Nova área de 300ha destruída com várias ilegalidades
Mais um Projeto de instalação de amendoal superintensivo em Idanha a Nova, em pleno Geoparque Naturtejo, na Bio Região de Idanha-a-Nova e nas proximidades do Parque Natural do Tejo Internacional, que ameaça a saúde pública e o ambiente. A Quercus exige que as autoridades reforcem a fiscalização e façam cumprir a lei para proteger o ambiente e a saúde pública.
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Recursos hídricos ameaçados, solos e REN destruída
No passado dia 29 de Junho a Quercus verificou no terreno mais um crime ambiental numa propriedade em Idanha-a-Nova perto da localidade do Ladoeiro, onde estava a ser destruída de forma ilegal, toda a galeria ripícola em várias linhas de água, com grandes mobilizações dos solos em clara violação da REN (Reserva Ecológica Nacional) e das boas praticas ambientais agrícolas previstas pela União Europeia. Estas "limpezas" são trabalhos de preparação para instalação de mais um amendoal intensivo em Idanha-a-Nova.
Impacto na fauna e habitats
A área de projeto, pela sua grande dimensão, interfere inevitavelmente com o equilíbrio dos ecossistemas naturais presentes. Devido às mobilizações de terras, alteração do relevo, sendo de salientar que a movimentação de terras e terraplanagens tornam os impactes parcialmente irreversíveis. É de salientar que a destruição e/ou remoção do coberto vegetal, compactação do solo são impactes negativos, diretos, de magnitude elevada e significativos. A destruição dos habitats existentes no terreno constitui um dos principais impactes sobre a fauna, uma vez que estes proporcionam refugio e alimento.
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Quercus exige aplicação da lei e reposição da situação
A Quercus vai continuar a acompanhar este caso e exigir que as autoridades façam cumprir a lei
e obriguem o proprietário a repor a situação inicial, promovendo a plantação e regeneração das
galerias ripícolas destruídas.
Castelo Branco, 3 de Julho de 2020
A Direção do núcleo regional de Castelo Branco