Outubro 2016 – Quercus https://quercus.pt Wed, 03 Mar 2021 18:41:42 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://quercus.pt/wp-content/uploads/2021/03/cropped-logotipo-quercus-svg-32x32.png Outubro 2016 – Quercus https://quercus.pt 32 32 Voluntários apoiam a Quercus no plantio de mais de 1200 exemplares de plantas dunares na Costa de Lavos https://quercus.pt/2021/03/03/voluntarios-apoiam-a-quercus-no-plantio-de-mais-de-1200-exemplares-de-plantas-dunares-na-costa-de-lavos/ Wed, 03 Mar 2021 18:41:42 +0000 https://quercus.pt/?p=10694 A Quercus ANCN vai realizar uma ação na Costa de Lavos, com o objetivo de sensibilizar para a necessidade de conservação dos sistemas dunares. Com o apoio de um grupo de voluntários, será realizada a plantação de espécies vegetais adaptadas ao ambiente dunar, para aumentar a retenção de areias e mitigar a erosão. A área de intervenção tem sido sujeita, nos últimos anos, a episódios erosivos acentuados, como as tempestades do início de 2014, que afetaram a zona costeira a sul da Figueira da Foz.
A plantação será efetuada com estorno (Ammophila arenaria), planta autóctone especialmente apta para o objetivo pretendido. Esta planta, uma das primeiras a colonizar as dunas primárias formadas pela ação do vento, contribui com as suas raízes para a estabilização das areias e para o estabelecimento de outras espécies pioneiras. Está prevista a plantação de mais de 1200 pés desta espécie, que serão alvo de monitorização posterior.
A atividade, realizada com o aval da Agência Portuguesa do Ambiente, resulta duma parceria entre a Quercus ANCN (Núcleo de Coimbra) e a Grace – Associação de Responsabilidade Social Empresarial, que angariou mais de 30 voluntários, junto das empresas suas associadas, para a realização da atividade. A comunidade local está igualmente envolvida, através da colaboração da Casa dos Pescadores da Costa de Lavos.
Lisboa, 12 de outubro de 2016
A Direção Nacional da Quercus – ANCN
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Meio milhão de veículos elétricos nas estradas europeias até ao final do ano https://quercus.pt/2021/03/03/meio-milhao-de-veiculos-eletricos-nas-estradas-europeias-ate-ao-final-do-ano/ Wed, 03 Mar 2021 18:41:33 +0000 https://quercus.pt/?p=10693 Vendas em Portugal subiram 43% no primeiro semestre de 2016

Um estudo que será divulgado amanhã, 13 de outubro, pela Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E) estima que, até ao final de 2016, existirão aproximadamente meio milhão de veículos elétricos a circular nas estradas da União Europeia (UE).

Já em relação ao ano passado, o estudo demonstra que o número de veículos ligeiros elétricos e híbridos plug-in vendidos na UE duplicou, representando o maior aumento anual de vendas até à data. Se somarmos as quotas de mercado da UE à da Noruega, a Europa foi, no ano passado, o segundo maior mercado mundial de veículos 100% elétricos, só suplantado pela China.

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Venda de elétricos também cresce em Portugal

A expansão da mobilidade elétrica ao nível dos ligeiros de passageiros está a verificar-se também em Portugal, com um aumento de 43% da venda de veículos 100% elétricos no 1º semestre de 2016 face ao período homólogo do ano anterior. Segundo dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), este aumento foi ainda maior – de 103,5% – se considerarmos a comercialização de todos os elétricos recarregáveis (incluindo-se aqui não só os veículos 100% elétricos, mas também os híbridos plug-in, os VE com extensão de autonomia e os VE de célula de combustível).

Em relação à quota de mercado nacional, as vendas de VE representaram 2,68% do total de veículos ligeiros de passageiros comercializados em Portugal, em 2015, de acordo com dados fornecidos pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) à Quercus.

Apesar de aparentemente reduzido, este número representa um aumento em relação a 2014, ano em que os VE representaram 2,16% do comércio total de automóveis ligeiros de passageiros.

 

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Mitsubishi lidera top de vendas de veículos elétricos na Europa

A Mitsubishi vendeu o maior número de veículos elétricos em 2015 (28.175 veículos), representando 23% de todas as vendas na Europa. Entre os modelos da marca, o mais vendido foi o Mitsubishi Outlanders, um híbrido plug-in, por uma larga margem a escolha elétrica mais popular na Europa no ano passado. O segundo veículo elétrico mais vendido foi o Renault Zoe, um modelo 100% elétrico, num total de 16.612 unidades. Já o Nissan Leaf (11.977 unidades vendidas) perdeu o terceiro lugar obtido em 2014 para o novo Volkswagen Golf GTE com quase 15.000 novos veículos registados.

No ranking dos países, a Holanda lidera o topo da lista de vendas de veículos elétricos na Europa pelo terceiro ano consecutivo. A Noruega surge em segundo lugar em termos de vendas absolutas, mas tem uma quota de mercado significativa relativamente aos VE (18,7%). O terceiro lugar é ocupado pelo Reino Unido.

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Bicicletas e scooters entre os elétricos mais populares

No caso dos comerciais ligeiros, os modelos elétricos representam uma pequena fração das vendas, comparativamente com os ligeiros de passageiros, por apresentarem uma disponibilidade muito limitada no mercado.

Um outro aspecto a considerar é que os veículos ligeiros de passageiros e comerciais não são os veículos elétricos mais populares: a Federação Europeia dos Transportes e Ambiente estima que, em 2015, entre 5 a 8 milhões de bicicletas, motociclos (scooters) e segways elétricos circularam nas estradas europeias.
Transporte rodoviário é um problema climático

Os transportes são atualmente o maior problema climático da Europa. Os automóveis são responsáveis por 15% das emissões totais de dióxido de carbono (CO2) da Europa, representando a maior fonte de emissões poluentes no setor dos transportes (como óxidos de azoto, partículas inaláveis, etc.).

A UE exige aos fabricantes de automóveis um limite de emissão de 95gCO2/km na sua frota média de novos veículos ligeiros de passageiros, a atingir em 2021.
Com o objetivo de reduzir em 60% as emissões provenientes dos transportes em 2050 face aos níveis de 1990, e por forma a garantir que o aquecimento global não exceda os 2ºC em linha com o Acordo de Paris, a Comissão Europeia decidiu propor limites de emissão mais exigentes para 2025 já no início do próximo ano.

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Quercus defende mais veículos elétricos nas frotas públicas e privadas

Apesar da redução dos incentivos fiscais à mobilidade elétrica verificada no início de 2016, a Quercus considera positiva a tendência crescente nas vendas de veículos elétricos e híbridos plug-in, sendo este um sinal de que os portugueses estão a aderir cada vez mais a esta forma de mobilidade sustentável.
Contudo, apesar da evolução rápida da tecnologia, os maiores obstáculos para a adoção da mobilidade elétrica em Portugal continuam a ser o preço de venda e a autonomia dos veículos.

A mobilidade elétrica poderá e deverá ser uma das soluções para resolver os problemas de qualidade do ar e ruído nas áreas urbanas, incluindo-se aqui o incentivo à sua promoção enquanto meio de transporte individual, mas também ao nível das frotas públicas e privadas.

A nível europeu, a Quercus defende que devem ser dados determinados passos para que a União Europeia assuma uma posição de liderança na revolução da mobilidade elétrica já em curso:

1.     Estabelecer limites de emissão de CO2 ambiciosos para os novos veículos em 2025, incluindo uma meta específica para as vendas de veículos elétricos, com o objetivo de estimular a concorrência entre os fabricantes de automóveis;
2.     Acelerar a implantação da rede de infraestruturas da mobilidade elétrica em toda a Europa;
3.     Proibir a circulação de veículos a gasóleo no centro das cidades;
4.     Veículos elétricos a bateria sem impostos ou com imposto reduzido.

Lisboa, 12 de outubro de 2016

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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Quercus alerta para os impactes ambientais de uma dieta incorreta https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-alerta-para-os-impactes-ambientais-de-uma-dieta-incorreta/ Wed, 03 Mar 2021 18:41:27 +0000 https://quercus.pt/?p=10692 16 de outubro – Dia Mundial da Alimentação

 

dia da alimentaçãoCelebra-se hoje, dia 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação, comemoração que pretende sensibilizar a opinião pública para as questões da nutrição e alimentação. Neste dia, a Quercus decidiu alertar a população portuguesa para os impactes que uma dieta incorreta tem não só na saúde pública, mas também no Ambiente. A Quercus considera que são cada vez mais os sinais de desequilíbrio do Planeta e é necessário que os Governos de todo o Mundo, incluindo o português, tenham uma postura mais ativa na procura e implementação de soluções que visem uma alimentação mais sustentável dos seus cidadãos.

 

A Organização Mundial de Saúde alertou, em 2015, para o perigo dos hábitos alimentares atuais, referindo que o elevado consumo de carne maturadas, tais como as salsichas, carne cozinhada a altas temperaturas (churrasco), serão potencialmente cancerígenas.

 

Foi estimado que 50 gramas de carne, consumida diariamente, aumente o risco de cancro em 18% e que 100 gramas aumentem para mais 17%. Surpreendentemente, estima-se que 34 mil mortes cancerígenas estarão estritamente ligadas ao consumo exagerado de carne processada, segundo a IARC.

 

Além dos malefícios para a saúde humana, as Nações Unidas chamam a atenção para um estudo realizado pela Proceedings of the National Academy of Sciences. A produção de gado é responsável por 18% das emissões de gases do efeito estufa a nível mundial. Anualmente, este setor emite 6,5 mil milhões de toneladas de CO2 equivalente. Estimou-se que os animais libertem entre 156 e 293 gramas de metano por cada quilograma de carne produzida.  A dieta actual em muitos países, baseada em carne e outros produtos animais, têm emitido mais gases de efeito estufa (CO2, metano, óxido nitroso, e outros) que os transportes ou a indústria (EcoD, 2013).

 

 

Alterações climáticas, crescimento populacional e consequências

 

Além das alterações climáticas, discutidas a vários níveis, o crescimento populacional é uma das questões que mais preocupante para o futuro. É estimado que a população mundial, em 2050, atinja os 2,5 mil milhões de seres humanos. Para conseguir dar resposta às necessidades básicas da humanidade é crucial que a produção alimentar mundial aumente em 70% e que os hábitos alimentares da população em vários países sejam alterados para padrões mais equilibrados.

 

A agricultura sustentável, mais que uma moda, é uma resposta correta e equilibrada entre as necessidades da população e os recursos do planeta. Até este momento foi mais fácil e rentável optar pela produção em massa e de modo intensivo, deixando de lado os sistemas tradicionais e a preocupação pelos impactes que a produção intensiva acarreta.

 

A Quercus considera que é urgente alterar os hábitos alimentares em vários países e saber adotar práticas ambientais e responsáveis, tais como reduzir a quantidade de resíduos antes do produto entrar no mercado e reduzir significativamente os desperdícios alimentares. Estima-se que atualmente cerca de 1.3 mil milhões de toneladas (1/3 dos produtos para consumo humano) sejam desperdiçados. Estas perdas representam não só os maus hábitos da sociedade, mas também um desaproveitamento dos recursos utilizados na produção, tais como água, energia, fatores de produção e solo.

 

 

Lisboa, 16 de outubro de 2016.

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

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Quercus acusa Ministério do Ambiente de não impedir descargas na Ribeira da Boa Água https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-acusa-ministerio-do-ambiente-de-nao-impedir-descargas-na-ribeira-da-boa-agua/ Wed, 03 Mar 2021 18:41:21 +0000 https://quercus.pt/?p=10691  Descargas poluentes matam rio Almonda em Torres Novas

 

 

Rib Boa ÁguaA Quercus vem denunciar a situação de poluição da Ribeira da Boa Água, afluente do Rio Almonda, no concelho de Torres Novas, alertando para a falta de atuação articulada das autoridades, em conformidade com a gravidade das descargas industriais.

 

Têm existido diversas denúncias, com maior incidência a partir do ano passado, que conduziram a ações de fiscalização do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), assim como de outras entidades, as quais detetaram problemas graves de poluição no Ribeiro do Serradinho e na Ribeira da Boa Água, afluente do Rio Almonda, no concelho de Torres Novas.

 

Esta situação contribui para que a massa de água do Rio Almonda esteja classificada com o estado de “Mau” no Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo e Oeste.

 

 

Tem sido divulgado pela imprensa a existência de descargas ilegais de águas residuais, alegadamente da Fabrióleo, com forte contaminação do Ribeiro do Serradinho e com efeitos na degradação da qualidade da água das linhas de água a jusante da unidade fabril, nomeadamente da Ribeira da Boa Água até ao Rio Almonda. A poluição destas linhas de água vem comprometer o uso da água para a agricultura, para além de potenciar diversos impactes negativos sobre o ambiente e a saúde da população.

 

A Quercus tem conhecimento de que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu um Mandado à Fabrióleo, em 23 de setembro de 2015, que determinou a suspensão imediata da licença de descarga e a proibição de descargas na linha de água. Todavia, as descargas continuaram. Também no final de setembro do ano passado, foi lavrado um Auto de Embargo devido a obras realizadas em domínio hídrico e destinadas à ampliação da ETAR da unidade fabril, sem que existisse licença de construção. As obras continuaram em crime de desobediência e houve participação ao Ministério Público, contudo a situação continua por regularizar.

 

 

Agência Portuguesa do Ambiente dá licença para poluir

 

A APA concedeu à Fabrióleo uma nova Licença de Utilização dos Recursos Hídricos, para rejeição de águas residuais, com início de vigência a 14/01/2014. No entanto, o ribeiro recetor não tem caudal a montante para diluição dos efluentes, o que favorece a sua concentração nas linhas de água.

 

Tem sido detetadas águas oleosas estagnadas, de cor alaranjada, a jusante da ETAR da Fabrióleo, enquanto que a montante do terreno da empresa a linha de água encontrava-se sem quaisquer vestígios de descargas de efluentes. Atendendo a que não existem mais indústrias que lancem efluentes para o Ribeiro do Serradinho, não se compreende que a APA continue sem resolver este problema.

 

Existem quatro entidades licenciadoras, nomeadamente a APA, a CCDRLVT, o IAPMEI e o Município de Torres Novas, que deviam atuar de forma integrada para tomada de decisões que resolvam este grave problema ambiental.

 

 

Petição pública para salvar a Ribeira da Boa Água

 

As populações locais, desde o Carreiro da Areia até ao Nicho dos Riachos, queixam-se de contaminação das terras nas margens das linhas de água e dos maus odores provocados pela poluição, que afetam a sua qualidade de vida. Devido ao arrastar do problema, foi divulgada uma petição pública “Salvemos a Ribeira da Boa Água”, disponível em http://peticaopublica.com/mobile/pview.aspx?pi=PT82994.

 

 

A Quercus apela à resolução do problema

 

A Quercus considera essencial a criação de um sistema de monitorização da qualidade da água do Ribeiro do Serradinho/Ribeira da Boa Água, implementado pelas autoridades competentes e com disponibilização da informação ao público.

 

O senhor Ministro do Ambiente, Eng.º João Matos Fernandes, referiu-se à Fabrióleo como “infrator militante”, pelo que esperamos uma atuação rápida e eficaz do Ministério do Ambiente.

 

A Quercus considera que as entidades públicas têm adiado a tomada de decisões firmes, pelo que apela ao Governo, nomeadamente ao Ministério do Ambiente, ao Ministério da Economia e ao Município de Torres Novas, para articular atuação no sentido de resolver este grave problema ambiental, que afeta a qualidade de vida e saúde das populações.

 

Estas situações de poluição e contaminação de massas de água doce não são compatíveis com o nível de qualidade ambiental que queremos para Portugal no sec. XXI. Neste caso existe ainda a agravante destas águas atravessarem a Reserva Natural do Paul do Boquilobo, classificada também pela UNESCO como Reserva da Biosfera.

 

 

Lisboa, 19 de outubro de 2016

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza/Núcleo Regional do Ribatejo e Estremadura

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Quercus apela à proteção do Carvalho em Portugal https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-apela-a-protecao-do-carvalho-em-portugal/ Wed, 03 Mar 2021 18:41:14 +0000 https://quercus.pt/?p=10690 Quercus apela aos Ministros da Agricultura e do Ambiente, e a todos os Grupos Parlamentares, para a criação de legislação de proteção dos Carvalhais em Portugal

 

bolotas oak 5A Quercus apresentou ontem um apelo à criação de legislação para proteção dos Carvalhais em Portugal, endereçado aos Ministros da Agricultura e do Ambiente e a todos os Grupos Parlamentares da Assembleia da República. Paralelamente, decorre a petição pública que permite dar oportunidade a todos os cidadãos de manifestarem o seu apoio à criação de legislação para proteção dos Carvalhos e Carvalhais.

 

Os Carvalhais de folha caduca que outrora cobriram por completo o Norte e Centro de Portugal, bem como algumas serras do Sul, desapareceram quase por completo da nossa paisagem por força da ação humana dos últimos milénios. Entre as espécies que compunham estes Carvalhais está o Carvalho-alvarinho ou roble (Quercus robur); Carvalho-negral ou pardo das beiras (Quercus pyrenaica) e Carvalho-português ou cerquinho (Quercus faginea), todas elas espécies nobres e de elevada importância cultural e ambiental.

 

Estas três nobres espécies estão agora reduzidas à insignificância de ocuparem menos de 2% da área florestal e cerca de 0,7% da área total de Portugal. São pois espécies severamente ameaçadas que sobrevivem apenas em alguns últimos redutos dispersos pelo país, tendo regredido 27% da sua área entre 1995 e 2010, segundo dados do Inventário Florestal Nacional.

 

Para piorar a situação, já de si má, existe ainda uma pressão sobre os últimos Carvalhos e Carvalhais, causada principalmente pelos fogos florestais e pelo seu corte de árvores para lenha na utilização de uso doméstico. É importante referir que estas espécies são de crescimento lento e, por isso, com tendência a serem substituídas por espécies exóticas de crescimento rápido como o eucalipto, após existir um corte ou incêndio.

 

Assim, a Quercus considera que é urgente a criação de legislação que proteja de forma eficaz os últimos exemplares e bosquetes destas espécies de Carvalhos autóctones. Estas espécies da flora autóctone portuguesa estão perfeitamente adaptadas ao nosso clima e às características dos nossos solos, representando uma mais-valia ambiental, uma vez que desempenham funções fundamentais como a melhoria da qualidade do ar, a preservação dos solos, a recarga de aquíferos, a estabilidade do clima, e a defesa da floresta contra os incêndios pela reconhecida resistência ao fogo e capacidade de regeneração.

 

A proteção destes Carvalhais irá refletir-se ao nível da conservação da natureza, em particular pela capacidade de promover a diversidade da fauna e da flora, estabelecendo um património natural e ambiental, que são a fonte de diferentes formas de vida essenciais e inteiramente imprescindível da riqueza do nosso país.

 

O principal problema do desaparecimento da nossa floresta autóctone deve-se principalmente ao abate de árvores com a ausência de uma reflorestação com espécies autóctones, à construção de infraestruturas e edificações, ao pastoreio excessivo, pela demora de crescimento, à substituição por espécies exóticas, como o eucalipto, ou até à ação e recorrência do fogo.

 

Os Carvalhais requerem especial atenção por parte da classe política e dos cidadãos pois, para além da sua raridade, criam habitats dos quais dependem inúmeras espécies de fauna e flora silvestre. Podem ter uma grande importância na prevenção dos incêndios tendo até já sido denominadas por alguns técnicos como “árvores bombeiras”, devido às suas características naturais de resistência ao fogo.

 

A Quercus apela assim a toda a comunidade para abraçar a causa da proteção dos Carvalhos e dos Carvalhais em Portugal, para que se possa criar legislação que conduza à sua proteção efetiva, que inclua a proibição do corte destas árvores sem licença expressa das autoridades competentes, à semelhança do que já acontece para o sobreiro e para a azinheira.

Lisboa, 20 de outubro de 2016

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

 Nota: Para assinar a petição use o link : 

 

https://secure.avaaz.org/po/petition/MINISTRO_DO_AMBIENTE_E_MINISTRO_DA_AGRICULTURA_FLORESTAS_E_DESENV_RURAL_Criacao_de_Legislacao_para_protecao_dos_Carvalha/sign/?azviojb

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A Coligação C6 pede um chumbo à utilização de Chumbo https://quercus.pt/2021/03/03/a-coligacao-c6-pede-um-chumbo-a-utilizacao-de-chumbo/ Wed, 03 Mar 2021 18:41:07 +0000 https://quercus.pt/?p=10689 A proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Governo para 2017 propõe uma “taxa sobre munições de chumbo”, na ordem dos dois cêntimos de euro por cada cartucho feito a partir de chumbo, utilizado por caçadores nas suas atividades de caça. A Coligação C6, que integra as maiores Associações de Defesa do Ambiente portuguesas e é constituída pelo GEOTA, FAPAS, LPN, Quercus, SPEA e WWF Portugal, considera que esta é uma medida insuficiente para reduzir ou compensar a poluição provocada por este contaminante em resultados da atividade cinegética. A solução passaria, sim, por dar um chumbo às utilizações de cartuchos com chumbo, interditando o seu uso e substituindo-os por materiais não poluentes.

 

A utilização de cartuchos com chumbo em atividades de caça provoca uma libertação, não controlada, deste metal pesado que resulta na contaminação dos solos e da água (águas superficiais e lençóis freáticos), com efeitos indiretos na fauna local e na saúde humana (por ingestão de água ou alimentos cultivados em solos contaminados), sendo absorvidos pelos organismos e acumulando-se nos mesmos de forma lenta.

 

Estima-se que os adultos absorvem entre 5% a 15% do chumbo ingerido, retendo 5% deste chumbo, sendo mais elevado nas crianças onde a absorção e retenção de chumbo no organismo pode atingir valores de 40%. Este pode acumular-se ao longo da vida alcançando máximos compreendidos entre os 200 e os 500 mg, muito acima do teor máximo de chumbo aceite para as águas de abastecimento, onde não pode ultrapassar os 0,05 mg/litro. A contaminação por chumbo pode comprometer o funcionamento do sistema nervoso, patologia conhecida por saturnismo, ou do funcionamento da medula óssea e dos rins, tendo levando a que Agência Internacional para a Pesquisa do Cancro (International Agency for Research on Cancer- IARC) o tenha considerado como um possível carcinogénico.

 

Para além dos problemas na saúde humana, o chumbo acumula-se nas cadeias tróficas, causando a morte por envenenamento de muitas aves e mamíferos de espécies protegidas. Os patos e outras aves aquáticas são dos grupos que mais sofrem de contaminação por chumbo proveniente da caça, estimando-se que em algumas zonas húmidas mais de 10% das populações de patos sofram de saturnismo (síndrome provocada por ingestão de chumbo). Também os grandes predadores, como águias, abutres e o lobo acumulam doses letais de chumbo no seu organismo ao consumirem presas contaminadas com chumbo.

 

O chumbo é um material que apresenta propriedades que o diferenciam, como a flexibilidade e a resistência à corrosão, o que levou a que fosse utilizado em diversas aplicações, desde a sua incorporação em baterias, soldadura, ligas metálicas (como por exemplo na produção de tubagens), plástico, vidro, gasolina, tintas, ornamentos e de proteções para fontes de radiação e em munições. A partir da década de 80 a sua incorporação foi restringida na Europa, através da limitação da quantidade de chumbo utilizado na gasolina e também em outras aplicações enquanto metal (Diretiva 82/884/CE). A proibição da sua incorporação na gasolina foi declarada em 1999 e tem vindo a assistir-se à restrição do seu uso em equipamentos elétricos e eletrónicos desde 2002 (Diretiva 2002/95/EC).

 

A sua utilização nas munições das armas de caça foi já banida na maior parte dos países da União Europeia, tendo sido substituída por outras ligas metálicas sem impactes no Ambiente. Portugal é um dos poucos países europeus onde ainda é possível caçar com estas munições, que contaminam a água, os solos, a fauna e as pessoas. Os caçadores continuam legalmente a espalhar este metal tóxico e a contaminar albufeiras, açudes, rios e ribeiros, numa prática que não é aceitável duma sociedade informada e responsável.

 

Por isso, a C6 considera que as verbas provenientes de uma eventual taxa sobre as munições com chumbo, não deveriam ser usadas no investimento no sector da caça, conforme a proposta de Orçamento do Estado, mas sim em investimentos para despoluir, proteger espécies ameaçadas pelo chumbo ou mesmo em medidas destinadas a banir definitivamente a utilização do chumbo. Considera também a C6 que a medida proposta não é suficiente para resolver os graves problemas provocados nas cadeias tróficas, com consequente impacte na saúde humana, pela utilização de munições com chumbo na caça e que a única medida realmente eficaz seria a interdição do seu uso e a substituição por ligas metálicas alternativas.

 

Lisboa, 21 de outubro de 2016

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Quercus pede o fim do uso de amálgamas dentárias para evitar efeitos no ambiente e na saúde https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-pede-o-fim-do-uso-de-amalgamas-dentarias-para-evitar-efeitos-no-ambiente-e-na-saude/ Wed, 03 Mar 2021 18:41:00 +0000 https://quercus.pt/?p=10688 Em causa o uso de Mercúrio

 

 

comunicado dentista mercurio 01A Quercus alia-se ao Grupo Europeu de ONG’s de Ambiente e de Saúde e exigem o fim do uso de amálgamas dentárias na União Europeia e a adoção de uma odontologia não poluentesem efeitos para o ambiente e para a saúde dos pacientes.

 

carta endereçada à Comissão de Ambiente do Parlamento Europeu, a 21 de outubro, no âmbito da proposta de regulamentação sobre o mercúrio, solicita a adoção de medidas, a curto e médio prazo, que prevejam eliminação progressiva de uso de amálgama dentária até 31 de Dezembro de 2022, bem como a proibição do uso de amálgama “no tratamento de mulheres, grávidas ou lactantes que se submetem a tratamento de dentes”, por um período de ano após a data de entrada em vigor do Regulamento.

 

A União Europeia é o maior consumidor mundial de mercúrio para uso dentário e o maior utilizador de amálgama (90 toneladas/ano). Este contaminante acaba por ser libertado através de ações diretas e indiretas, como as emissões difusas no consultório dentário, dejetos e rejeições de águas residuais, deposições ou incineração de lamas orgânicas, cremação ou enterros, até mesmo o uso de fertilizantes contaminados com mercúrio e a contaminação do solo.

 

Por outro lado, diversos estudos, recomendações e Convenções apontam para a necessidade de  eliminar gradualmente o uso de amálgama dentária em odontologia, ao invés de procurar-se soluções que permitam dar continuidade ao uso do mercúrio, soluções estas que falham e não garantem a proteção do ambiente e da saúde das pessoas.

 

É ainda importante realçar que a amálgama dentária não é a solução mais barata do mercado e que o seu custo atual não reflete as externalidades negativas associadas (impactes ambientais, gestão de resíduos, efluentes), que se fossem consideradas transformava-o num dos produtos mais caros. A adoção de soluções sem mercúrio não implica necessariamente o aumento dos custos de seguros de saúde, na medida em que deverão ser disponibilizados o acesso aos dois sistemas, devendo as comparticipações beneficiarem, de futuro, as soluções livres de mercúrio.

 

Este pedido de mudança é apoiado pela Sociedade Civil. Uma consulta pública levada a cabo pela Comissão Europeia, sobre a Convenção de Minamata, mostrou que 88% dos participantes estavam disponíveis para a mudança e preocupados com a mesma, na medida em que foi a questão mais votada, em comparação com as outras. Esta decisão dispõe ainda de apoio técnico uma vez que muitos dentistas preferem usar sistemas sem mercúrio (como dentes de resinas compostas), preferíveis à amálgama – que classificam como a odontologia do Séc. XIX.

 

Lisboa, 24 de outubro de 2016

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Portuguesa de Conservação da Natureza

 

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Quercus e NOCTULA organizam Conferência COMUNICA 2016 – Comunicação na área do Ambiente https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-e-noctula-organizam-conferencia-comunica-2016-comunicacao-na-area-do-ambiente/ Wed, 03 Mar 2021 18:40:53 +0000 https://quercus.pt/?p=10686 Evento alia grandes empresas nacionais em torno da discussão de tema estratégico

 

 

comunica 2016 cartaz siteA Quercus e a NOCTULA, com o apoio da REN e dos CTT, e em parceria com a Beautiful Branding Agency, Biorumo, Caixa Geral de Depósitos, CP, Ideia Plural e o ISCAP, promovem a Conferência COMUNICA 2016 – Comunicação na área do Ambiente, que se realizará dia 03 de novembro no auditório do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP).

 

Este evento pretende ser um momento de aprendizagem e debate sobre a forma como lidamos com as questões ambientais.

 

A Quercus e a NOCTULA defendem que quando a população e os meios de decisão estão informados e sensibilizados, envolvem-se mais nas iniciativas e tomam melhores decisões. Por esta razão, é fundamental que exista uma boa Estratégia de Comunicação por parte das instituições e das empresas.

 

Neste evento, marcarão presença responsáveis de várias entidades a nível nacional em áreas como: a comunicação organizacional, sustentabilidade, gestão de projetos relativos à proteção ambiental, entre outras.

 

Cada participante, ao inscrever-se, estará a contribuir para o Projeto Floresta Comum, um projeto que promove e apoia ações de produção e arborização com espécies florestais autóctones no território nacional, contribuindo e incentivando dessa forma a biodiversidade das florestas portuguesas.

 

 

No dia do evento o participante poderá escolher uma das árvores autóctones disponíveis (azinheira, sobreiro ou carvalho) que será plantada pela Quercus durante a próxima época de (re)arborização, que decorrerá de novembro de 2016 a fevereiro de 2017.

 

Além disso, graças à parceria estabelecida com a CP, todos os participantes terão um bilhete especial para que possam chegar ao evento de forma mais económica, confortável e amiga do ambiente.

 

As inscrições já estão a decorrer em www.quercus.pt e também no portal NOCTULA channel: www.noctulachannel/comunica-2016-ambiente.

 

Porto, 26 de outubro de 2016

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza/Núcleo Regional do Porto

 

 

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