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Movimento Ibérico Antinuclear apresenta no dia 10 julho, em Cáceres, o Manifesto Antinuclear

O Movimento Ibérico Antinuclear (MIA), do qual a Quercus é membro, reúne-se amanhã, dia 10 de julho, pelas 19 horas (hora de Portugal continental) na Livraria Psicopompo Café Wine Bar, situada na Praça Marrón em Cáceres, para apresentar o seu “Manifesto Antinuclear por uma energia 100% renovável e sem riscos para a vida”.

Este é um trabalho de reflexão conjunta de todos os territórios da Península Ibérica, uma vez que toda a península é afetada pelo perigo do nuclear, em todas as suas fases, desde a extração do urânio, uso e armazenamento dos resíduos radioativos.

O MIA escolheu Cáceres para este evento por ser uma cidade com acesso mais fácil de outras partes da Península Ibérica, além de estar próxima da Central Nuclear de Almaraz, que deveria ter encerrado em 2020, mas cuja licença de operação foi prorrogada por mais dez anos.

A extensão do período de vida desta Central, para além de 40 anos, é um debate que ocorre em quase todos os 31 países onde operam as centrais nucleares, com cerca de 450 reatores em funcionamento. Destes reatores, mais de 147 ultrapassaram os 40 anos com permissão para continuar, mas isso não significa que esta seja a tendência geral. Temos o caso da Alemanha que, em 2022, terá encerrado as suas centrais nucleares, antes que qualquer uma delas complete 40 anos.

Na apresentação do Manifesto estará a geógrafa Rosa Mogollón, membro da Federación Extremena Antinuclear (FEAN) e do MIA, que foi uma das responsáveis ​​pela coordenação da redação do documento; Cristina Rois, Delegada do Conselho Consultivo do Conselho de Segurança Nuclear pelos Ecologistas en Acción e co-coordenadora do MIA, e ainda José Ramón Barrueco, Porta-voz da Plataforma Stop Uranio de Salamanca.

Segundo Cristina Rois, “em Espanha, com centrais nucleares a funcionar há mais de 40 anos, terão de ser geridas cerca de 6.600 toneladas de resíduos de alta radioatividade, cujo custo total acrescido do desmantelamento das centrais é estimado em cerca de 14.000 milhões de euros até 2060, Mas, de acordo com o Tribunal de Contas, estas receitas não serão suficientes e será gerado um défice de cerca de 1.300 milhões de euros ”.

Já Rosa Mogollón avisa que “como em todos os países, é o Estado que no final se responsabiliza pelos resíduos e pelos custos“.

A apresentação do Manifesto decorrerá pelas 20h espanholas (19h de Portugal continental) na Livraria Psicopompo Café Wine Bar, na Praça Marrón de Cáceres.

O evento será moderado pela escritora Carmen Ibarlucea, atual presidente da FEAN e ativista do MIA desde a sua criação.

 

Confirmaram também a sua presença no evento:

– Javier Andaluz, coordenador das Áreas de Energia e Clima de Ecologistas en Acción

– Soledad Montero, da área de energia de Ecologistas en Acción e membro da Plataforma para um Novo Modelo de Energia

– José Carlos García, ativista do Movimento Ibérico Antinuclear, da área de energia Ecologistas en Acción e PX1NME

– Paca Blanco, co-coordenadora do MIA, membro da Ecologistas en Acción e PX1NME

– José Janela, da Quercus e da Comissão Coordenadora do MIA em Portugal

– António Minhoto, ex-mineiro e Presidente da Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio (ATMU) de Portugal

 

Resumo do Manifesto a ser apresentado pelo MIA:

O texto do Manifesto foi preparado para que o leitor possa compreender de forma visualmente intuitiva quais são os pontos-chave do ciclo completo do combustível nuclear, desde sua extração até seu armazenamento depois de usado. Sem esse processo, não seria possível gerar eletricidade em nenhuma central nuclear. O manifesto mostra as GRANDES MENTIRAS derramadas por grupos empresariais de energia, como a de que a energia nuclear não emite CO2, apoia as energias renováveis, é segura (milhares de pessoas já morreram e ecossistemas foram brutalmente agredidos) e limpa. Que é barata (de acordo com o presidente da Iberdrola há vários anos que operam com prejuízo) ou que gera emprego e riqueza nas regiões (na verdade só aumenta o rendimento de algumas famílias e cria dependência por impedirem a diversidade economia e empresarial, aumentando a vulnerabilidade dessas regiões).

Por fim, o Movimento Antinuclear Ibérico conclui, após todo um processo argumentativo, que as centrais nucleares são tão perigosas que requerem regulação e vigilância contínuas como nenhuma outra indústria, sendo uma atividade poluidora pelas suas emissões e resíduos, cuja gestão deve ser participada, envolver os cidadãos para priorizar a vida e o bem-estar das pessoas e dos ecossistemas, tanto espanhóis como portugueses, acima de outros interesses. A energia nuclear é cara, não apoia as renováveis, portanto a transição energética é urgente e essa transição deve ser NÃO NUCLEAR.

 

9 de julho de 2021

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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