Janeiro 2015 – Quercus https://quercus.pt Wed, 03 Mar 2021 18:56:27 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://quercus.pt/wp-content/uploads/2021/03/cropped-logotipo-quercus-svg-32x32.png Janeiro 2015 – Quercus https://quercus.pt 32 32 Quercus e MOMS entregam mais de 16 mil escovas de dentes usadas para reciclar https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-e-moms-entregam-mais-de-16-mil-escovas-de-dentes-usadas-para-reciclar/ Wed, 03 Mar 2021 18:56:27 +0000 https://quercus.pt/?p=10861
momsAmanhã, 9 de janeiro, pelas 10H00, a Quercus e a MOMS vão reciclar cerca de 240kg de escovas de dentes usadas – 16.600 escovas, recolhidas por crianças das escolas dos concelhos de Sintra, Cascais, Lisboa, Barreiro e Ílhavo, durante o ano letivo 2013/2014, através do Projeto “EcoEscovinha” (1).

 

Para além da recolha de escovas de dentes para reciclar, o ”EcoEscovinha” pretende sensibilizar a comunidade escolar para as boas práticas na higiene oral e a prevenção das principais doenças orais.

 

As escovas vão ser recicladas na empresa Extruplás (2), um operador licenciado para a reciclagem de plásticos mistos, e transformadas num banco de jardim em plástico reciclado, prémio que vai ser atribuído à escola EB1JI Vale Mourão (concelho de Sintra) por ter vencido o concurso do Projeto, com a recolha da maior quantidade de escovas (778 escovas = 11,22 kg). 

 

 

O Eco¬Escovinha é promovido pela Associação MOMS – Miúdos Optimistas, Miúdos Saudáveis e conta com o apoio da Quercus, da SPEMD – Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária, do projeto SOBE da DGS – Direção Geral de Saúde, da Extruplás e da Clínica EspecialDente.

 

Lisboa, 8 de janeiro de 2015

 

A Direção Nacional da Quercus- Associação Portuguesa de Conservação da Natureza

 


(1)    Link para o projeto: http://www.moms.pt/#!ecoescovinha/c10r4

(2)    Extruplás: Rua dos Serralheiros, Estrada do Marco do Grilo n.º 6, Aldeia de Paio Pires, 2840-073 Seixal, coordenadas GPS: N39,639538|Lat, W7,849731|Long

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Suspensão da Barragem de Foz Tua: Rendas de 300 milhões às empresas de energia podem acabar https://quercus.pt/2021/03/03/suspensao-da-barragem-de-foz-tua-rendas-de-300-milhoes-as-empresas-de-energia-podem-acabar/ Wed, 03 Mar 2021 18:56:11 +0000 https://quercus.pt/?p=10858 PSTA Petição – “Manifesto pelo Vale do Tua” é votada no Parlamento às 15h00, da próxima quinta-feira, 8 de janeiro. Mais de 7 300 pessoas defendem a suspensão imediata das obras da barragem de Foz Tua, a revogação da Portaria que atribui 300 milhões de euros de subsídios a fundo perdido às empresas elétricas e a reabertura do processo de classificação da Linha do Tua como Monumento de Interesse Nacional.

Pode bem ser o início do fim da construção da Barragem de Foz Tua, a primeira das sete previstas no Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH). Se for aprovada a pretensão dos peticionários, será suspensa uma obra que contribuiria com apenas 0,1% para a energia do País. Demasiado pouco para o prejuízo social, ecológico, económico e cultural que causaria, a um custo muito mais alto do que alternativas melhores.

Recentemente, um estudo da Universidade Nova de Lisboa provou que um posto de trabalho permanente na área do turismo de natureza e cultural – aquele que se pratica no Alto Douro Vinhateiro – é 11 vezes mais barato que um emprego na barragem.

Sendo construída, a barragem de Foz Tua destruirá a centenária linha ferroviária do Tua, daí que uma das exigências seja também a classificação da Linha do Tua como Monumento de Interesse Nacional. Desde que as obras tiveram início, um conjunto de ilegalidades têm sido cometidas, destacando-se a não reposição da mobilidade no Vale do Tua.

Recentemente, foi também aprovado o traçado da linha de muito alta tensão que ligará Foz Tua à rede nacional de eletricidade. Indo avante, rasgará a paisagem Património Mundial em clara infração ao estabelecido pela UNESCO em 2012, que recomendou “fortemente” que a linha não cruzasse o Alto Douro Vinhateiro.

O alegado investimento “privado” no Programa Nacional de Barragens é uma fraude. Durante os 75 anos das concessões, as famílias e empresas portuguesas pagarão uma electricidade 10% mais cara, porque as novas barragens encarecem fortemente o sistema eletroprodutor.

Estas barragens são favorecidas com um escandaloso subsídio público de 300 milhões de euros, a fundo perdido. São obras de tal forma inviáveis que o atual governo inscreveu na lista de projetos submetidos ao Plano Juncker um pedido de 1 210 milhões de euros de fundos comunitários para
barragens.

«É a altura de os deputados assumirem as suas responsabilidades. Ou defendem os interesses do País e dos consumidores e a petição é votada favoravelmente, ou defendem as grandes empresas de energia, construção e banca, os interesses do costume», argumenta João Joanaz de Melo, primeiro subscritor da Petição – Manifesto pelo Vale do Tua.

A Plataforma Salvar o Tua enviou uma carta-aberta aos 230 parlamentares da Assembleia da República e aos 21 eurodeputados. Na missiva, a plataforma multi-parceiros sustenta que “a Barragem de Foz Tua não é necessária ao país” e o que o PNBEPH “nada mais é que uma parceria pública privada encapotada, destinada a enriquecer alguns, obrigando os consumidores e o Estado a pesados encargos em detrimento de serviços essenciais.”

 


 

A Plataforma Salvar o Tua tem por missão proteger o Vale do Tua, um dos rios mais belos de Portugal, alertando para a incompatibilidade da construção da Barragem de Foz Tua com os vários valores protegidos pela classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial.

 

A Plataforma Salvar o Tua integra pessoas e organizações da sociedade civil.
Fundadores: AAVRT, ALDEIA, COAGRET, FAPAS, GAIA, GEOTA, LPN, Quercus, Quinta dos Murças, SPEA.

 

www.salvarotua.org

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ClimAdaPT.Local: lançamento do maior projeto nacional de sempre sobre adaptação às alterações climáticas à escala local – 15 Janeiro, Lisboa https://quercus.pt/2021/03/03/climadapt-local-lancamento-do-maior-projeto-nacional-de-sempre-sobre-adaptacao-as-alteracoes-climaticas-a-escala-local-15-janeiro-lisboa/ Wed, 03 Mar 2021 18:55:48 +0000 https://quercus.pt/?p=10857 climadaPT logos cabecalho
Lisboa, Portugal, 8 de janeiro de 2015 – No próximo dia 15 de Janeiro, de manhã, terá lugar, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa, o seminário de lançamento do projeto ClimAdaPT.Local – Estratégias Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas. Este seminário contará com a presença do Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, que intervirá na sessão de encerramento.

Portugal é um dos países europeus mais vulneráveis às modificações decorrentes das alterações climáticas. Desde a subida do nível do mar, que afetará os municípios do litoral, ao aumento da temperatura e aumento da frequência e intensidade de eventos meteorológicos extremos em todo o território, vários serão os impactes perante os quais será necessário uma adaptação a uma nova realidade climática.

O projeto ClimAdaPT.Local, envolvendo uma verba de 1,5 milhões de euros tem como principal objetivo desenvolver 26 Estratégias Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas (EMAAC) em parceria com as respetivas autarquias e desenvolver um programa formativo sobre o tema aos técnicos municipais das autarquias parceiras. Este projeto visa ainda capacitar os municípios portugueses para avaliar as vulnerabilidades locais e o respetivo potencial de adaptação face às alterações climáticas e aumentar a sua capacidade para incorporar a adaptação às alterações climáticas nos seus instrumentos de planeamento e intervenções.

O projeto visa ainda criar uma Rede de Municípios de Adaptação Local às Alterações Climáticas em Portugal que constitua um fórum permanente de reflexão e dinamização das políticas públicas locais no domínio da adaptação. Pretende-se também promover a integração da adaptação às alterações climáticas nas práticas correntes de planeamento e gestão municipal, bem como capacitar as restantes autarquias do país para introduzirem esta temática nas suas políticas de índole local.

O seminário de lançamento contará com a presença de especialistas da Noruega, Reino Unido e Espanha para partilhar a experiência do que já está a ser feito na Europa em matéria de adaptação local às alterações climáticas. Os exemplos nacionais serão apresentados pelos municípios que já têm trabalho realizado na área da adaptação às alterações climáticas: Almada, Cascais e Sintra, também parceiros no projeto.

Nesta ocasião será ainda celebrado o Protocolo entre o consórcio do ClimAdaPT.Local e as 26 Autarquias beneficiárias: Amarante, Barreiro, Braga, Bragança, Castelo de Vide, Castelo Branco, Coruche, Évora, Ferreira do Alentejo, Figueira da Foz, Funchal, Guimarães, Ílhavo, Leiria, Lisboa, Loulé, Montalegre, Odemira, Porto, Seia, São João da Pesqueira, Tomar, Tondela, Torres Vedras, Viana do Castelo, Vila Franca do Campo.

 

CONSULTAR PROGRAMA

 


 

 

O consórcio responsável pelo ClimAdaPT.Local é constituído por entidades portuguesas e norueguesas (académicas, empresas, ONG e municípios) envolvidas em estudos, elaboração de estratégias e implementação de ações de adaptação, assim como no planeamento e gestão do território ao nível municipal e regional.

O projeto ClimAdaPT.Local está integrado no Programa AdaPT, criado para apoiar o desenvolvimento de projetos de adaptação às alterações climáticas em Portugal. A sua implementação foi orientada pelos termos estabelecidos no Memorando de Entendimento entre Portugal, Noruega, Islândia e Liechtenstein e, como tal, segue o Regulamento do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants) 2009-2014. O Programa foi ainda desenvolvido tendo em conta as necessidades e as prioridades definidas na Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC). O Programa AdaPT é gerido pela Agência Portuguesa do Ambiente, IP (APA, IP), enquanto gestora do Fundo Português de Carbono (FPC), e é cofinanciado a 85% pelo EEA Grants e a 15% pelo FPC.

O projeto ClimAdaPT.Local beneficia de um apoio de 1.500.000€ da Islândia, Liechtenstein e Noruega através do programa EEAGrants. O objetivo do projeto ClimAdaPT.Local é desenvolver estratégias municipais de adaptação às alterações climáticas.

climadapt logos fundo

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Portugal atingiu valor recorde do século na produção de eletricidade renovável e de emissões de CO2 evitadas (13 Mton) https://quercus.pt/2021/03/03/portugal-atingiu-valor-recorde-do-seculo-na-producao-de-eletricidade-renovavel-e-de-emissoes-de-co2-evitadas-13-mton/ Wed, 03 Mar 2021 18:55:29 +0000 https://quercus.pt/?p=10856 fotovoltaicoA Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza e a APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis mostram como o investimento em fontes de energia renovável é vital para a independência económica e energética do País, para além do respeito pelos compromissos climáticos internacionais. Os valores apresentados tiveram por base os dados de produção de eletricidade em Portugal Continental, em 2014, publicados pela REN – Redes Energéticas Nacionais em Janeiro de 2015.

2014 O ano mais Renovável

Em 2014 a produção de eletricidade a partir de fontes renováveis em Portugal foi responsável por 62,7% do total energia elétrica consumida, com um aumento de 6% em relação a 2013. Considerando apenas a produção nacional, a contribuição das renováveis cifrou-se no valor recorde de 63,8%.

Em consequência deste aumento de produção das renováveis no ano de 2014, assistiu-se a uma redução do valor de eletricidade importada para 1,8% do consumo valor mais baixo desde 2002.

O ano de 2014 foi mais húmido que a media em 27%, seguindo a tendência de 2013 com um valor de 22%.

Este último ano foi também favorável em termos de vento, tendo-se verificado um valor semelhante a 2013.

Na fotovoltaica, o aumento da capacidade instalada permitiu um aumento de 31% em relação a 2013 tendo superado 1% do consumo o que revela o potencial de crescimento deste sector.

Francisco Ferreira, membro do Grupo de energia e alterações climáticas da Quercus, acrescenta que:
“… não podemos deixar de continuar a apostar nas energias renováveis e na eficiência energética permitindo a recuperação da economia sem onerar o ambiente. Para tal é preciso um investimento na sensibilização e um planeamento adequado do sector energético também em prol de uma desejável política climática exigente”.

Por seu lado, António Sá da Costa, Presidente da Direção da Associação Portuguesa de Energias Renováveis, afirma
2014 Foi um ano em que Portugal beneficiou em ter apostado nos seus recursos renováveis para produzir eletricidade pois, além de se terem evitado importações de combustíveis fósseis e emissões de gases com efeito de estufa, o fato de quase 2/3 da eletricidade consumida ser de origem renovável possibilitou estabilizar o preço deste bem, o que também é positivo e apresenta um grau elevado de sustentabilidade.

Contributo da aposta nas renováveis permite poupanças de 1565 milhões de euros

A produção da eletricidade de origem renovável aumentou em relação a 2013, tendo sido responsável por 63,8% de toda a eletricidade produzida em Portugal Continental em 2014, comparativamente aos 61,7% de 2013. Em cada hora de consumo de eletricidade em 2014, trinta e oito minutos tiveram origem em centrais renováveis, dos quais catorze minutos foram produzidos pela energia eólica.
A produção de eletricidade de origem renovável em 2014 permitiu também poupar 1500 milhões de euros na importação de combustíveis fósseis (gás natural e carvão) e 65 milhões de euros em licenças de emissão de CO2.

Produção de energia elétrica através do carvão prejudica o ambiente

A produção de eletricidade nas centrais de Sines e Pego foi semelhante à de 2013, devido ao baixo preço do carvão nos mercados internacionais, ao reduzido custo das emissões de dióxido de carbono, para além da estrutura de contratualização / mercado em Portugal. Este facto tem impedido um maior recurso às centrais de ciclo combinado a gás natural, com uma eficiência muito superior em relação às centrais a carvão e com benefícios ambientais, por serem muito menos poluentes. É de salientar que as centrais a gás natural apenas produziram 3% do total do consumo de eletricidade, enquanto a produção das centrais a carvão supriu 22% das necessidades de energia elétrica, apresentando valores semelhantes aos de 2013.

Renováveis são enorme contributo para redução de emissões de CO2
As emissões associadas à produção de energia elétrica somaram 13 milhões de toneladas de CO2 em 2014, cerca de 20% do total de emissões de gases de efeito de estufa atuais de Portugal mantendo-se em linha com os valores de 2013.

Sem eletricidade renovável em Portugal, e partindo do principio que seria possível assegurar o consumo recorrendo somente à utilização de toda a capacidade instalada das centrais a carvão e a centrais de ciclo combinado a gás natural, as emissões atingiriam 26 milhões de toneladas de CO2. Este valor corresponderia ao dobro do atual, cerca de 40% do total de emissões de gases de efeito de estufa de Portugal.

Evolução favorável da intensidade energética

Entre 2013 e 2014, teve lugar uma ligeira redução do consumo da ordem dos 0,7% em relação a 2013. A intensidade energética (na eletricidade) que resulta da quantidade de energia elétrica necessária por unidade de Produto Interno Bruto gerada está assim a evoluir favoravelmente dado que se estima para 2014 um crescimento do PIB na ordem dos 0.9% a evolução do PIB em 2014 se estima num crescimento de 0,9 % o que aponta para uma melhoria neste indicador.

Lisboa, 11 de janeiro de 2015

 

A Direção Nacional da Quercus – ANCN

 

 

grafico renovaveis1

 

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Projeto ClimAdaPT.Local: Investigadores, empresas, autarquias e Secretário de Estado do Ambiente juntos no debate sobre o futuro da adaptação local às alterações climáticas em Portugal https://quercus.pt/2021/03/03/projeto-climadapt-local-investigadores-empresas-autarquias-e-secretario-de-estado-do-ambiente-juntos-no-debate-sobre-o-futuro-da-adaptacao-local-as-alteracoes-climaticas-em-portugal/ Wed, 03 Mar 2021 18:55:03 +0000 https://quercus.pt/?p=10855 climadaPT logos cabecalhoLisboa, Portugal, 15 de janeiro de 2015 – Decorreu esta manhã, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa, o seminário de lançamento do projeto ClimAdaPT.Local – Estratégias Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas. Este seminário contou com a participação de vários especialistas no tema, bem como representantes das 26 autarquias que assinaram o protocolo de parceria com o consórcio do projeto ClimAdaPT.Local. A sessão de encerramento contou com a intervenção do Secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos.

Num seminário com uma ampla participação de todos os setores de atividade em Portugal com o objetivo de discutir a adaptação local às alterações climáticas (AC) em Portugal, as principais conclusões centraram-se na importância de tal resposta à escala europeia, nacional mas especialmente ao nível local, onde as vulnerabilidades são específicas e a capacidade de resposta mais adequada. Portugal é um dos países europeus mais vulneráveis às modificações decorrentes das AC. Desde a subida do nível do mar, que afetará os municípios do litoral, ao aumento da temperatura e da frequência e intensidade de eventos meteorológicos extremos em todo o território, serão vários os impactes perante os quais será necessário uma adaptação a uma nova realidade climática.

A importância desta temática em Portugal foi sublinhada pelos representantes dos financiadores Ana Barreto, do EEA Grants e Nuno Lacasta, Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, também promotora do Programa AdaPT. Nuno Lacasta afirmou que o ClimaAdaPT.Local simboliza uma cooperação muito importante liderado pelo contexto universitário mas apontado aos cidadãos e municípios. Como é óbvio com as lições que vamos tirar desta iniciativa o objetivo do país não poderá deixar de ser ter um país todo adaptado às alterações do clima. Rui Lopo, em representação da Associação Nacional de Municípios Portugueses, disse que é importante garantir que as estratégias se concretizam depois, os municípios estão a postos para por as mãos à obra.

Gil Penha-Lopes, em representação do consórcio ClimAdaPT.Local, iniciou a sua intervenção por agradecer a todas as instituições e pessoas que se têm dedicado ao estudo e concretização da adaptação às AC quer na Europa quer em Portugal. Clarificou que este projeto tem como objetivos principais a elaboração de 26 Estratégias Municipais de Adaptação às AC, a formação de 52 técnicos municipais nestas temáticas, a criação de uma plataforma de Adaptação Municipal em Portugal e a criação de uma Rede de Municípios Portugueses em Adaptação, esperando desta forma que o momentum de adaptação local permaneça e acelere após o término do projeto (em Abril de 2016). Referiu também que este projeto criará várias metodologias e produtos que ficarão publicamente disponíveis a todos os interessados.

Em matéria de adaptação às Alterações Climáticas, o Reino Unido tem já um longo percurso feito.

Patrick Pringle, do Programa de Adaptação às AC do Reino Unido (UKCIP – UK Climate Impacts Programme), salientou que, apesar da metodologia desenvolvida pelo UKCIP já ter sido utilizada um pouco por todo o mundo em contextos e realidades diferentes, há um ponto em comum: é fundamental o envolvimento e um compromisso dos decisores e autarcas locais, passo fundamental e que pode levar tempo.

Øyvind Aarvig, do Programa Norueguês das Cidades do Futuro, referiu que este Programa iniciado em 2007 tem evoluído e já tem resultados para mostrar, quer na mitigação, como na adaptação às AC. Hoje, doze no total de 13 cidades da Noruega têm definido no seu plano de gestão a adaptação às AC como um objetivo. Em 2008, eram apenas 4. Todas as treze cidades obrigam a que as AC têm de ser tidas em conta quando são feitos estudos de pormenor e projetos de construção. Para além disso, todas as cidades desenvolveram a sua análise de “riscos e vulnerabilidades” onde as AC aparecem como preocupação principal.

Em Portugal apenas três autarquias – Sintra, Cascais e Almada – têm até agora Estratégias de Adaptação às Alterações Climáticas desenvolvidas.

Ana Queiroz do Vale, da Câmara Municipal de Sintra, referiu que as principais preocupações de Sintra estão, por um lado, orientadas para a sua orla costeira, de elevado valor paisagístico, mas também como relevante ativo para a economia local e regional. Procura-se assegurar a estabilidade das arribas, como é o caso do núcleo das Azenhas do Mar, a compatibilização de utilizações com o meio natural ao longo de toda a costa, em especial nas atividades de turismo da natureza, e a sustentabilidade das praias, das suas estruturas e do seu areal.

Por outro lado, assume-se como prioridade a adaptação do meio urbano densamente povoado aos fenómenos extremos relacionados com os recursos hídricos, em especial os riscos de inundação, estando em desenvolvimento o estudo das ribeiras que atravessam as áreas urbanas centrais, com vista à sua requalificação, conferindo maior resiliência a fenómenos extremos e servindo como espaços de descompressão urbana, vocacionados para o lazer das populações.

João Dinis, da Câmara Municipal de Cascais, salientou que a chave do sucesso para uma estratégia local de adaptação é a capacidade de construir uma equipa multidisciplinar ágil e dinâmica que engloba  unidades orgânicas da autarquia e os parceiros institucionais com capacidade de planear e intervir em sectores onde se esperam os maiores impactes das AC. Esta abordagem permite construir uma estratégia de adaptação com ações “dedicadas” e “integradas”. As primeiras consistem no desenvolvimento de iniciativas exclusivamente dedicadas à adaptação do município. As “integradas” consistem em ações com objetivos diversos mas que também contribuem para a adaptação. Assim, enriquece-se a capacidade de resposta sem aumentar, necessariamente, a complexidade e custo da adaptação às AC.

Catarina Freitas, da Câmara Municipal de Almada, referiu que não é o facto de existirem incertezas quanto às consequências às AC que impediu Almada de agir. Almada já começou o seu caminho para a adaptação aos efeitos das às alterações climáticas que já se existem. Por exemplo, a área de proteção do POOC está desatualizada e já tomaram medidas para a resolução dessa situação nomeadamente pela construção de dunas e adaptação dos edifícios junto à costa.

Nesta ocasião foi ainda celebrado um Protocolo entre o consórcio do ClimAdaPT.Local e cada uma das Autarquias beneficiárias. Estiveram presentes Presidentes ou seus representantes de 26 autarquias de Amarante, Barreiro, Braga, Bragança, Castelo de Vide, Castelo Branco, Coruche, Évora, Ferreira do Alentejo, Figueira da Foz, Funchal, Guimarães, Ílhavo, Leiria, Lisboa, Loulé, Montalegre, Odemira, Porto, Seia, São João da Pesqueira, Tomar, Tondela, Torres Vedras, Viana do Castelo, Vila Franca do Campo.

Este seminário de lançamento oficial deste projeto foi encerrado por Paulo Lemos, Secretário de Estado do Ambiente, segundo o qual Portugal é um dos países que enfrentará mais consequências das alterações climáticas, com o risco de incêndios, de cheias, de incêndios. O Grupo de Litoral criado pelo Ministério do Ambiente tem por objetivo tornar a costa portuguesa mais resiliente à subida do nível do mar. O planeamento com a identificação das zonas de risco e travar a construção irá ser um desafio deste grupo de trabalho. As cidades serão das zonas território mais afetadas pelas alterações climáticas e terão de ter medidas de adaptação específicas. A estratégia nacional de adaptação às AC está em processo de revisão. Na área da mitigação – redução de emissões de gases de efeito de estufa – Portugal é dos países com melhores resultados e com planos para o futuro, como o Roteiro de Baixo Carbono para 2050, o diploma da Fiscalidade Verde, o Compromisso paa o Crescimento Verde, para tornar a nossa economia mais verde e mais resiliente.

Fotografias do evento: aqui


O consórcio responsável pelo ClimAdaPT.Local é constituído por entidades portuguesas e norueguesas (académicas, empresas, ONG e municípios) envolvidas em estudos, elaboração de estratégias e implementação de ações de adaptação, assim como no planeamento e gestão do território ao nível municipal e regional.

O projeto ClimAdaPT.Local está integrado no Programa AdaPT, criado para apoiar o desenvolvimento de projetos de adaptação às AC em Portugal. A sua implementação foi orientada pelos termos estabelecidos no Memorando de Entendimento entre Portugal, Noruega, Islândia e Liechtenstein e, como tal, segue o Regulamento do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants) 2009-2014. O Programa foi ainda desenvolvido tendo em conta as necessidades e as prioridades definidas na Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC). O Programa AdaPT é gerido pela Agência Portuguesa do Ambiente, IP (APA, IP), enquanto gestora do Fundo Português de Carbono (FPC), e é cofinanciado a 85% pelo EEA Grants e a 15% pelo FPC, beneficiando o projeto ClimAdaPT.Local de um apoio de 1.500.000€. O objetivo do projeto ClimAdaPT.Local é desenvolver estratégias municipais de adaptação às AC.

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Green Project Awards 2014: Cerimónia de Entrega de Prémios realiza-se amanhã, dia 21 de Janeiro, em Lisboa https://quercus.pt/2021/03/03/green-project-awards-2014-cerimonia-de-entrega-de-premios-realiza-se-amanha-dia-21-de-janeiro-em-lisboa/ Wed, 03 Mar 2021 18:54:40 +0000 https://quercus.pt/?p=10854 GPARealiza-se amanhã, dia 21 de janeiro, no Grande Auditório da Culturgest, entre as 14h30 e as 19h00, a Cerimónia de Entrega de Prémios da 7ª edição do Green Project Awards Portugal, que marca também a realização da VI Conferência GPA dedicada ao tema da “Economia Verde”.

O GPA Portugal 2014 irá premiar os melhores projetos nas categorias Agricultura, Mar e Turismo; Cidades Sustentáveis; Consumo Sustentável; Information Technology; Iniciativa Jovem; Iniciativa de Mobilização; Produto ou Serviço. As candidaturas, auditadas pela KPMG, foram avaliadas por um júri que teve a Agência Portuguesa do Ambiente na sua presidência e a Quercus na sua vice-presidência.

A 7.ª edição do Green Project Awards será ainda marcada pela conferência “Economia Verde”, na que tem como objetivo fomentar o debate sobre a economia verde em Portugal, compreender os contributos dos sectores da Agricultura, Mar, Ambiente, Energia e Turismo para o crescimento económico e desmistificar o financiamento do crescimento verde, entre outros.

O GPA Portugal conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República, com o apoio institucional da Comissão Europeia e da CPLP – além do Governo de Portugal e das principais organizações não-governamentais, organismos do associativismo empresarial e especialistas setoriais. Presente em Portugal, Brasil e Cabo Verde, ao longo das suas seis edições, o Green Project Awards já distinguiu mais de 60 projetos em Portugal, num total de 1000 candidaturas.

Os finalistas da 7ª edição GPA são os seguintes:

Categoria – Agricultura, Mar e Turismo
•    Câmara Municipal de Águeda  –  Macieira de Alcôba – Aldeia Pedagógica do Milho Antigo
•    CleanBiomass, Lda – CleanBiomass, Inovação em biomassa residual
•    Companhia das Lezírias –  Companhia das Lezírias: a gestão florestal em prol da biodiversidade
•    Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva –  Academias de Alqueva
•    Parques de Sintra – Monte da Lua, S.A. – BIO+Sintra – Redução da pegada de carbono, uma contribuição para valorizar a biodiversidade em Sintra
•    Rio do Prado –  Rio do Prado, turismo criativo e sustentável
•    Sysadvance, S.A. – Methagen
•    Universidade de Aveiro – Terapia fágica como alternativa de baixo impacto ambiental para inativar bactérias patogénicas em pisciculturas

Categoria – Cidades Sustentáveis
•    Área Metropolitana do Porto  –  FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto
•    Câmara Municipal de Águeda  – À Procura da Excelência
•    Câmara Municipal da Amadora –  Parque BD Maurício de Sousa – Turma da Mônica
•    Câmara Municipal de Torres Vedras  –  Torres ao Centro – Regeneração Urbana do Centro Histórico de Torres Vedras
•    Câmara Municipal de Vila Franca de Xira  – Requalificação da Frente Ribeirinha da Zona Sul do Concelho: Parque Linear Ribeirinho Estuário do Tejo (PLRET)
•    Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão – Parques e Hortas Urbanas da Devesa
•    Cicloficina dos Anjos – Cicloficina dos Anjos
•    CTT – Bicicletas elétricas CTT

Categoria: Consumo Sustentável
•    Ana Malta e Hugo Moreira – BioPoli
•    Caetano Bus  – Diesel to Eletric Upgrade
•    EDP  – Save: to Compete – Programa de apoio à implementação de projetos de eficiência energética nas empresas
•    Horas de Sonho, apoio à criança e à família – Trokaki
•    Jerónimo Martins – Cozinha Central de Odivelas
•    Lisboa e-nova – Projeto Coopetir no Bairro da Boavista
•    Sazonalidades, Lda  – Terra Fresca – Hortas Sustentáveis

Categoria: Information Technology
•    Agência de Energia do Sul da Área Metropolitana do Porto – Observatório de Sustentabilidade Sul da área Metropolitana do Porto
•    EDP – Re:dy
•    Indaver – Costumer Zone Indaver
•    Simtejo – SimT

Categoria: Iniciativa Jovem
•    Alunos do Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva – Escola Secundária José Belchior Viegas – O Surf na Serra do Caldeirão
•    Associação de Estudantes do Agrupamento de Escolas nº 2 de Abrantes – Juventude Amiga
•    Grupo Informal de Alunos da Escola Básica e Secundária Dr. Hernâni Cidade  – Recolhe, Transforma e Promove a Bolota na Gastronomia Portuguesa (RTP Bolota)
•    Grupo Informal de Alunos da Escola Secundária de Molelos – Biodiversidade em Molelos
•    Grupo Informal de Alunos da Escola Secundária Gabriel Pereira – Missão PowerChangers
•    Grupo Informal de Alunos do Colégio do Sagrado Coração de Maria – Agora os resíduos fazem a natureza crescer!

Categoria: Iniciativa de Mobilização
•    Brisa – Auto-estradas de Portugal, S.A. –  Compromisso Brisa pela Biodiversidade/Pelo Tejo, pela Vida
•    Coopérnico – A primeira cooperativa Portuguesa de energias renováveis e cidadania – Coopérnico
•    Escola Básica de Vale de Milhaços – Projeto Eco-Escola – Por uma escola melhor…Por um mundo melhor
•    Fundação Mata do Buçaco, F.P. – Bussaco Digital: sementes para o futuro
•    Sociedade Ponto Verde – Missão Reciclar
•    Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves – Campanha Salve uma Ave Marinha
•    Worten, Equipamentos para o Lar, S.A. –  Quilos de Ajuda
•    WWF Mediterranean Programme Office – Portugal – Green Heart of Cork – No coração do Montado: Promover a conservação dos montados portugueses mobilizando as empresas para o pagamento dos serviços ambientais gerados por estes ecossistemas

Categoria: Produto ou Serviço
•    Epal – Waterbeep
•    H. Sarah-Trading Unipessoal Lda – Sistema de recolha seletiva de têxteis
•    Isel e Petrogal – ECat+
•    Life in a Bag – Grow bag de ervas aromáticas e flores comestíveis
•    Logoplaste Innovation Lab – Ecover Ocean Bottle
•    Oliveira & Irmão – Autoclismo OLI74
•    TAIPA – Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de Odemira – Cabaz do Mar

Inscrições e programa do evento em: https://www.eventbrite.com/e/bilhetes-cerimonia-de-entrega-de-premios-da-7a-edicao-do-green-project-awards-portugal-13405986667

Lisboa, 20 de Janeiro de 2015
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza


 

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Projeto Floresta Comum planta 2700 sobreiros em área ardida na Serra da Peneda (Melgaço) https://quercus.pt/2021/03/03/projeto-floresta-comum-planta-2700-sobreiros-em-area-ardida-na-serra-da-peneda-melgaco/ Wed, 03 Mar 2021 18:53:40 +0000 https://quercus.pt/?p=10853 plantacaoplantacaoProjeto Floresta Comum, em parceria com o Município de Melgaço e a Corticeira Amorim, e com o apoio da Junta de Freguesia de Cousso, entre outros, vai plantar amanhã, dia 24 de janeiro, 2700 sobreiros na Freguesia de Cousso, na encosta do vale do rio Mouro, Serra da Peneda.

Esta ação de plantação de árvores autóctones portuguesas pretende criar uma barreira de prevenção de incêndios na Serra da Peneda, às portas do Parque Nacional da Peneda e Gerês. Esta iniciativa do Município de Melgaço é apoiada pelo Projeto Floresta Comum da Quercus, ICNF, ANMP e UTAD e tem o apoio especial da ESB-UCP. A ação no terreno conta com o trabalho de voluntariado dos colaboradores da Corticeira Amorim.

A maioria das plantas utilizadas nesta ação tiverem a origem numa candidatura submetida pelo Município de Melgaço à Bolsa Pública de Árvores do Projecto Floresta Comum. A ação “Like us, we’ll plant a cork tree“, realizada nos EUA pelo projeto “100% Cork“, apoiará esta plantação com 500 sobreiros, e a marca “CorkWay” com 200 sobreiros. Este bosque será constituído por 2700 sobreiros, 700 carvalhos, 570 ulmeiros e mais seis outras espécies autóctones, numa área ardida com cerca de 10 hectares, localizada num baldio próximo do lugar de Virtelo da freguesia de Cousso.

A plantação de sobreiros, carvalhos e outras espécies autóctones na Serra da Peneda ajudará a criar, no futuro, uma barreira ao avanço de incêndios. As florestas autóctones estão mais adaptadas às condições do solo e do clima do território, sendo por isso mais resistentes aos incêndios, pragas, doenças, longos períodos de seca ou de chuva intensa, em comparação com espécies introduzidas. Nesse sentido, a criação de áreas florestais com espécies autóctones, como o carvalho e o sobreiro, é uma das estratégias recomendadas para a proteção contra os fogos florestais nas zonas Norte e Centro de Portugal, que apresentam maior incidência de incêndios. A acrescentar ainda, nas funções desempenhadas por este tipo de floresta, a mitigação de CO2 no combate às alterações climáticas e a regulação do ciclo hidrológico, conservação da biodiversidade e o equilíbrio biológico das paisagens.

Lisboa, 23 de janeiro de 2015

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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Quercus preocupada com possível contaminação do Rio Tâmega por metais pesados https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-preocupada-com-possivel-contaminacao-do-rio-tamega-por-metais-pesados/ Wed, 03 Mar 2021 18:53:22 +0000 https://quercus.pt/?p=10852 efluentesO Núcleo Regional de Vila Real e Viseu da Quercus foi contactado por moradores da região de Chaves, denunciando suspeitas de contaminação do rio Tâmega por metais pesados, veiculadas na imprensa e redes sociais espanholas.

Segundo a publicação “La Voz de Galicia.es”, foram detetados teores de arsénio e de chumbo na água superiores 700 e 1900 vezes, respetivamente, aos valores estabelecidos como Normas de Qualidade da Água da lei Espanhola (Decreto 60/2011).

A contaminação estará relacionada com as obras de um túnel que está a ser construído para o TGV espanhol. Os sedimentos provenientes dessa obra são arrastados e depositados em canais na região Norte da bacia do Tâmega.

Esta contaminação poderá causar risco sanitário não só para a povoação de Laza (a que se encontra mais próxima do local de contaminação), mas também para toda a bacia do Tâmega. De salientar ainda que o troço galego do Rio Tâmega faz parte da Rede Natura 2000.

Estas notícias estão a causar preocupação em algumas populações da região de Chaves, pois na localidade de Vila Verde da Raia existe um açude, no Rio Tâmega, que distribui água através de um sistema de rega para a veiga de Chaves. A população teme que uma eventual contaminação da água possa vir a afetar os solos e os produtos agrícolas produzidos na região.
Mais ainda, a água contaminada pode colocar em perigo a saúde pública através dos alimentos ali produzidos, caso se confirme a veracidade da notícia. As implicações deste tipo de poluição na água do rio Douro não são conhecidas.

A Quercus solidariza-se com as preocupações das populações e pede às autoridades nacionais que procedam a análises sistemáticas da água, tanto no Rio Tâmega, a montante de Chaves, como na sua foz com o rio Douro.

Por outro lado, a Quercus vai solicitar ao Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia informações sobre este assunto, nomeadamente sobre se já foram encetados contactos com as autoridades do país vizinho e quais as medidas que estas estão a tomar para travar a contaminação.

A saúde das populações e dos ecossistemas fluviais devem ser acautelados, sob risco de estarmos perante elevados impactes ambientais acumulados.

Vila Real, 28 de janeiro de 2015

O Núcleo Regional de Vila Real e Viseu da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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