Vidro

O fabrico de embalagens de vidro tem registado uma evolução considerável. Temos hoje à disposição garrafas de vidro 20% mais leves e 40% mais resistentes.
Parte desta inovação deve-se à incorporação de vidro reciclado no processo de fabrico, não só por questões ambientais mas também de redução de custos.

Em termos ambientais, a introdução de casco (vidro para reciclagem) traz várias vantagens, uma vez que reduz em 20% o peso das matérias-primas, reduzindo os impactes dos processos de extração e utilização dos minerais que constituem as matérias-primas do vidro, permitindo também reduzir o consumo de energia necessária para esse processo.

Também existe uma redução no consumo de energia no processo de fabrico do vidro, uma vez que se vai consumir menos 2 a 2,4% de energia no processo de fusão do vidro por cada 10% de casco utilizado, pois o casco derrete a temperaturas mais baixas, do que as matérias-primas de produção do vidro. Esta situação contribui também para o prolongamento do tempo de vida do forno.

Produzir vidro reciclado ao invés de novo, permite ainda:

– Reduzir os custos indiretos, relacionados com a recolha e colocação em aterro ou incineração do “lixo”, havendo uma diminuição de 10% do volume total de RSU a tratar ou eliminar e libertando espaço em aterros sanitários, caso seja este o destino do “lixo”, que poderia ser ocupado por garrafas e frascos usados;
– Reduzir a poluição atmosférica em cerca de 20%, uma vez que se utiliza menos combustível.
Na separação do vidro para reciclagem, é importante diferenciar entre o tipo de vidro dos boiões, frascos e garrafas e o tipo de vidro de objetos como copos, taças, cálices e outros artigos semelhantes. Este segundo grupo de objetos não deve nunca ser colocado no vidrão, uma vez que têm na sua composição vidro de chumbo, um vidro diferente do que encontramos nos frascos e boiões, e que por isso actua como contaminante do mesmo, afetando o processo de reciclagem e aumentando a quantidade de metais pesados nas emissões associadas ao processo.