (infografia 1);

 

σ o número de modelos elétricos a bateria deverá quintuplicar para 100 em 2021, aumentando a sua autonomia, a opção de escolha do consumidor e a competição entre marcas (infografia 2); porém, o seu lançamento também tem sido adiado;

 

σ a maioria dos fabricantes europeus, exceto a Fiat, deverá cumprir os valores-limite de emissão de CO2 definidos pela União Europeia (UE) para 2021 – em parte, vendendo mais veículos plug-in;

 

σ a diminuição das emissões de CO2, decorrente do declínio nas vendas dos veículos a gasóleo, é contrariada pelo aumento das vendas dos veículos com combustívesis alternativos, mesmo tendo em conta as suas emissões mais reduzidas.

 

Os automóveis e carrinhas contribuem com 2/3 das emissões de CO2 dos transportes, o setor maiores emissões (27%) na UE e o único cujo impacte climático tem aumentado desde 1990. Além disso, no ano passado o consumo de petróleo na UE – um bom indicador para as emissões de CO2 dos transportes – subiu 2%, o maior crescimento anual desde 2001 [1]. A UE está atualmente a debater uma proposta da Comissão Europeia para novas metas de redução de CO2 nos automóveis de 15% e 30%, em 2025 e 2030, respetivamente. No entanto, estas metas não são insuficientes para permitir aos países da UE atingir os seus objetivos climáticos obrigatórios para 2030. [2]

 

A Quercus junta-se à T&E na tentativa desmontar, com este relatório, o discurso queixoso dos fabricantes de automóveis, que lamentam não conseguir cumprir as suas metas de CO2, e culpam o declínio nas vendas de automóveis a gasóleo, enquanto “empurram” SUVs obsoletos, muito poluentes e potentes, para maximizar os seus lucros. aumentando as emissões de CO2 e a despesa com combustível dos seus clientes. Mas a realidade é que a maioria os fabricantes de automóveis na Europa atingirão os seus objetivos e evitarão as multas por incumprimento.

 

Esta tática de continuar a vender modelos antigos pelo máximo de tempo possível deixa claro que os fabricantes estão neste momento a otimizar os lucros e a tentar defraudar os reguladores, fazendo-os crer que estão realmente a desenvolver esforços para atingir as metas de CO2 para 2021, numa altura em que a UE pondera definir novas metas para 2025 [3]. No entanto, quem paga o preço são os consumidores, que ficam privados de modelos mais eficientes que não estão ainda disponíveis no mercado, e o planeta, pois as emissões de CO2 dos automóveis e carrinhas continuam a aumentar.

 

A Quercus lamenta esta estratégia da indústria automóvel para tentar demover os reguladores de avançar com novas metas mais ambiciosas para 2025 e 2030, enquanto prolongam a venda de automóveis a gasóleo durante o maior tempo possível. Fica o alerta aos decisores políticos para que não se deixem enganar e exige a definição de limites mais restritos de emissão de CO2 já para cumprir em 2025; metas para a venda de veículos elétricos e garantias de que as reduções de emissões acontecem na estrada e não apenas nos laboratórios dos fabricantes.

 

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Lisboa, 09 de abril de 2018

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

 

[1] Agência Europeia Internacional, Global Energy & CO2 Status Report, 2017

https://www.iea.org/geco/oil/

 

[2] T&E, Cars and vans: how to stop CO2 emissions growing?, 2017

https://www.transportenvironment.org/publications/cars-and-vans-how-stop-co2-emissions-growing

 

[3] ‘“The rapid decline of diesel’s share in EU markets…poses serious challenges for meeting CO2 reduction targets – not only those for 2030, but also the targets already set for 2021,” avisou [ACEA chairperson Carlos] Tavares, cujo grupo PSA detém marcas como a Peugeot, Citroën, Opel e Vauxhaul.’

https://www.euractiv.com/section/energy/news/petrol-to-diesel-shift-poses-serious-challenge-to-co2-reduction/

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Quercus quer fertilizantes com menos cádmio https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-quer-fertilizantes-com-menos-cadmio/ Wed, 03 Mar 2021 17:30:59 +0000 https://quercus.pt/?p=10138 Votação em Bruxelas sobre cádmio

 

 

Irá amanhã dia 11 de abril, ser discutido em Bruxelas os limites de cádmio utilizados nos fertilizantes agrícolas a impor em território europeu numa nova regulamentação europeia que está a ser elaborada. Pretende-se com esta nova legislação reduzir significativamente a presença deste metal pesado nos fertilizantes evitando assim que o mesmo esteja presente nos alimentos que consumimos, nas nossas terras e águas. O cádmio foi alvo de vários estudos científicos e é comprovadamente um elemento bastante perigoso para a saúde pública e para o ambiente podendo levar a inúmeras doenças.

 

Este processo legislativo tem criado alguma polémica em Bruxelas, e se na sua grande maioria os Estado Membros têm votado a favor de uma redução significativa da presença deste metal nos fosfatos constituintes dos fertilizantes, outros têm votados a favor de limites bastante elevados, como é o caso de Portugal, Espanha, Reino Unido e Polónia.

 

A Quercus espera que os representantes do governo português em Bruxelas assumam desta vez uma posição mais ambiciosa no que diz respeito aos teores de cádmio nos fertilizantes agrícolas.

 

 

Lisboa, 10 de abril de 2018

A Direção Nacional da Quercus

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Quercus e Missão Continente promovem a Recolha de Rolhas de Cortiça junto de Escolas e IPSS nacionais https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-e-missao-continente-promovem-a-recolha-de-rolhas-de-cortica-junto-de-escolas-e-ipss-nacionais/ Wed, 03 Mar 2021 17:30:41 +0000 https://quercus.pt/?p=10137 Entre os dias 13 de abril e 30 de junho

 

O resultado da iniciativa reverte a favor da plantação de árvores autóctones

A iniciativa decorre em todas as lojas Continente

 

 

Uma nova campanha de recolha de rolhas de cortiça terá início hoje, dia 13 de abril, prolongando-se até ao próximo dia 30 de junho. Esta campanha, que tem como destinatárias todas as escolas e IPSS nacionais, irá premiar as 12 entidades que se destacarem na recolha de rolhas. Serão entregues três prémios para cada uma das quatro categorias (JI/EB1, EB2/3, Secundário/Profissional, e IPSS), sendo que os mesmos consistirão num valor financeiro a ser entregue às Escolas, para a aquisição de material nas lojas Continente. O regulamento e formulário de inscrição já estão disponíveis na área “Campanha – GreenCork Escolas” da página de internet do projeto Green Cork da Quercus http://www.greencork.org/

 

Esta iniciativa enquadra-se na parceria estabelecida entre a Quercus e o Continente, em 2008, e decorre no âmbito da atividade da Missão Continente, a marca que agrega as iniciativas de responsabilidade social da insígnia, na perspetiva de promover o desenvolvimento sustentável e a preservação do ambiente.  O objetivo da ação é recolher rolhas de cortiça, enviá-las para reciclagem e, deste modo, promover a cortiça e financiar a (re) arborização através do projeto Floresta Comum da Quercus. Com pontos de recolha em todas as lojas do país, o Continente é o maior parceiro na recolha de rolhas, com mais de 80% dos totais recolhidos anualmente.

 

Nas lojas do Continente já foram entregues mais de 290 toneladas de rolhas de cortiça, que permitiram à Quercus distribuir mais de 870 mil árvores autóctones para iniciativas de (re) arborização. Só no ano lectivo de 2011/2012, o ano de maior sucesso com a iniciativa “Rolhas que dão Folhas” para assinalar o Ano Internacional da Floresta – promovida pelo Continente – foram entregues mais de 45 mil sacos cheios de rolhas de cortiça pelas 854 escolas participantes, tendo sido premiadas as 20 escolas que recolheram mais rolhas, proporcionalmente ao número de alunos.

 

A valorização económica da cortiça, nas suas diversas aplicações, permite a preservação de um dos hotspotsde biodiversidade do mediterrâneo e de uma cultura rural e tradicional portuguesa ligada ao montado de sobro. A principal aplicação deste material nobre é, sem dúvida, a rolha, e a possibilidade da sua reciclagem aumenta os benefícios ambientais associados à sua utilização. A Missão Continente, reconhecendo a importância de preservação do montado de sobro, tem-se vindo a empenhar, juntamente com a Quercus, em ações de divulgação, sensibilização e promoção da reciclagem das rolhas de cortiça.

 

Separar as rolhas, em casa ou num restaurante, é dar oportunidade para que este material seja reciclado e reutilizado noutras aplicações, diminuindo assim a quantidade de resíduos e garantindo o armazenamento do CO2na cortiça durante mais tempo. O destino das rolhas deixou, pois, de ser o Lixo indiferenciado e passou a ser um Rolhinhas ou o Balcão de Informação das lojas Continente. A partir daqui, e usando apenas a logística já existente sem aumentar as emissões de CO2, as rolhas são encaminhadas para reciclagem.

 

– Valorize a cortiça – Reduza resíduos – Suporte a reflorestação com espécies autóctones –

 

programa evento greencork

 

 

 

 

cartaz greencork escolas 2018

 

Lisboa, 13 de abril de 2018

 

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

A Missão Continente

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Foi publicado o relatório anual da Comissão Técnica do Amianto onde é possível verificar que não tem havido aumento da remoção de resíduos de amianto nos últimos dois anos, ao contrário do que tem vindo a ser anunciado pelo Ministério do Ambiente. Por outro lado, este relatório vem reforçar a necessidade de definir um modelo de alvará/licenciamento para as empresas que removem amianto, à semelhança do que existe para as operações de construção ou demolição. Sem esta figura qualquer empresa remove amianto, quer tenha preparação ou não. Outro facto que é possível verificar pelo relatório é que praticamente todo o amianto removido tem sido depositado em aterros de resíduos não perigosos, ficando a dúvida se só existe fibrocimento em Portugal, ou se esta solução é escolhida por ser mais barata que depositar resíduos em aterros para perigosos. Com este relatório verificamos que continua a não ser assegurada a resposta para as pequenas quantidades de resíduos de amianto por parte dos Municípios, dado que apenas 1% dos mesmos assegura esta resposta. https://quercus.pt/2021/03/03/foi-publicado-o-relatorio-anual-da-comissao-tecnica-do-amianto-onde-e-possivel-verificar-que-nao-tem-havido-aumento-da-remocao-de-residuos-de-amianto-nos-ultimos-dois-anos-ao-contrario-do-que-tem-vin/ Wed, 03 Mar 2021 17:30:11 +0000 https://quercus.pt/?p=10136 Carta assinada por 36 empresas, transportadoras e associações europeias

 

 

yifei chen 273034 unsplashSe a Europa quer, de facto, liderar o combate às alterações climáticas [1], então deve comprometer-se em reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) dos camiões em 24%, em 2025, uma meta que, se alcançada, permitiria uma poupança anual de 7700 euros por camião. Esta é a missiva enviada ao Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker numa ação conjunta sem precedentes, organizada pela Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E), de que a Quercus é membro, e subscrita também pela Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram).

 

O apelo a Juncker foi enviado numa carta assinada por 36 grandes empresas mundiais, transportadoras e associações do setor, exigindo que a Comissão apresente, já no próximo mês, uma proposta mais ambiciosa para reduzir as emissões de CO2 dos camiões.

 

O setor dos transportes é, na verdade, o maior problema climático da Europa, sendo responsável por 27% das emissões de CO2 da União Europeia. Por outro lado, os veículos pesados representam 26% das emissões associadas ao transporte rodoviário. As empresas e associações signatárias desta carta afirmam estar cientes das suas responsabilidades, mas argumentam que os decisores políticos, por seu turno, têm que criar condições de enquadramento adequadas que permitam ao setor alcançar as suas metas. Uma das formas mais eficazes de o conseguir é pela definição de padrões de eficiência de combustível para os veículos pesados.

 

Adicionalmente, a Quercus e a ANTRAM concordam que deverá ser definida uma meta ambiciosa para a venda de camiões com zero emissões. Para cumprir as metas do Acordo de Paris, o setor dos transportes precisa de reduzir as suas emissões para zero, até 2050 e, embora já exista tecnologia de emissões zero para camiões, o seu fornecimento é ainda limitado e apresenta custos elevados. Nesse sentido, a próxima proposta relativa aos padrões de eficiência de combustível para camiões – que se prevê ser publicada a 16 de maio – também deverá garantir que os fabricantes tenham um objetivo mínimo para a venda de camiões zero emissões.

 

A Quercus congratula-se pela sólida e abrangente adesão que esta missiva teve e que não pode ser ignorada pelos decisores políticos da Comissão Europeia, na medida em que ao juntar grandes agentes económicos e associações de vários países reforça a mensagem de que a adoção de metas climáticas ambiciosas não é apenas benéfica para o ambiente, mas também para a economia e inovação europeias.

 

Para a ANTRAM os negócios futuros passam pela utilização de veículos ambientalmente mais “friendly” e tecnologicamente responsáveis. Estamos certos de que um serviço de transporte imprescindível e de excelência passa por veículos de transporte rodoviário com preços competitivos e que cooperem nesse esforço, compartilhando as soluções como oportunidades estratégicas para o futuro.

 

Os signatários desta carta incluem a Carrefour, IKEA, Unilever, Heineken, Nestle, Geodis, Alstom, DB Schenker, Philips Lighting, o grupo de supermercados Colruyt, para além de outras empresas. Ao nível das associações nacionais de transporte, estão representados, para além de Portugal, a Holanda, Espanha, Hungria e Bélgica. [2]

 

 

Lisboa, 17 de abril de 2018

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

 

Notas para editores:

[1] “… quero que a Europa lidere a luta contra as alterações climáticas”

Jean Claude-Juncker, discurso sobre o Estado da União, 13 Setembro 2017

http://europa.eu/rapid/press-release_SPEECH-17-3165_pt.htm

 

[2] A carta é assinada por: Carrefour, IKEA, Unilever, Heineken, Nestle, Geodis, Siemens, Alstom, Dia, , DB Schenker, Eroski, Philips Lighting, Hermes, Tchibo, Colruyt Group, Aslog, Vos Logistics, Meyer & Meyer, Ziegler, Barry Callebaut, Live Nation, Kingfisher, Bartkowiak, Bode Transport & Logistik, BYD, Große Vehne, Polarbröd, Smart Freight Centre, MAX, NLV Klub, Max Burgers, Febetra, TLN, MKFE, Antram, Astic e Cervera.

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Relatório anual da Comissão Técnica do Amianto (março 2018) https://quercus.pt/2021/03/03/relatorio-anual-da-comissao-tecnica-do-amianto-marco-2018/ Wed, 03 Mar 2021 17:29:56 +0000 https://quercus.pt/?p=10133 Foi publicado o relatório anual da Comissão Técnica do Amianto onde é possível verificar que não tem havido aumento da remoção de resíduos de amianto nos últimos dois anos, ao contrário do que tem vindo a ser anunciado pelo Ministério do Ambiente. Por outro lado, este relatório vem reforçar a necessidade de definir um modelo de alvará/licenciamento para as empresas que removem amianto, à semelhança do que existe para as operações de construção ou demolição. Sem esta figura qualquer empresa remove amianto, quer tenha preparação ou não.

 

Outro facto que é possível verificar pelo relatório é que praticamente todo o amianto removido tem sido depositado em aterros de resíduos não perigosos, ficando a dúvida se só existe fibrocimento em Portugal, ou se esta solução é escolhida por ser mais barata que depositar resíduos em aterros para perigosos.

 

Com este relatório verificamos que continua a não ser assegurada a resposta para as pequenas quantidades de resíduos de amianto por parte dos Municípios, dado que apenas 1% dos mesmos assegura esta resposta.

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Nova Diretiva Resíduos aposta na reciclagem e tenta travar a deposição em aterro https://quercus.pt/2021/03/03/nova-diretiva-residuos-aposta-na-reciclagem-e-tenta-travar-a-deposicao-em-aterro/ Wed, 03 Mar 2021 17:29:38 +0000 https://quercus.pt/?p=10132 Parlamento Europeu abre caminhos para reduzir a deposição de resíduos urbanos em aterro ou a produção de desperdício alimentar, mas falha na definição de metas concretas para atenuar alimentar e a poluição marinha ou a resposta aos resíduos perigosos e aos biodegradáveis

 

 

bas emmen 533040 unsplashMais metas para a reciclagem 

 

Na revisão da Diretiva Resíduos, integrada no pacote referente à Economia Circular, nem todas as propostas apresentadas pelas Organizações Não Governamentais Europeias, entre as quais a Quercus, foram consideradas. Faltou mais ambição na reutilização e reciclagem de resíduos urbanos e metas concretas para promover a redução da poluição marinha, o aumento da recolha de bio resíduos ou de pequenas quantidades de resíduos perigosos.

 

A aprovação desta Diretiva pelo Parlamento Europeu introduz regras para aumentar a reciclagem de resíduos urbanos, dos atuais 44% para 65% até 2035, e reduzir a deposição em aterro para um máximo de 10% até 2035, que irá contribuir para mudar o paradigma da gestão de resíduos em muitos Estados-Membros, como por exemplo Portugal, onde a deposição de resíduos urbanos ainda atinge os 29%.

 

A nova Diretiva define ainda metas para a reciclagem de embalagens de 65% dos até 2025 e 70% até 2030, definindo limites específicos para os materiais que as compõem (papel, cartão, plástico, vidro, metais e madeira).

 

 

Falta de metas para reduzir a poluição marinha

 

Quanto ao combate à poluição marinha, faltou definir metas concretas para reduzir o lixo marinho provocado pelo descarte incorreto de resíduos de plástico, ficando a nova Diretiva pelas recomendações na adotação de medidas complementares para travar este tipo de poluição no território da EU, até 2025.

 

 

Reforço no combate ao desperdício alimentar

 

O combate ao desperdício alimentar não foi esquecido tendo sido aprovada a meta proposta, que contempla a redução dos resíduos alimentares ao nível da União, de 30% até 2025 e de 50% até 2030, em linha com o objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que poderá ser concretizada com a replicação dos modelos de recolha de produtos alimentares não vendidos em todas as fases da cadeia de abastecimento alimentar e a sua redistribuição através de organizações de beneficência, bem como a informação aos consumidores sobre o que significa as datas indicadas em “consumir até” e “consumir de preferência antes de”.

 

 

Novos canais para a recolha de resíduos

 

Foi estabelecido que cada Estado-Membro terá que instituir a recolha seletiva de novas fileiras de resíduos, entre os quais os têxteis e as pequenas quantidades de resíduos perigosos domésticos até 1 de janeiro de 2025. A Quercus estima que em Portugal as pequenas quantidades de resíduos perigosos domésticos possam chegar a uma produção anual de 2kg/habitante, não havendo atualmente nenhum local onde possa ser entregue para tratamento.

 

Por outro lado, deverão também assegurar que os bio resíduos sejam objeto de recolha seletiva, ou reciclados na fonte (por exemplo através de compostagem doméstica), até ao final de 2023, fechando desta forma o seu ciclo biológico.

 

É importante que estas medidas sejam adotadas por cada Estado Membro, pelo que estamos na expetativa para que a revisão do Plano Estratégico de Resíduos Urbanos, a decorrer atualmente em Portugal, possa internalizar as estratégias necessárias para cumprir o princípio do prolongamento do ciclo de vida dos produtos no âmbito de uma Economia Circular, garantindo a adoção de medidas para reduzir a poluição marinha, assegurar a recolha de diversas fileiras de resíduos – têxteis, pequenas quantidades de resíduos perigosos e bio resíduos, assim como o cumprimento das novas metas de reciclagem (resíduos urbanos, embalagens e desperdício alimentar).

 

 

Lisboa, 19 de abril de 2018

 

A Direção Nacional da Quercus- Associação Nacional de Conservação da Natureza

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