Agência Europeia do Ambiente reporta gravidade crescente das alterações climáticas
Na sequência de um relatório divulgado hoje pela Agência Europeia do Ambiente, em que se confirmam os impactos tendencialmente maiores das alterações climáticas nos ecossistemas, na saúde e na economia, a Quercus vem reforçar a urgência de concentrar esforços na luta pelos objetivos estabelecidos no Acordo de Paris, sendo para isso essencial manter uma postura firme ao nível da transição energética dos combustíveis fósseis para fontes limpas de energia.
De acordo com o relatório da EEA, é inegável que os impactos das alterações climáticas perdurarão por muitas décadas, sublinhando a necessidade de reduzir a sua escala, nomeadamente através da redução de emissões de gases com efeito de estufa, causadoras do aquecimento global do planeta, e também pela definição de estratégias de adaptação que permitam lidar com eventos climáticos extremos.
Perante o atual cenário político, a Quercus considera que é essencial apostar na prevenção, no combate direto às alterações climáticas, focando a origem do problema: a transição energética necessária e urgente.
Para a Quercus, Portugal e a União Europeia não devem vacilar no cumprimento das suas metas climáticas e na descarbonização das economias, em linha com o objetivo principal do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura global do planeta nos 1,5oC face à era pré-industrial. Para isso, é preciso atingir o pico de emissões de gases com efeito de estufa já em 2020.
UE não se pode intimidar com Trump
As primeiras medidas do presidente dos EUA, Donald Trump, parecem confirmar a intenção de boicotar o histórico Acordo de Paris, ratificado por Obama. A intenção de retomar as perfurações do petróleo e gás de xisto e relançar a construção de dois oleodutos, bem como o facto de terem desaparecido quaisquer referências ao problema das alterações climáticas da página oficial da Casa Branca na internet, deixa antever que os EUA vão abandonar a luta climática.
Contudo, a Europa e o resto do Mundo não podem vacilar nem ficar intimidados por atitudes de autêntica negação face a projeções e dados científicos comprovados, assumindo sim a urgência de mudar de paradigma e assim assegurar um planeta habitável para as próximas gerações.
Lisboa, 25 de janeiro de 2017
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza