Dia Europeu do Mar | 20 de maio

Há cada vez mais Ilhas de plástico no mar, há cada vez menos espécies vivas

 

A poluição provocada pelo plástico, que começou a ser falada quando foi descoberta a primeira massa de lixo a flutuar no Oceano Pacífico encontra-se agora por todo o Mundo e em todos os lugares

 

Hoje celebra-se o Dia Europeu do Mar, criado para enaltecer a importância dos oceanos e mares, relembrando os desafios que estes enfrentam. Neste dia a Quercus não poderia deixar de salientar que a poluição dos oceanos com plástico, apesar de todas as notícias e apelos dos ambientalistas e comunidade científica, tem vindo a aumentar exponencialmente, contribuindo para uma maior mortalidade dos organismos marinhos.

 

Estima-se que a consequência desta poluição possa ser superior à que é vísivel, uma vez que muitos dos organismos afetados podem nunca ser possiveis de contabilizar, sendo apenas registados os que dão à costa ou são detetados. Os plásticos são agora uma praga que afeta todos os habitats, todos os seres vivos, sendo encontrados na água que bebemos, no ar, no solo e na biosfera. A fragmentação e degradação dos plásticos em micro e nanoplásticos permite com que estes se introduzam na cadeia alimentar e até mesmo a nível celular, causando consequências no ambiente e na sáude dos ecossistemas e humana.

 

Os Oceanos e mares enfrentam diversos desafios e a sobrevivência das espécies está em risco, não só pelo plástico, mas também pelas consequências das alterações climáticas e o aumento da temperatura da água. Estudos recentes referem que a prespetiva de limitação do aquecimento global a 1,5°C poderá estar em risco por falta de medidas eficazes e urgentes, nomeadamente relacionadas com a exploração de combustiveis fósseis. O investimento em explorações de pretróleo e de gás é incompatível com a limitação do aquecimento global aos valores impostos no Acordo de Paris, consuzindo a enormes riscos das alterações climáticas caso as temperaturas globais atingam os 2°C.

 

É extremamente importante a transição para uma economia de baixo carbono, que implicará mudanças de padrões de produção e consumo, e a limitação do aquecimento global nos 1,5°C ainda é possível se forem tomadas medidas ambiciosas e imediatas.

 

 

Lisboa, 20 de maio de 2019

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza