Abandono de resíduos do aviário do Marmeleiro, em Tomar, causa problema ambiental

Imagens © Quercus

Resíduos aviárioA Quercus tomou conhecimento do abandono de resíduos da exploração do Aviário do Marmeleiro, em Tomar. As autoridades não resolvem o problema, que está a contaminar terras e águas, constituindo uma ameaça à saúde pública com a proliferação de moscas na localidade do Marmeleiro.

 

A Quercus foi alertada para a deposição a céu aberto de grandes quantidades de resíduos provenientes da exploração do Aviário do Marmeleiro, Lda., situado entre a localidade de Marmeleiro e Corujo, na freguesia de Madalena, no Concelho de Tomar.

Os resíduos e subprodutos constituídos por dejetos e cadáveres de galinhas estão a ser abandonados num terreno atrás das instalações do aviário, sem qualquer impermeabilização, contaminando os solos e colocando em risco a qualidade das águas.

Os resíduos são depositados em grandes montes e apresentam milhares de larvas de mosca no início do Outono, o que contribuiu para a grande proliferação de moscas, colocando em causa a saúde pública e a qualidade de vida das populações.

Foram efetuadas queixas relativamente aos maus cheiros e à abundância de moscas, sendo visíveis as pilhas de resíduos acumulados, bem como os locais onde foram enterrados cadáveres de aves.

Dada a gravidade da situação, a Quercus solicitou a intervenção da autoridade licenciadora, a DRAP-LVT – Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, assim como da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, do SEPNA da GNR, da Câmara Municipal de Tomar e da Delegada de Saúde de Tomar. Contudo, apesar de ter passado mais de um mês, as autoridades ainda não atuaram em conformidade com a necessidade de remoção e regularização da situação.

A Quercus apela ao Ministério da Agricultura e do Mar e à autoridade de saúde para uma pronta resolução do problema que não passe apenas por levantamento de autos de notícia, mas pela regularização do terreno nas condições anteriores à contaminação.

Ourém, 29 de outubro de 2014

A Direção do Núcleo Regional do Ribatejo e Estremadura da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza