Rio Tejo, Rio Ponsul e Rio Aravil cobertos com uma mancha verde numa extensão de dezenas de quilómetros
A QUERCUS Castelo Branco detetou em vários locais do Tejo Internacional, nomeadamente no troço internacional do Rio Tejo e nos seus afluentes Rio Ponsul e Rio Aravil, a presença anormal de uma quantidade massiva de uma planta aquática numa extensão de largas dezenas de quilómetros, a qual numa primeira análise parece ser lentilha de água (Lemna sp.).
Nos últimos anos devido à degradação da qualidade de água do Rio Tejo, com a concentração de nutrientes provenientes da poluição, têm ocorrido com frequência “bloom de algas”, normalmente associado a um feto aquático a Azola (Azolla filiculoides), uma espécie de planta aquática exótica invasora, que prolifera quando as massas de água se encontram poluídas por fosfatos, nitratos, etc., formando tapetes densos de vegetação á superfície. Estes fenómenos provocam uma diminuição da entrada de luz nas massas de água e fazem baixar o nível de oxigénio dissolvido na água, degradando ainda mais a sua qualidade. Este tipo de fenómenos são indicadores de desequilíbrios nos ecossistemas e são uma consequência da poluição, levando assim à eutrofização dos rios e provocando uma acentuada degradação da qualidade das massas de água.
A Quercus alertou de imediato as autoridades competentes, nomeadamente a APA (Agencia Portuguesa do Ambiente) e o SEPNA (Serviço Especial de Proteção da Natureza da GNR) que já estarão a investigar as origens deste fenómeno. A Quercus apela ás autoridades que promovam uma investigação ás origens deste fenómeno e que reforcem os meios de fiscalização dos rios, de modo a que Portugal possa cumprir a diretiva quadro europeia de qualidade de água.
Castelo Branco, 16 de Novembro de 2018 – A Direção do Núcleo Regional de Castelo Branco da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza