Maio 2013 – Quercus https://quercus.pt Wed, 03 Mar 2021 20:06:26 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://quercus.pt/wp-content/uploads/2021/03/cropped-logotipo-quercus-svg-32x32.png Maio 2013 – Quercus https://quercus.pt 32 32 Quercus organiza Concurso Nacional de Fotografia – Candidaturas abertas entre 1 Junho e 20 Agosto https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-organiza-concurso-nacional-de-fotografia-candidaturas-abertas-entre-1-junho-e-20-agosto/ Wed, 03 Mar 2021 20:06:26 +0000 https://quercus.pt/?p=11416 logo concurso relogo concurso reO 1º Concurso Nacional de Fotografia da Quercus abre candidaturas no dia 1 de Junho. Destinado a fotógrafos amadores e profissionais, o concurso tem como objetivo promover a observação e a proteção da natureza através da atividade fotográfica.

 

A iniciativa conta com o apoio do Parque Biológico de Gaia, Sociedade Ponto Verde (Mecenas Exclusivo), portal SAPO e Worten.

 

O dossier de candidatura deve ser submetido até ao dia 20 de Agosto, podendo os participantes submeter entre uma e dez fotografias inéditas, em cinco categorias possíveis e num máximo de duas fotografias em cada categoria.

Categoria 1 – Água (Vida, Natureza e Paisagem)

Categoria 2 – Reciclagem de Embalagens – Prémio Especial Sociedade Ponto Verde

Categoria 3 – Atentados e Boas Práticas Ambientais

Categoria 4 – Fauna Selvagem

Categoria 5 – Fotografias obtidas com telemóvel

 

Para concorrer é necessário realizar a inscrição prévia e pagamento da taxa de participação. Toda a documentação necessária que deve integrar o dossier de candidatura, bem como o regulamento do concurso, estão disponíveis nos links me baixo.

 

O júri, composto por João Cosme, fotógrafo de natureza, Joaquim Peixoto, da Quercus, Mário Raposo, da Sociedade Ponto Verde, e Dinis Cortes, fotógrafo de natureza, escolherá as 11 melhores fotografias dentro das categorias 1, 2, 3 e 4, e as 6 melhores relativas à categoria 5.

 

Os finalistas, escolhidos de entre os que se destacarem pela sua qualidade e inovação, serão divulgados na cerimónia de entrega de prémios a realizar no Parque Biológico de Gaia, a 21 de Setembro.

 

O Parque acolherá também em exposição, até meados de Outubro, as 50 melhores fotografias a concurso. Aquando da exposição serão divulgados os vencedores em cada categoria, que levarão para casa um prémio do valor de 1000 euros ou, no caso do autor das melhores fotografias captadas por telemóvel, um montante de 500 euros.

 

Todos os finalistas terão também direito a um exemplar do ‘Guia fotográfico Quercus – Anfíbios de Portugal’, recebendo os segundos, terceiros e quartos classificados ainda a coleção completa de ‘Árvores e Florestas de Portugal’.

Lisboa, 16 de Maio de 2013

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza


 

Para mais informações contactar:
E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.”>concurso.fotografia@quercus.pt | Telefone: +351 217 788 474

Links directos para acesso a documentos:
Regulamento | Cartaz principal | Cartaz Prémio SPV | Ficha de Inscrição

 

 

Parceiros

 

logotipos parceiros concurso

 

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Dia Internacional da Biodiversidade
: Quercus apresenta história com final feliz para uma planta em perigo de extinção https://quercus.pt/2021/03/03/dia-internacional-da-biodiversidade%e2%80%a8-quercus-apresenta-historia-com-final-feliz-para-uma-planta-em-perigo-de-extincao/ Wed, 03 Mar 2021 20:06:21 +0000 https://quercus.pt/?p=11415 No próximo dia 22 de Maio, Dia Internacional da Biodiversidade, a Quercus fará a apresentação pública na nova Microrreserva da Quercus, destinada à preservação da Leuzea longifolia, uma planta endémica de Portugal, que levou à criação do Sítio de Importância Comunitária “Azabuxo-Leiria”, no concelho de Leiria. Este evento que contará com a presença do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva, também irá homenagear Andrée Goubet, uma benemérita da Quercus, cujo apoio tem sido fundamental para adquirir terrenos para criação de microrreservas.

 

Trata-se de um exemplo de como entidades públicas (ICNF, Município de Leiria e Junta de Freguesia de Pousos) e privados (proprietário e Quercus) evitaram a destruição da totalidade da população da espécie através de uma mobilização de solo para plantação de uma espécie florestal.

 

Leuzea longifolia é uma planta endémica de Portugal, raríssima, em perigo de extinção, que consta do Anexo II da Directiva 92/43/CEE. Conhecem-se apenas alguns núcleos geograficamente afastados, e portanto isolados biologicamente, compostos por um número muito reduzido de indivíduos, o que, a juntar ao isolamento e à perturbação a que o homem os sujeita, contribui decisivamente para a vulnerabilidade desta planta. Em Portugal foi designado um único Sítio de Importância Comunitária – PTCON0046 “Azabuxo-Leiria” – para preservar uma população de Leuzea longifolia existente nos arredores da cidade de Leiria, a qual se encontra confinada a cerca de 1 hectare.

 

Corria o ano de 2009 quando, por mero acaso, foi detectado que o proprietário do terreno de ocorrência da planta se preparava para mobilizar o solo e plantar eucaliptos com recurso a maquinaria pesada, situação que destruiria por completo a totalidade da população da espécie no Sítio. Só o alerta da Quercus e a pronta intervenção das autoridades – Serviço de Proteção da Natureza da GNR, ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Município de Leiria e Junta de Freguesia de Pousos – permitiram colocar um ponto final no atentado que estava em curso.

 

O processo que se seguiu, que culminou na aquisição de um terreno de 10.500 m2 por parte da Quercus para constituição de uma Microrreserva, garantiu a sobrevivência dos cerca de 1.000 espécimes que se presume existirem no local, já que os mesmos se encontram agora a salvo no interior de uma vedação entretanto instalada e beneficiam de ações de gestão do habitat da espécie (4020 *Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix).

 

Quando tudo levava a crer que este era já o final feliz – só possível porque todas as partes concertaram posições, inclusive o próprio proprietário e o seu representante legal – eis senão que, numa visita recente o local, ainda nos estava reservada uma derradeira surpresa: existia uma rua com um nome diferente do habitual. A sugestão do Presidente da Junta de Freguesia de Pousos, Fernando Antunes, de criar a Rua Rede Natura tinha sido bem acolhida junto do Município de Leiria e lá estava a placa junto à Microrreserva. Uma singela forma não só de comemorar esta pequena vitória, mas também de homenagear todos aqueles que no dia a dia se esforçam por preservar a biodiversidade na Rede Natura 2000.

 

 

Lisboa, 20 de maio de 2013

 

 


 

 

Programa previsto:

 

10.00h | Encontro na nova Microrreserva do Azabuxo-Leiria (Localização: Longitude: -8.765734; Latitude: 39.748609)
10.10h | Intervenção do Presidente da Direção Nacional da Quercus, Dr. Nuno Sequeira
10.15h | Intervenção do Responsável do Fundo de Conservação da Natureza da Quercus, Paulo Lucas
10.20h | Visita à Microrreserva do Azabuxo-Leiria, dinamizada pela Eng.ª Dalila Espírito Santo, da ALFA – Associação Lusitana de Fitossociologia
10.50h | Intervenção do Vereador do Pelouro do planeamento e ordenamento do território da Câmara Municipal de Leiria, Lino Pereira, e do Presidente da Junta de Freguesia de Pousos, Fernando Antunes
11.00h | Intervenção do Sr. Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Prof. Doutor Francisco Gomes da Silva
11.10h | Homenagem a Andrée Goubet

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Quercus recorre ao Tribunal Constitucional numa ação contra novas barragens no rio Tâmega https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-recorre-ao-tribunal-constitucional-numa-acao-contra-novas-barragens-no-rio-tamega/ Wed, 03 Mar 2021 20:06:15 +0000 https://quercus.pt/?p=11414 A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza recorreu ao Tribunal Constitucional num processo relativo a uma ação popular interposta contra a Decisão do Governo anterior de viabilizar à elétrica espanhola Iberdrola Generación, três novas barragens na bacia do Tâmega.

 

sobreiraisA Quercus tinha participado na consulta pública do processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) dos Aproveitamentos Hidroelétricos de Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões, também denominado Cascata do Tâmega, emitindo parecer negativo devido aos elevados impactes ambientais e escassos benefícios. Contudo, o anterior Governo emitiu uma Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada, a 21 de Junho de 2010, apenas chumbando Padroselos por motivos ambientais relacionados com a Diretiva Habitats, viabilizando três novas grandes barragens na bacia do Tâmega.

 

No processo, o próprio Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade e também a Comissão de AIA, no seu Parecer Final sobre o Estudo de Impacte Ambiental (EIA), referiam claramente que “não é possível à Comissão de Avaliação propor a emissão de parecer favorável para qualquer das alternativas analisadas no EIA”.

 

Dado que a aprovação destas novas barragens acarretava grandes impactes ambientais, ao nível dos ecossistemas florestais, biodiversidade, campos agrícolas e também com a desconformidade com a Diretiva Quadro da Água, a Quercus decidiu interpor, em 2010, uma Ação Popular e uma providência cautelar contra a Decisão do Governo que viabilizava as novas barragens. Um processo com decisões e recursos nos tribunais administrativos que agora chega ao Tribunal Constitucional para que possa ser feita justiça.

 

No que respeita ao impacto ambiental, é de destacar a destruição de carvalhais autóctones, de sobreirais (árvore protegida e símbolo nacional) e ainda o impacto sobre a fauna protegida como o Lobo-ibérico, que corre o risco de desaparecer na região do Marão-Alvão.

 

Apesar das obras no terreno não terem ainda avançado, a Quercus espera que a Iberdrola desista deste projeto, evitando o agravamento da despesa do Estado.

 

Recorde-se que as barragens previstas para o Rio Tâmega têm sido alvo de grande contestação por parte da população e agentes económicos locais, que apoiaram a Quercus na ação judicial. O turismo de natureza e a agricultura serão as atividades mais afetadas com a destruição da paisagem e do Rio Tâmega. O recurso natural “Rio Tâmega” é o principal ativo da região do Alto Tâmega e a estratégia de desenvolvimento desta região tem de passar pela preservação deste recurso e não pela sua destruição.

 

Também o Rio Louredo, cuja região tem evidenciado uma pujante atividade económica relacionada com o turismo de Natureza, será fortemente afetado, pondo em causa o desenvolvimento local.

 

A Quercus relembra que estão a ser afetados vários municípios devido à construção de grandes barragens, como Torre de Moncorvo, Carrazeda de Ansiães e Alijó, que evidenciam indicadores económicos cada vez piores, a par de um crescente despovoamento, que têm vindo a tornar esta região uma das mais deprimidas da Europa.

 

Lisboa, 22 de maio de 2013

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional deConservação da Natureza

A Direção do Núcleo Regional de Vila Real da Quercus – – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

 


 

 

Vale Tâmega - Foto Quercus    Sobreirais Tâmega - Foto Quercus

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Quercus monitoriza a rotulagem energética de eletrodomésticos e outros aparelhos
, com a verificação de 17 mil produtos https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-monitoriza-a-rotulagem-energetica-de-eletrodomesticos-e-outros-aparelhos%e2%80%a8-com-a-verificacao-de-17-mil-produtos/ Wed, 03 Mar 2021 20:06:08 +0000 https://quercus.pt/?p=11413 Entre 2012 e 2013, a Quercus visitou cerca de 60 lojas de venda de eletrodomésticos e outros aparelhos com o objetivo de dar apoio à implementação do novo sistema europeu de rotulagem energética dos aparelhos domésticos. Entre os 17 mil produtos verificados, 56% não estavam em conformidade, dos quais 29% estavam mal etiquetados e 27% não estavam etiquetados.

 

A Quercus tem vindo a promover a implementação da rotulagem energética em Portugal, que para além de ser uma obrigação legal a cumprir pelos produtores e vendedores, dá-lhes a oportunidade de garantir o interesse dos consumidores, aumentar a sua confiança na loja e na marca e contribuir para a redução da fatura energética das famílias portuguesas, ajudando a cumprir a meta de 25% de redução de consumo de energia até 2020, já assumida por Portugal.

 

A etiqueta energética, que está a ser faseadamente alterada nos vários aparelhos domésticos em que é aplicada, bem como a ser introduzida em novos aparelhos, é uma ferramenta importante para os consumidores na escolha de novos equipamentos.

 

 

Resultados das visitas

Com o intuito de monitorizar a presença das etiquetas energéticas, nova e antiga, nos aparelhos sujeitos ao sistema de rotulagem energética: máquinas de lavar roupa, louça, secadores de roupa, máquinas de lavar e secar roupa, aparelhos de refrigeração (incluindo os de armazenamento de vinhos), televisores, aparelhos de ar condicionado, lâmpadas e fornos, foram visitadas aleatória e faseadamente algumas lojas nos distritos de Lisboa, Santarém, Castelo Branco e Porto, abrangendo diferentes tipologias: grandes cadeias de retalhistas, pequenas lojas de eletrodomésticos, hipermercados / cash&carry, lojas de mobiliário e cozinha, sem esquecer as lojas de venda online.

Entre 2012 e 2013 foram visitadas 60 lojas de venda de eletrodomésticos e outros aparelhos e dos 17 mil aparelhos verificados identificou-se que a taxa de presença das etiquetas energéticas corretamente colocadas, nos aparelhos domésticos à venda, é significativa mas aquém do desejável, principalmente nos grandes eletrodomésticos, como máquinas de lavar e aparelhos de refrigeração (58% e 50%). Por outro lado, os aparelhos de ar condicionado e os de armazenamento de vinhos são os que apresentaram a menor taxa (20% e 30%), como indicado na tabela seguinte. Nos eletrodomésticos que ainda podem apresentar a antiga e a nova etiqueta (máquinas de lavar e aparelhos de refrigeração) já predomina a presença das novas etiquetas. Dos 17 mil produtos verificados, 56% não estavam em conformidade com a legislação em vigor, dos quais 29% estavam mal etiquetados e 27% não estavam sequer etiquetados.

Nível de conformidade dos aparelhos encontrados à venda nas lojas

 

tabela rotulagem energetica

 

 

 

De todas as lojas monitorizadas, as grandes cadeias de retalhistas são as que mais corretamente colocam as etiquetas energéticas nos aparelhos enquanto as lojas de venda online e, principalmente, os hipermercados / cash&carry, apresentam os piores resultados.

 

Na colocação incorreta, os erros mais frequentes foram as etiquetas dentro dos aparelhos ou tapadas por outros objetos, autocolantes ou preço, etiquetas a preto e branco ou preenchidas pelos retalhistas e no caso das etiquetas antigas a falha mais comum prende-se com a presença da faixa estreita, que contém os valores numéricos, sem a base da etiqueta, que contém os parâmetros.

 

 

 

 

 

ComeOnLabels
Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do projeto ‘Come On Labels’ (www.come-on-labels.eu), que integra 13 parceiros europeus, entre os quais a Quercus.

 

O projeto é financiado pelo programa europeu “Intelligent Energy Europe” (IEE) da Comissão Europeia e co-financiado a nível nacional pela ADENE – Agência para a Energia.

 

 

Lisboa, 23 de maio de 2013

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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Quercus defende rápida transposição da Diretiva REEE e faz propostas de melhoria https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-defende-rapida-transposicao-da-diretiva-reee-e-faz-propostas-de-melhoria/ Wed, 03 Mar 2021 20:06:03 +0000 https://quercus.pt/?p=11412 Face a alguns problemas que atualmente existem na gestão de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) a Quercus enviou para o Ministério do Ambiente uma proposta de transposição da DIRETIVA 2012/19/UE relativa a este fluxo de resíduos.

 

Das principais medidas incluídas nesta proposta, devemos destacar as seguintes:

 

1. Antecipação da transposição da DIRETIVA 2012/19/UE – relativa aos REEE; sendo a data limite de 14 de Fevereiro de 2014;
2. Criação de mecanismos de compensação que respondam ao esforço real realizado pelas duas entidades gestoras para o cumprimento das metas nacionais de recolha;
3. Criação de metas específicas por Categoria de REEE de forma a garantir maiores taxas de recolha dos REEE com componentes perigosos;
4. Cruzamento de dados, das diferentes entidades (sociedades gestoras e operadores de gestão de resíduos), de uma forma sistemática, nomeadamente em relação às substâncias perigosas (em particular gases de refrigeração – ex.: CFCs – e resíduos com mercúrio);
5. Criação de mecanismos de fiscalização envolvendo, nomeadamente, as várias forças policiais (incluindo policias municipais) e sensibilizando a população, para impedir as operações ilegais de recolha e/ou desmantelamento de REEE (em particular frigoríficos e televisores) na via pública e em locais não autorizados;
6. Retoma de campanhas de sensibilização eficazes para combater uma eventual diminuição de REEE recolhidos, nomeadamente devido ao aumento da actividade ilegal de recolha e/ou desmantelamento de REEE, e diminuição de venda de novos EEE;
7. Visible fee passar a ser obrigatória.

 

Estas medidas visam, por exemplo, que algumas Categorias de REEE cuja recolha atualmente quase não tem expressão, casos das lâmpadas fluorescentes (Categoria 5), ferramentas eletrónicas (Categoria 6) e brinquedos (Categoria 7) passem a ser recolhidas em quantidades mais significativas de forma a diminuir o seu impacto no ambiente e tornar mais justo todo o modelo de gestão dos REEE. De referir que o cumprimentos das metas tem sido feito à custa praticamente de duas das 10 Categorias existentes, concretamente as Categorias 1 e 3 (respectivamente, “Grandes Eletrodomésticos e “Equipamento Informático e Telecomunicações”).

 

Esta proposta também visa obstar ao aparente descontrolo existente em Portugal em relação às substâncias perigosas existentes nos REEE. De relembrar que recentemente a Quercus, por falta de resposta do Ministério do Ambiente (em mais de meio ano), foi obrigada a fazer uma queixa, na Comissão Europeia e na Organização das Nações Unidas, contra o Estado Português em relação à falta de controlo no tratamento de CFCs.

 

Por outro lado, pensamos ser possível aumentar significativamente as recolhas de REEE e combater a actividade ilegal que está a lesar o Estado Português em impostos e criação de emprego, representando um grave perigo para o ambiente, segurança e saúde públicas.

Lisboa, 27 de Maio de 2013

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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Associações de ambiente e setoriais juntam-se para apelar à sustentabilidade energética https://quercus.pt/2021/03/03/associacoes-de-ambiente-e-setoriais-juntam-se-para-apelar-a-sustentabilidade-energetica/ Wed, 03 Mar 2021 20:05:56 +0000 https://quercus.pt/?p=11411 A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, a APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis, o GECoRPA – Grémio do Património e a AGEFE – Associação Empresarial dos Sectores Elétrico, Eletrodoméstico, Fotográfico, Eletrónico juntam-se de forma inédita para apelar à aposta nos recursos renováveis, na reabilitação urbana e na eficiência energética. Estas três áreas são de extrema importância para que Portugal consiga tornar-se menos dependente do exterior em relação ao fornecimento de energia, que diminua o consumo e crie postos de trabalho e ainda proporcione maior qualidade de vida e dinâmica aos centros urbanos e ao setor da construção.

 

Numa altura de crise económica, o relançamento da economia tem de passar por estas vertentes e daí o forte apelo ao Governo e à sociedade por parte destas quatro associações.

Apostar na energia renovável

 

Portugal assumiu um compromisso de reduzir em 25% o consumo de energia primária, pela aposta na eficiência energética, e produzir 31% da energia final por fontes renováveis até 2020. São metas ambiciosas que necessitam de um planeamento de médio-prazo, pelo que é fundamental uma discussão sobre uma estratégia energética para 2030 e 2050, para se cumprir com o objetivo europeu de descarbonização de 85% a 90% da economia até 2050. Este percurso é fundamental também para a redução das emissões de gases com efeito de estufa, responsáveis pelas alterações climáticas.

 

Portugal possui um mix único e invejável de recursos renováveis e, a infraestrutura atualmente instalada, permitiu até abril de 2013, um contributo das renováveis de 80% do consumo de eletricidade em Portugal Continental, metade dos quais satisfeitos pela produção renovável independente, um valor verdadeiramente notável e invejável, tendo a eólica contribuído para 29% do consumo.

 

As renováveis trazem também benefícios importantes para a economia portuguesa através da criação de emprego, contribuição para o PIB, desenvolvimento das zonas rurais, atração de investimento estrangeiro, aumento das exportações e poupança na importação de combustíveis fósseis diminuindo a nossa dependência energética.

 

A aposta em energias renováveis é também apostar na eficiência energética pois as renováveis permitem utilizar recursos endógenos de forma mais eficiente e reduzindo as perdas de recursos, não só energéticos como financeiros.

 

Por todas estas razões Portugal é tido como um exemplo a nível internacional no aproveitamento das energias renováveis, sendo o 5º país da Europa com maior penetração de renováveis no consumo de energia final e o 2º país do mundo com maior penetração de eólica no consumo de eletricidade.

Reabilitação urbana urgente e necessária

 

Os edifícios são grandes consumidores de energia. Cerca de um terço de toda a energia final e 60% de toda a energia elétrica são consumidos em edifícios. A redução do consumo de energia e, em particular, de energia elétrica terá, portanto, de incluir os edifícios, com um elevado grau de prioridade.

 

Estão hoje amplamente divulgados os conhecimentos necessários para projetar e construir edifícios altamente eficientes em termos energéticos, capazes de assegurar o conforto de quem neles vive ou trabalha com consumos de energia elétrica de escassas dezenas de kWh por m2 e por ano. No entanto, em termos globais, isso de pouco serve, em particular em países como Portugal, onde o parque construído já está completo, existindo, até, um largo excedente de área edificada. Trata-se, portanto, necessário intervir nos edifícios existentes, aumentando a sua eficiência energética.

 

Tal desiderato casa perfeitamente com a ênfase que atualmente é dada, não só em Portugal, mas por toda a Europa, na reabilitação do edificado, em particular dos centros urbanos. Mesmo em países pequenos, como o nosso, o parque edificado representa um valor de várias centenas de milhares de milhões de euros.

 

A reabilitação dos edifícios, em termos de habitabilidade, conforto e segurança é essencial para a sua adequada exploração. Mas, dado o peso dos edifícios no consumo de energia, a reabilitação funcional pode e deve ser aproveitada, mediante um acréscimo geralmente modesto do custo da intervenção, para melhorar a sua eficiência energética. Tal como na construção nova, estão hoje amplamente divulgados os conhecimentos técnicos e os produtos necessários para o conseguir. Além dos ganhos energéticos possíveis atuando na componente passiva dos edifícios – as paredes, cobertura e caixilharia – é relativamente fácil, recorrendo a sistemas solares ativos (solar térmico e solar fotovoltaico) e a sistemas de iluminação eficiente, tornar “zero energia”, ou quase, um edifício existente, contribuindo, deste modo, para a redução do consumo de combustíveis fósseis e da dependência energética do nosso país.

Eficiência energética dos produtos

 

Os produtos que utilizam energia ou relacionados com a utilização de energia, são responsáveis por uma parte significativa do consumo de energia, tanto em Portugal como na União Europeia.

 

As diretivas comunitárias que promovem a eficiência energética de produtos oferecem um potencial para a redução no consumo de energia elétrica que, ao nível europeu, pode significar 430 TWh/ano até 2020 (mais de 8 vezes do que Portugal consome por ano). Em Portugal estas diretivas significam a redução do consumo de energia em 1,5% em relação à energia total consumida.

 

A Diretiva sobre rotulagem energética promove, através da etiqueta energética, a escolha informada e comparável do consumidor, em benefício dos equipamentos mais eficientes, criando ao mesmo tempo um incentivo para que os fabricantes adotem medidas para a redução do consumo de energia por parte dos produtos que fabricam. Por seu lado, a Diretiva sobre conceção ecológica de produtos (Diretiva Ecodesign) estabelece requisitos mínimos quanto à eficiência energética e a outros parâmetros da conceção dos produtos, como condição para que os produtos sejam introduzidos em livre circulação no mercado europeu.

 

A implementação desta legislação é de extrema importância não só pelo seu enorme contributo para a redução do consumo energética das famílias, como pela criação de um quadro de incentivo para a inovação tecnológica no quadro de uma política integrada de produtos da UE.

 

Neste sentido é crucial não só promover os equipamentos mais eficientes junto dos consumidores, como garantir uma adequada fiscalização do mercado.

A aposta nos recursos renováveis, na reabilitação urbana e na eficiência energética são fundamentais para a sustentabilidade energética e ambiental do nosso país e para relançamento da economia.

Lisboa, 28 de maio de 2013

 

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Abate de olival tradicional no Ribatejo revela desprezo pela conservação e valorização – Quercus defende a proteção do olival tradicional https://quercus.pt/2021/03/03/abate-de-olival-tradicional-no-ribatejo-revela-desprezo-pela-conservacao-e-valorizacao-quercus-defende-a-protecao-do-olival-tradicional/ Wed, 03 Mar 2021 20:05:50 +0000 https://quercus.pt/?p=11410 A Quercus foi alertada para o corte de milhares de oliveiras, agora na Quinta do Bonflorido no concelho de Torres Novas, com o objectivo de converter a área em cultura de regadio, desprezando o potencial existente para produção de azeitona e azeite de qualidade e afectando a produção do ano e a biodiversidade existente em plena Primavera.

 

A Quercus tem recebido denúncias sobre o aumento das autorizações de abate de olival tradicional pelas Direcções Regionais de Agricultura do MAMAOT e, depois do Alentejo, o Ribatejo parece agora estar sujeito a esta mesma pressão devido à frágil regulamentação de proteção e à procura de subsídios comunitários por parte de alguns agricultores, sem compatibilização das culturas existentes, revelando uma enorme ausência de políticas de conservação e valorização do olival tradicional por parte do Ministério da Agricultura.

 

Existem pedidos e autorizações para diversas áreas com elevada incidência no Ribatejo, nos concelhos de Torres Novas e Santarém que totalizam centenas de hectares de corte raso com milhares de oliveiras, muitas delas seculares, mas em produção, as quais são cortadas e arrancadas para conversão em culturas de regadio. Existem pretensões junto de áreas protegidas com autorização para abate de olival tradicional em dezenas de hectares como na envolvente à Reserva Natural do Paul do Boquilobo.

 

280513 Abate Qta Bonflorido

Só no caso da Quinta do Bonflorido foi dada autorização para o arranque de 1420 oliveiras em cerca de uma dezena de hectares pela Direcção Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste à Sociedade Agrícola do Bonflorido, começando o corte das oliveiras nestes dias em plena Primavera, com as oliveiras em floração e quando os animais silvestres, nomeadamente as aves estão em nidificação, constituindo uma acção destrutiva da biodiversidade associada aos olivais tradicionais.

 

A Quercus exige que o Ministério da Agricultura defina políticas claras sobre a valorização do olival tradicional, revendo também a regulamentação (DL n.º 120/86, de 28 de Maio), dado que é um regime demasiado permissivo e tem levado às situações de delapidação deste património nacional a que lamentavelmente vimos a assistir.

 

Lisboa, 28 de Maio de 2013

 

A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
A Direcção do Núcleo Regional do Ribatejo e Estremadura da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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Quercus e Câmara Municipal de Vila Franca de Xira apresentam iniciativas do projeto ECO-BAIRRO DA PÓVOA https://quercus.pt/2021/03/03/quercus-e-camara-municipal-de-vila-franca-de-xira-apresentam-iniciativas-do-projeto-eco-bairro-da-povoa/ Wed, 03 Mar 2021 20:05:45 +0000 https://quercus.pt/?p=11409 A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira está a desenvolver o projeto a “Póvoa Central uma Eco-Comunidade”, no âmbito do Programa Polis XXI – Eco-Bairro, tornando a zona central da Póvoa de Santa Iria na primeira eco-comunidade do concelho de Vila Franca de Xira.

A parceria entre a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e a Quercus surge para promover bons hábitos ambientais junto da população. Esta parceria terá como objetivo de fomentar a utilização racional dos recursos naturais no dia-a-dia, por duas iniciativas distintas: realização de sessões de sensibilização “Conversas com Ambiente” e o acompanhamento direto de 30 famílias do Eco-Bairro da Póvoa para uma racionalização dos consumos de energia e água e gestão de resíduos domésticos.

As “Conversas com Ambiente” decorrerão em diversos locais da freguesia da Póvoa até ao final de 2013. Cada uma das sessões será dedicada a um dos seguintes temas: Eficiência energética em casa; Climatização passiva e energias renováveis; Eficiência no consumo de água; Gestão de resíduos ao nível doméstico; Mobilidade; Consumo sustentável.

Todas as sessões são abertas ao público e de entrada livre.

 

Para ser uma EcoFamília da Póvoa, as famílias interessadas devem-se inscrever através do email ecofamilias@quercus.pt ou telefone 213462210. As famílias inscritas recebem uma visita de dois técnicos do projeto, que irão avaliar os consumos de eletricidade, água, a vertente construtiva e os hábitos de encaminhamento de resíduos. Depois, serão fornecidas recomendações personalizadas para cada família, com vista a uma racionalização dos consumos domésticos e redução da pegada ecológica.

 

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