Covid-19: Quercus publica documento de Análise da Pandemia e Estratégias para o Futuro

Consciente da quantidade incomensurável de informação por vezes contraditória sobre o Covid-19, a Quercus publica hoje o documento «Covid-19: Pistas para Análise da Pandemia e Estratégias para o Futuro» . Este tem como objetivo constituir um contributo válido e fidedigno na identificação dos aspetos fulcrais a reter da pandemia. Assentando numa vasta consulta bibliográfica e numa análise das dinâmicas em curso, apresenta estratégias e ações concretas mais coerentes e assertivas no sentido de uma sociedade que se pretende saudável, justa, resiliente e sobretudo mais preparada.

 

Partindo da análise sobre a origem e as características da atual pandemia, bem como da escala planetária da disfunção dos sistemas naturais e da relação inextrincável entre a nossa saúde e a saúde do planeta, o estudo da Quercus avança com a identificação de três eixos prioritários de ação:

 

  1. – Agricultura: aproximar produtores e consumidores e alterar práticas agrícolas que respeitem a biodiversidade, a água e o solo são mudanças essenciais e constituem resposta aos desafios das alterações climáticas, que a estratégia europeia «Do Prado ao Prato» poderá facilitar. Reforçar a cooperação para a transição para uma agricultura regenerativa são objetivos de iniciativas em curso de que são exemplos as campanhas agroambientais sem glifosato/herbicidas e o projeto das biorregiões.
  1. – Alimentação: é um direito básico e condição essencial para uma adequada resposta do sistema imunitário face a qualquer ameaça e não apenas em relação ao Covid-19, sendo determinante cuidar do nosso microbioma através de alimentos livres de pesticidas; redução do consumo de carne e outros produtos de origem animal; consumo de bolota, algas e alimentos e bebidas fermentadas que merecem referência pelas particulares qualidades medicinais ou funcionais. Um programa de educação alimentar alargado é a medida estruturante.

  1. – Renaturalização/regeneração do território 
    da maior área possível do território (áreas urbanas, linhas de água, vias de comunicação, áreas agrícolas e florestais) é fundamental, não só para sequestro de carbono, mas para uma efetiva promoção da saúde pública, devido ao poder curativo da natureza, a nível individual e social. Deve privilegiar-se uma conceção mais natural do território, integrada num modelo de gestão de baixa manutenção, sem herbicidas (e outros pesticidas). A Quercus defende que a cultura dominante de “medo da natureza”, arboricida e do fogo deve dar lugar a uma cultura de reaproximação à natureza e à ação coletiva de propagação das nossas espécies autóctones. Há que privilegiar a harmonização legislativa, a cooperação e programas de formação, mantendo o foco na preparação relativamente a ameaças já conhecidas que se poderão agudizar num futuro próximo.

 

 

O impacto das radiações eletromagnéticas e a tecnologia 5G e o conceito One Health [Uma Só Saúde] são ainda pontos essenciais deste documento publicado hoje pela Quercus, disponível em acesso integral em AQUI.