Fevereiro 2005 – Quercus https://quercus.pt Fri, 05 Mar 2021 15:55:22 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://quercus.pt/wp-content/uploads/2021/03/cropped-logotipo-quercus-svg-32x32.png Fevereiro 2005 – Quercus https://quercus.pt 32 32 O Programa Antídoto – Portugal https://quercus.pt/2021/03/05/o-programa-antidoto-portugal-4/ Fri, 05 Mar 2021 15:55:22 +0000 https://quercus.pt/?p=13318 Com o objectivo de conhecer a dimensão do uso de venenos em Portugal e estabelecer medidas de controlo, foi lançado recentemente o Programa Antídoto – Portugal.

 

A iniciativa pretende analisar o impacte desta prática, que é considerada uma importante ameaça à conservação de algumas espécies silvestres de hábitos necrófagos, como o Abutre-preto, o Britango, o Grifo, o Milhafre-real ou o Lobo-ibérico, e assim contribuir para a sua conservação.

 

A apresentação oficial do Programa Antídoto – Portugal, uma plataforma contra o uso de venenos, cujo grupo de trabalho é formado por várias entidades públicas e privadas, entre as quais a QUERCUS, teve lugar a 4 de Março, em Idanha-a-Nova, concelho de Castelo Branco.

 

O objectivo principal do Programa Antídoto – Portugal é conhecer a dimensão real do uso de venenos em Portugal e as causas e motivações que estão na sua origem para, dessa forma, interpretar o impacte sobre determinadas populações de animais silvestres e assim contribuir para a sua conservação.

 

O Programa pretende igualmente propor medidas de controlo do uso de venenos e contribuir para a redução da impunidade actual, forçando a pressão social e moral sobre o uso de venenos

Para que estes objectivos sejam cumpridos de uma forma gradual, a estratégia adoptada engloba uma fase inicial de estudo do problema e uma fase intermédia de interpretação dos dados. Isso permitirá a implementação da fase mais decisiva que consistirá na elaboração de diversos planos de acção específicos para os problemas que se considerarem como causadores do uso de venenos.

 

As acções serão desenvolvidas nas zonas que virão a ser definidas como prioritárias e todas as fases serão continuamente acompanhadas por campanhas de sensibilização e formação nas diversas áreas de trabalho.

 

Para obter mais informação sobre o uso de venenos e seus efeitos sobre a fauna, e sobre o Programa antídoto e respectiva estratégia nacional contra o uso de venenos, está disponível na Internet o sítio http://antidotoportugal.no.sapo.pt.

 

A Estratégia Nacional Contra o Uso de Venenos

 

O grupo de trabalho do Programa Antídoto – Portugal que elaborou e está a colocar em prática a Estratégia Nacional contra o uso de venenos é formado por diversas entidades públicas e privadas dos mais variados sectores profissionais:

 

Organizações promotoras:

– CEAI – Centro de Estudos da Avifauna Ibérica, Évora

– FAPAS – Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens

– Grupo Lobo – Associação para Conservação do Lobo e do seu Ecossistema

– ICN – Instituto de Conservação da Natureza

– LPN – Liga para a Protecção da Natureza

– Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

– SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

 

Organizações parceiras:

– SEPNA – Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da Guarda Nacional Republicana

– Ordem dos Médicos Veterinários

– Direcção Geral de Veterinária

– Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa – Sector de Farmacologia e Sector de Toxicologia

– Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) – Sector de Farmacologia e Toxicologia

– NEPA – Núcleo de Estudo e Protecção do Ambiente (Associação Académica da UTAD)

– ALDEIA – Acção, Liberdade, Desenvolvimento, Educação, Investigação, Ambiente

– Carnívora – Núcleo de Estudos de Carnívoros e seus Ecossistemas, FCUL.

– Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza

 

Organizações estrangeiras colaboradoras:

– Programa Antídoto, Espanha

– Black Vulture Conservation Fundation, Maiorca

– Fundação Gypaetus, Andaluzia

– Grupo de Ecotoxicología del Ministerio de Medio Ambiente, Espanha

– Laboratorio Forense de Vida Silvestre, Madrid

 

Os primeiros trabalhos tiveram início em Janeiro de 2003 em Arcos de Valdevez, a Estratégia Nacional foi concluída a 21 de Janeiro de 2004 em Lisboa e o Programa foi oficialmente apresentado em Idanha-a-Nova no dia 4 de Março de 2004.

 

Há várias entidades que estão neste momento em fase de adesão e pretende-se gradualmente envolver todas aquelas que possam e pretendam contribuir para a resolução do problema do uso de venenos ou de vários outros problemas que estão na sua origem. O grupo de trabalho é por isso aberto e ilimitado.

 

 

 

O que fazer perante casos de possível envenenamento de fauna? A acção e a intervenção de todos os cidadãos serão decisivas para o sucesso do Programa Antídoto – Portugal. É fundamental quer todos os casos de suspeitas de envenenamento em animais domésticos ou silvestres sejam denunciados (publicamente e junto das autoridades) e conduzidos da forma mais correcta possível. Se encontrar animais com suspeitas de envenenamento: 1. Deve entrar imediatamente em contacto com o SEPNA/GNR (tel. 213217000) ou recorrendo à linha SOS Ambiente (808200520), cedendo todos os dados relevantes (é importante referir se há animais que ainda estejam vivos). 2. Deve permanecer no local até à chegada das autoridades. 3. Não tocar no cadáver nem deixar que outras pessoas se aproximem do local – É fundamental que o cadáver ou isco seja recolhido apenas pelo agente da autoridade. 4. Seguir as instruções prestadas pelas autoridades. Sempre que possua informações sobre o uso, posse e venda de venenos ou sobre casos de envenenamento de que tenha conhecimento, deve contactar Programa Antídoto – Portugal.

 

Programa Antídoto – Portugal Travessa da Ferradura n.º 14, 1º frente 6000-293 Castelo Branco Tel: 919457984/272324272 Fax: 272324272 Correio electrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.“>antidotoportugal@iol.pt Internet: http://antidotoportugal.no.sapo.pt

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As nações do mundo iniciam combate às alterações climáticas com a entrada em vigor do Acordo de Quioto https://quercus.pt/2021/03/05/as-nacoes-do-mundo-iniciam-combate-as-alteracoes-climaticas-com-a-entrada-em-vigor-do-acordo-de-quioto/ Fri, 05 Mar 2021 15:55:17 +0000 https://quercus.pt/?p=13319 Quioto, Japão/Lisboa, Portugal, 16 de Fevereiro de 2005 – Associações ambientalistas de todo o mundo dão as boas-vindas ao amanhecer de uma nova era na protecção do clima com o Protocolo de Quioto a tornar-se realidade, correspondendo ao início dos primeiros passos por parte da comunidade internacional na redução das emissões de gases de efeito de estufa e no combate às alterações climáticas (1).

 

Governos, representantes oficiais, negócios e grupos ambientalistas à volta do mundo marcam a entrada em vigor do Protocolo com discursos, exibições, festas e manifestações. No entanto, ao mesmo tempo que decorrem as celebrações, é do reconhecimento geral que as reduções no Tratado são apenas o começo e que o mundo, partindo do Protocolo de Quioto, deverá assumir cortes muito maiores nas emissões.

 

“Este é um momento histórico na protecção do clima” disse Francisco Ferreira da Direcção Nacional da Quercus. “Demorou mais de dez anos para chegar aqui. Mas não nos entusiasmemos demasiado – temos pouco tempo para fazer valer os objectivos do tratado. Agora é tempo do mundo meter mãos-à-obra e trabalhar em soluções reais para as alterações climáticas. Todas as novas evidências que têm vindo a ser divulgadas sobre o aquecimento global dão ênfase á urgência da situação”.

 

As anteriores emissões de gases de efeito de estufa significam que o mundo não poderá evitar um aumento de temperatura de 1,3 ºC acima dos níveis pré-industrais. Se as temperaturas aumentarem 2º C, os impactes das alterações climáticas serão catastróficos. Para permanecermos abaixo deste nível perigoso, os países industrializados deverão fazer um esforço de redução muito para além do fixado no Protocolo de Quioto, atingindo reduções de pelo menos 30% em 2020 e 60-80% na década de 2050, e daí em diante, tendo por base o ano de 1990.

 

“A entrada em vigor de Quioto é o sinal que os governos e a indústria têm vindo a aguardar. Há agora um preço na poluição” disse Helder Spínola, Presidente da Direcção Nacional da Quercus. “As ferramentas para manter as alterações climáticas sob controlo estão desenvolvidas, tais como as fontes de energia renovável e a exploração do enorme potencial da eficiência energética.”

 

“A União Europeia deve continuar a estender a sua liderança, e marcar um caminho claro no sentido das energias renováveis e da eficiência energética”, reforçou Hélder Spínola. “Os líderes Europeus devem compreender que a competitividade é atingida através da inovação e não recorrendo a tecnologias destrutivas como o uso de carvão.”

 

Em forte contraste com a inovação que conduz a Europa e o Japão, os Estados Unidos e a Austrália continuam a negar a extensão da ameaça climática. Com o resto do mundo a desenvolver tecnologias amigas do clima, os negócios americanos e australianos estão em risco de ficarem para trás.

 

 

 

Notas para os editores: (1) O aumento das temperaturas globais é a causa de eventos meteorológicos extremos, incluindo secas, tempestades, cheias e a subida do nível do mar. Grandes empresas como as dos sectores do petróleo e gás, bem como as companhias de produção de electricidade são responsáveis por mais de 50% das emissões de gases de efeito de estufa. Mais de 340 organizações não-governamentais de ambiente organizadas na Rede de Acção Climática (Climate Action Network), entre elas a Quercus, apelas a uma redução de emissões de gases de efeito de estufa pelos países industrializados na ordem dos 60 a 80% (em relação aos níveis de 1990) até a metade desde século, muito para além dos objectivos do Protocolo de Quioto. As associações estão a celebrar a entrada em vigor do Protocolo de Quioto com eventos em cidades em todo o mundo.

 

Para mais informações: Francisco Ferreira, Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, telemóvel 96-9078564. Para mais informações sobre os eventos organizados pela Rede de Acção Climática à volta do mundo, e para sites com informação sobre o Protocolo de Quioto e alterações climáticas visite: www.climatenetwork.orgComunicado anterior: Protocolo de Quioto entra em vigor – Quercus associa-se a dezenas de acções em todo o mundo

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Protocolo de Quioto entra em vigor – Quercus associa-se a dezenas de acções em todo o mundo https://quercus.pt/2021/03/05/protocolo-de-quioto-entra-em-vigor-quercus-associa-se-a-dezenas-de-accoes-em-todo-o-mundo/ Fri, 05 Mar 2021 15:55:13 +0000 https://quercus.pt/?p=13320 A Quercus – ANCN, membro da Rede Mundial de Acção Climática (Climate Action Network), vai associar Portugal a um conjunto de acções que a 16 de Fevereiro vão ter lugar em todo o mundo para comemorar o “amanhecer” da luta contra as alterações climáticas tendo por base a entrada em vigor do Protocolo de Quioto que estabelece as primeiras reduções de gases de efeito de estufa até 2008-2012 nos países desenvolvidos.

 

A Quercus dará uma conferência de imprensa na zona Sul da Rua Augusta em Lisboa, junto do Arco que a liga ao Terreiro do Paço, pelas 8.30h de quarta-feira, dia 16 de Fevereiro, apresentando várias faixas alusivas à ocasião e dando lugar à partida de vários membros da Associação que entregaram um diploma de agradecimento da Quercus e uma carta às 52 embaixadas existentes em Lisboa dos 141 países que já aceitaram/ratificaram o Protocolo de Quioto (37 países considerados desenvolvidos – Anexo I do Protocolo – e 104 países em desenvolvimento) (muitos países que ratificaram o Protocolo não têm representação em Lisboa). Os membros da Quercus deslocar-se-ão da forma menos poluidora possível, a pé, de bicicleta ou de transportes colectivos.

 

As 52 Embaixadas a serem visitadas são as dos seguintes países: Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, Bulgária, Canadá, Chile, China, Colômbia, Cuba, Chipre, Dinamarca, República Dominicana, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, México, Marrocos, Países Baixos, Nigéria, Noruega, Panamá, Paraguai, Peru, Polónia, República da Coreia, Roménia, Federação Russa, Eslováquia, Eslovénia, África do Sul, Espanha, Suécia, Suiça, Tailândia, Tunísia, Ucrânia, Reino Unido, Uruguai, República Checa.

 

Numa delas, a Embaixada do Japão, a entrega será efectuada pessoalmente por um membro da Direcção Nacional da Quercus ao Secretário da Embaixada por indisponibilidade do Sr. Embaixador, dado o especial significado do Protocolo ter sido assinado em Quioto no Japão.

 

No caso de Portugal será entregue o documento será entregue na residência oficial do Primeiro-Ministro.

 

De fora, ficam infelizmente as Embaixadas dos Estados Unidos da América e Austrália… países cujos governos que se recusam a ratificar o Protocolo de Quioto.

 

Lisboa, 15 de Fevereiro de 2005

A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

Acções da Climate Action Network (CAN) http://www.climatenetwork.org/kyotoevents.htm

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