Os Óleos Alimentares Usados (OAU) são um resíduo com alguma importância ao nível dos hábitos domésticos das famílias, resultando da fritura de alimentos.
Devido à sua complexidade e elevado potencial de contaminação dos recursos hídricos, é fundamental a separação e encaminhamento deste resíduo.
Um litro de óleo é suficiente para poluir cerca de um milhão de litros de água, pelo que o esgoto nunca deve ser o destino a dar ao OAU, até porque podem danificar estas infraestruturas e potenciar o aparecimento de pragas. Por outro lado, poderão danificar os sistemas de tratamento das águas residuais (ETAR’s), uma vez que a gordura se acumula nos filtros, obstruindo-os e fazendo com que não funcionem devidamente, prejudicando o processo de tratamento das águas.
Nos casos em que não existe nenhum sistema de recolha (da Câmara, de uma entidade gestora de resíduos ou de uma superfície comercial), devem colocar-se os OAU no lixo indiferenciado, devidamente fechados numa garrafa de plástico.
Nos casos em que é possível efetuar a recolha seletiva, estamos a falar de uma separação que proporciona o aproveitamento de uma matéria-prima, dado que o OAU possui um elevado potencial de recuperação, podendo ser aproveitado para a produção de sabão ou de biodiesel.
Neste último caso, cerca de 1.000 litros de OAU permitem produzir entre 920 e 980 litros de biodiesel, cujos índices de emissão de dióxido de carbono que podem chegar a menos de 80% dos do gasóleo.
Por outro lado, por cada tonelada de OAU que não é encaminhada para aterro sanitário evita-se a emissão de cerca de 14 toneladas de gases com efeito de estufa (GEE) associada à biodegradação na ausência de oxigénio.
Desta forma, o procedimento de separação e encaminhamento será:
oleoalimentares
Muito importante: No oleão SÓ deve ser colocado óleo de origem alimentar (pode ser óleo de fritura, azeites, óleos de conservas) e NUNCA óleo lubrificante de motores (de origem mineral ou sintético). Esses óleos devem ser encaminhados através de oficinas para destinos adequados (informação disponível em www.SOGILUB.pt) ou depositados num ecoponto marítimo, no caso de óleos provenientes de embarcações.
Para conhecer qual o oleão mais próximo poderá ser útil uma visita à página da Agência Portuguesa do Ambiente (www.apambiente.pt), bastando seguir o caminho ‘Políticas’; ‘Resíduos’; ‘Fluxos Específicos’ e ‘Óleo Alimentar Usado’, para consultar todos os pontos de recolha.