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20 Ameaças e 20 Medidas de Proteção da Biodiversidade: Envenenamento

Em Portugal anualmente são envenenados centenas de animais domésticos e selvagens protegidos por lei. A Quercus tem trabalhado com caçadores criadores de gado, população em geral, grupos escolares e autoridades no sentido de tentar acabar com esta prática ilegal. Os grupos de fauna mais afectados que deram entrada no CERAS foram as aves de rapina diurnas, na sua maioria abutres, águias e alguns mamíferos.

 

O envenenamento é uma das principais causas de mortalidade não natural de espécies em perigo de extinção como o Abutre-preto, a Águia-imperial-ibérica ou o lobo-ibérico e de centenas de animais domésticos nomeadamente cães e gatos.

 

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Porque se usam os venenos?

 

A principal motivação para o uso de venenos é a eliminação de animais considerados nocivos. Os predadores das espécies cinegéticas e pecuárias são as espécies alvo e neste grupo incluem-se a Raposa, o Saca-rabos, o Lobo-ibérico, várias espécies de aves de presa, assim como cães e gatos assilvestrados, que quando abandonados nos campos atacam o gado domestico e espécies cinegéticas. Também são frequentes os casos em que o uso de venenos é provocado por conflitos e desentendimentos entre pessoas. O uso de venenos como forma de extermínio está completamente proibido pelas leis nacionais e europeias e é uma prática irresponsável que pode ter consequências graves para a Saúde Pública e Biodiversidade.

 

 

Quais as suas consequências?

 

 

Em Portugal, o uso de venenos está referido como uma causa das principais de diminuição acentuada e extinção de várias espécies protegidas. Este facto deve-se principalmente aos seguintes aspectos:

* É um método não selectivo de eliminação de animais, por isso podem ser afectadas muitas espécies para alem daquele ás quais os iscos envenenados se destinam.

 

* O veneno aplicado em iscos é ingerido por um animal que acaba por morrer. Estes animais são por sua vez consumidos por outros, que acabam também por ser vítimas. Estas situações de envenenamento secundário sucessivo podem tomar proporções incontroláveis e imprevisíveis, sendo afectadas diversas espécies, principalmente aquelas que ocupam o topo da cadeia alimentar.

 

* As espécies mais vulneráveis são as que têm hábitos alimentares necrófagos, ou seja, as que ingerem animais mortos ou pedaços de carne. Entre estas destacam-se o Lobo-ibérico, as três espécies de abutres que ocorrem no território Português – O Grifo, o Abutre-negro e o Abutre- do-Egipto, e várias espécies de aves de presa como o Milhafre real, a Águia Imperial e a Águia Real.

 

O que todos podemos fazer?

 

Quando encontrar animais com suspeita de envenenamento:

– Contacte de imediato as autoridades: SOS AMBIENTE (24horas chamada local) Tel.: 808200520

 

– Permaneça no local até as autoridades chegarem ao local – Não toque no(s) cadáveres e não permita que outras pessoas se aproximem do local. É fundamental que o cadáver e/ou isco sejam recolhidos apenas pelo agente da autoridade devidamente equipado.

 

– Siga todas as instruções dadas pelas autoridades. Sempre que possua informações sobre o uso, posse e venda de venenos ou sobre casos de envenenamento contacte o Programa Antídoto. Visite o site: http:// antidoto-portugal.org

 

PARTICIPE, DENUNCIE!

 

A sua colaboração é fundamental.

 

 

Iniciativa 20-20-20

 

Durante os próximos meses no âmbito das celebrações do vigésimo aniversário do CERAS, a Quercus – ANCN vai promover um conjunto de iniciativas associadas às vinte principais causas de ameaça à Biodiversidade, causas estas que fazem com que deem entrada no CERAS cerca de 300 animais por ano. Para cada uma destas ameaças vamos dar a conhecer a sua origem e as soluções que podem ajudar a evita-las, minimiza-las ou mesmo a acabar com estas ameaças que matam e provocam lesões na nossa fauna protegida. Estas ameaças têm uma dimensão e expressão nacional, e por vezes até internacional. Ao longo destes 20 anos o CERAS recolheu um conjunto de informação estatística e geográfica relevante, tendo já sido identificados vários locais e problemáticas que necessitam de medidas e actuações.