No passado Domingo, dia 15 de Novembro de 2020, foi realizada uma visita guiada ao Monte Barata, propriedade da Quercus – Associação Nacional para a Conservação da Natureza, ao Professor e Engenheiro de montes Jesús De La Fuente Villar, no âmbito do Programa Erasmus+ para Docentes, mediado pela associação KASA PT – Kapacity, Adaptability, Solidarity, Adventure, uma Associação sem fins lucrativos criada em 2020 e que trabalha na área da juventude, educação e formação.
A visita foi guiada pelos técnicos Samuel Infante e Pedro Alves, funcionários da Quercus-ANCN, que apresentaram os projetos decorridos desde a aquisição da reserva, assim como os que estão em curso atualmente: Melhoria da resiliência e do valor ambiental das florestas, com poda e adensamento de Azinho e Sobro; SAANTI (Sistema de Alimentação de Aves Necrófagas do Tejo Internacional), havendo um campo de alimentação; Turismo de Natureza, com a requalificação de habitações pré-existentes; Observação e Fotografia de Vida Selvagem, com a instalação de cinco abrigos fotográficos; entre outros.
Jesús De La Fuente Villar delineou um programa que passa por outras ONGs, empresas e associações florestais, universidades, centros de formação profissional e zonas ardidas e que pretende conhecer o setor florestal em Portugal. Considera a visita muito profícua, realçando a recuperação dos solos e da vegetação ripícola desde a aquisição da reserva, assim como a importância de deixar a matéria vegetal morta no terreno e a recuperação de árvores mortas por doenças como a Phytophthora, que tem vindo a avançar em certas partes do Monte, destacando a relevância do conceito de legado biológico.
Avistaram-se abutres-pretos, grifos, milhafres-reais, veados, entre muitas outras espécies de fauna e também de flora, como o tamujo, a aroeira, o aderno, entre outras espécies típicas do entorno mediterrânico. O paraíso natural do Monte Barata conquistou o Professor, fazendo-o entender o valor inestimável da propriedade e da importância da Quercus-ANCN na recuperação de espécies criticamente ameaçadas como o abutre-preto e na própria classificação do Tejo Internacional como Parque Natural. Foram trocadas ideias sobre a gestão dos solos e do montado e iniciaram-se entendimentos no sentido de realizar uma parceria a nível de estágios profissionais a partir da escola onde atualmente leciona.