A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza pede ao Ministro do Ambiente que legisle e proíba a largada de balões, atendendo aos impactes ambientais associados a este tipo de eventos, muitos deles irreversíveis.
Nestas iniciativas são largados balões feitos em plástico e balões com uma lâmpada LED, assim como a respetiva pilha associada. Após serem libertados estes serão transportados para diversos ambientes (terrestre ou marinho) e após terminada a viagem, aqui ficarão depositados como um resíduo contaminante deste habitat.
No caso dos plásticos, ao fim de alguns anos vão perder a cor e fragmentar-se em pedaços mais pequenos, sendo certamente confundidos por alimentos e ingeridos por peixes e outros animais marinhos, acabando estes por morrer. No caso das pilhas, este produto é composto por metais pesados, podendo ter no seu interior mercúrio (Hg), níquel (Ni), cádmio (Cd) e chumbo (Pb). Uma simples pilha é suficiente para contaminar uma área considerável de solos (equivalente à área de um campo de futebol) durante 50 anos.
A Quercus compreende as causas solidárias que estão normalmente na origem destas iniciativas, mas reforça que qualquer que seja a causa não poderá prejudicar outra, pelo que recomendamos a substituição das atividades de largada de balões por outras iniciativas com menos impacte ambiental.
Obtenha aqui mais informação sobre estas problemáticas.
E sobre pilhas e contaminação por metais pesados.
Lisboa, 13 de dezembro de 2016
A Direção Nacional da Quercus- Associação Nacional de Conservação da Natureza