O documento que a administração da ERSUC distribuiu aos accionistas para a Assembleia Geral de 10 de Março de 2004, foi analisado pela Quercus.
Em baixo seguem as principais conclusões, o documento pode ser consultado na integra aqui ou directamente aqui.
O documento da ERSUC com os comentários da Quercus foi enviado para as 36 câmaras pertencentes ao sistema de gestão de resíduos.
As conclusões principais da nossa análise são:
– A proposta da ERSUC para a incineração da quase totalidade do lixo urbano da sua área de influência não satisfará de forma alguma as obrigações decorrentes da directiva da embalagem, o que só por si a torna inviável. Também a carta do Senhor Ministro à ERSUC, de 9 de Março de 2004, bem como o parecer da Provedora do Ambiente da Câmara Municipal de Coimbra levantam a mesma questão;
– Mesmo nos cenários, que consideramos fortemente enviesados a favor da incineração, considerados no Plano Programa de Intervenção da ERSUC elaborado pela Hidroprojecto, a incineração é sempre mais cara. Se fosse tida em conta a profunda reformulação que o cumprimento da directiva embalagem impõe, bem como o facto de a incineradora não poder vir a beneficiar de tarifa verde para a electricidade, e de ter de vir a pagar taxa de CO2, a diferença tornar-se brutal, em desfavor da incineração;
– Nada é dito que contraponha à nossa repetida afirmação de que a incineração é muito pior do ponto de vista ambiental que a reciclagem + tratamento mecânico biológico.
Coimbra, 16 de Março de 2004
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza